E tem mais...

(...)

Um monte de coisa misturada..

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Getting Better...

Como diriam os Beatles..Eu tenho q admitir q está melhorando...tudo está melhorando. O difícil é conter a ansiedade, e pq somos assim tão anciosos? Parece que estamos sempre correndo atrás de algum tipo de melhora, para depois, um pouco lá na frente sentir saudade da vida que levávamos antes. Tenho certeza que não estou saindo do lugar comum, mas algumas obviedades, (óbvio. Que termozinho mais ambíguo), precisam ser reavaliadas frequentemente. Que fixação é essa que temos com futuro, pra depois olharmos para o passado? Qual o problema com o presente? Essa angustia, essa intoxicação da corrida em direção a um pretenso fim?
Eu pessoalmente me encontro presa dentro da minha própria urgência. Eu sinto uma urgência enorme, a maior que já senti na vida. E não sei se fruto da idade, dos mecanismos pessoais de gerir a própria vida, tenho agido em vários momentos como uma total bitch. Tento chegar ao resultado desejado, da forma como eu sonho, e qdo não consigo o esperado, fico realmente frustrada e desconto nas pessoas q mais me amam. Problemáticos todos somos, esse é o meu consolo.
Achei finalmente o apartamento procurado, não é o ideal, não é um palácio, mas eu não desisto de torná-lo um, mesmo que seja modesto e acolhedor, como as novas moradoras queridas. É um apartamento antigo, q fica em um prediozinho escondido em uma grande avenida, e a sensação que tive quando o visitei pela primeira vezi foi de identificação. Senti que aquele apartamento podia ser uma importante personagem na minha vida, dentro dessa fase nova na cidade grande, ele simplesmente tem personalidade. Sinto a urgência, depois de quatro meses, de sentir-me realmente uma cidadã da metropóle, o complexo de garota do interior persiste, e é uma forma irrevogável de me encontrar. Tudo é conectado, pelo menos para mim.
Volto a realizar meu hobby preferido, ser anfitriã, receber as pessoas. São quase dois anos morando na casa dos outros, para finalmente viver o meu way of life. E que venha um lindo ano para todos nós!

Aufwiedersehen!

ps: I've got to admit it's getting better (Better)
A little better all the time (It can't get more worse)
I have to admit it's getting better (Better)
It's getting better since you've been mine

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

In Memorian

Um fato, um acontecimento, ou seja lá como pode ser devidamente enunciada a morte de alguém querido, me fez voltar para esse blog com certa urgência.
Em um tempo distante, praticamente esquecido, por volta de 2002, eu convivi mais de dois anos com uma senhorinha adorável, chamada carinhosamente por todos de D.Carminha. Eu era uma menina de 16 anos, q mesmo moleca, posso concluir hj, era um tanto precoce. Eu pensava em trabalhar com Moda, então fui atrás de um curso de Desenho de Moda no Senac, que era ministrado toda sexta a noite em Limeira, e na mesma sexta, toda semana depois do almoço, eu passava as tardes na cia da D. Carminha e as minhas colegas (senhoras) de curso de Corte e Costura.
Eu era como q um mascote pra elas, e eu me divertia muito na cia daquelas mulheres q tinham idade para serem minhas avós (muitas delas realmente amigas das minhas verdadeira avós), e principalmente com aquela figura, a professora, com seu jeitnho doce, o andar decidido, e o corte preciso, aquela Senhora Costureira é ainda o personagem mais memorável dessa época tão querida. Existia uma sintonia entre mim e essa mulher já nos seus 70 anos. Eu começando a imaginar o q queria da minha própria vida, com a urgência de viver, de aprender, como me é caracterísita, ela com a calma e a paciência necessárias a uma verdadeira costureira. Sofri com as máquinas e os moldes, faltava-me uma boa dose de perfeccionismo, e me sobrava objetividade pra inventar modelos inexistentes, e mesmo na ousadia das minhas maluquices, D. Carminha me acompanhava, e conseguia tirar resultados realmente interessantes dessa nossa parceria.
O auge de todo esse experimento aconteceu na minha formatura de Terceiro Colegial, quando resolvi desenhar e "costurar" o meu vestido de Formatura (isso ainda é piada entre as minhas amigas). Pra resumir a história, eu consegui sim realizar o feito, (um feito muito mais da D. Carminha do q meu), e até recebi alguns elogios à minha criação.
Nesse fds, qdo voltei pra minha cidade, encontro o resto do corte desse mesmo vestido rosa escuro, e o meu nome sob a sacola, com a letra dela....Parece q o encontraram depois do acontecido, e mandaram para a dona do nome.

Ela morava na mesma rua q eu, alguns muitos quarteirões a frente...Eu já não moro mais naquela rua, a D.Carminha tbm não. E qdo pessoas desse tipo se vão, sinto dentro de mim uma certeza enorme de q o céu existe, pq esse é o único lugar q poderia receber alguém como essa senhorinha costureira de mão cheia. Vá em Paz vovó postiça, saudades eternas...

Aufwiedersehen!