E tem mais...

(...)

Um monte de coisa misturada..

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Estudante novamente

Segunda-feira passada foi a aula inaugural do meu curso de Cinema. O curso integral abrange todas as áreas da produção e pós produção cinematográfica. Eu optei por me restringir a duas. O roteiro, minha grande paixão ligada a escrita (pra descobrir se sai algum talento nesse formato) e a edição.
Todos foram convidados, num clima bem informal para se apresentarem. Eram mais de trinta pessoas, fora professores em uma sala apertada. Eu revivi meus tempos escolares e de faculdade. Como boa ego-excêntrica q sou, adoro falar de mim mesma (vide esse blog), mas tenho sérios problemas com a comunicação oral. Veja bem...consigo me comunicar muito bem com um grupo de pessoas próximas, em um bate papo tranqüilo entre amigos...mas quando me passam a palavra a coisa complica, gaguejo, falo rápido e errado e capiria (sim, as raízes interioranas retorrrrnam nesse momento), e pulo fatores importantes. Normalmente preparo-me mentalmente para explicar o básico (“vai ser muito metido falar q voltei há pouco da Alemanha?”, “então falo q fui ser babá” “falo da minha formação e de como cai de paraquedas na faculdade” “falo da minha paixão fulminante pelo cinema, e de como eu muitas vezes, e por muito tempo não soube muito bem como lidar com isso”...etc), e sempre soltar uma piadinha de leve pra acalmar o clima. A última parte muitas vezes diminui o desastre anterior.

Bom, depois de um aceleramento cardiaco básico durante a apresentação de meu vizinho fotografo, contei mais ou menos nesse ordem e compexidade: q eu estudei na UNESP, RP, fui pra Alemanha, babá, são Paulo, produtora de animação, mercado, área a fim, roteiro, paixão, o q eu quero escrever e edição. Ufa....engolindo assim...No finalzinho contei q pensei em fazer o curso de edição, alem do de roteiro q é o que eu quero, “para tentar fazer amizade com as máquinas”. Riso geral...ufa...não fui tão ruim assim.
Muitos dos meus colegas falaram de como amam cinema, e de como isso os animou a ir fazer o curso para aprender na prática, alguns até vão no cinema sozinhos e contaram isso como se fosse algo diferente. Pensei comigo mesma: eu faço isso sempre, normalmente duas vezes por semana, por mim iria todo dia...não é normal? Enfim...o normal é relativo, e parece q eu encontrei meus semelhantes.
Requisito final do professor: “Se alguém aqui realmente não ama cinema de paixão, por favor não faça esse curso.”
Eu me afundei na cadeira, meu currículo era extenso nesse setor.


Aufwiedersehen!

Quero ser normal!

Era sábado de carnaval...meus amigos já estavam em seus respectivos destinos festejando o maior evento brasileiro do ano, ou encaminhando-se pra ele. Euzinha encontrava-me em São Paulo, mais especificamente em uma sala de cinema, às 13h em ponto, pronta para assistir a um filme alemão de duas horas e meia. Ao sair tomei um bom café sozinha tbm, e encaminhei-me para a livraria do cinema. Lá encontrei vários posters pops de celebridades q iam de Chaplin a Gandhi. Tenho paixão por posters do tipo ou de cenas famosas de clássicos. Olhando ao lado encontro DVDs à venda, a um preço pouco camarada, fui logo coletando três, uma edição do documentário Munique, sobre o atentado terrorista das Olimpiadas na cidade q eu morei por um ano. O filme biográfico do The Doors, de Oliver Stone, e mais um filme antigo do Almodóvar, A lei do desejo, q eu nunca assisti. Ao me dirigir ao caixa, um dos balconistas, nos seus 17, 18 anos, exaltou-se elogiando o meu gosto: “The Doors!!!Demais..na minha escola o pessoal só ouve Fresno e NXZero...pra onde foram os clássicos?!”. Ele era no mínimo diferente..e q comparação esquisita com a minha pessoa...na idade dele provavelmente eu curtia Axé nas reminiscências afetivas de Porto Seguro. Leva-se um tempo para criar um bom gosto musical muitas vezes....Brincadeiras a parte..longe de mim ser uma dessas pessoas q torcem o nariz pra qualquer tipo de música q não seja a q ela curte, é chato, e me dá preguiça..não quero ser assim nunca. Ao abrir minha carteira para pagar, o mesmo menino exclamou: “Nosssa!!Carteira dos Beatles!Demais!” – Começava a mudar a minha opinião em relação a ele, de bonitinho e entusiasta, para chato intrometido (não sou curiosa, é uma característica minha, as vezes acho uma qualidade, as vezes acho um defeito), mas enfim, não aceito bem intromissões em minha vida, muito menos por pessoas q eu não conheço, talvez algo de rancor de tititi da cidade pequena q eu cresci. Começamos a falar dos Beatles, (meu assunto preferido desde X-men na pré-adolescência, há alguns anos já, tirando Cinema e Big Brother no momento). Quando saio de lá meio frustrada depois de não conseguir passar meu cartão de crédito, porém satisfeita por a viabilidade e necessidade real de minhas compras, me dou conta q visto uma camiseta estilizada do Laranja Mecânica. Eu não agüentaria um acesso entusiasta Cult do meu novo amigo pela terceira vez.
Fui embora pensando, eu sou bem diferentona né....talvez até mesmo um estereótipo ambulante...mas tbm...quem não é?


Aufwiedersehen!!

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Começa a sexagésima edição da Berlinale!

Há um ano exatamente eu estava lá em Berlin, sentindo a energia do segundo maior evento cinematográfico da Europa.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Dor da cura ou algo do tipo...

Hoje comecei a pensar nessa sensação de impotência q nos acomete frequentemente...essa coisa de pensar q não possuímos o mínimo controle sobre as coisas ao nosso redor, sobre nossa própria vida, e muito menos sobre nossos sentimentos, ou pensamentos, ou sobre o inconsciente q tanto gere os nossos caminhos..como queiramos chamar.
Uma coisa marcante pra mim, q eu posso pensar como ilustração disso q eu quero dizer hj sobre essa dor sentimental, essa coisa da mudança, da direção q a nossa vida toma, é o lance do merthiolate®. Eu nunca me esqueço de qdo eu ralava alguma parte do meu corpo qdo criança (leia-se todo dia), e minha mãe vinha desinfetar o machucado com o tal do remedinho transparente. Era batata! Aquela embalagem significava nada mais nada menos q a dor em um frasco. Minha mãe sempre me dizia q eu devia aguentar aquela leve efervência, q na época era uma dor lancinante, pq aquilo significava a cura e a certeza de q a minha pele voltaria a ficar igual.
Não sei como funciona hj em dia para as crianças, depois q tiraram a "dor" do merthiolate...mas eu chegava até a sentir um certo "prazer" naquela dor, pq ela era a resposta q eu buscava pra me sentir literalmente remediando aquela situação, era como ser um agente dentro da minha história, fazer algo a respeito e não ficar chorando pelos cantos até q aquele machucado parasse de sangrar...enfim.

Ontém dormimos pela primeira vez no apartamento novo, aleluia! Descobrimos na prática q o nosso quarto (eu divido o meu quarto com uma grande pessoa, grande cabeça, coincidentemente a mesma "roomie" dos tempos de faculdade, até ai não poderia ter uma colega de quarto melhor), não possui uma janela anti ruído, pra dizer o mínimo. Os ônibus de São Paulo, todos eles sem exceção, resolveram começar o expediente na nossa humilde avenida, um barulho dos infernos...e pra ajudar, dentro da minha cabeça doente, o enredo do samba q eu ouvia na baladinha mais cedo, voltava fazendo coro com o barulho de fora da minha cabeça...foi tenso, uma reviravolta de sons e sonhos bizarros...espero q não seja assim toda a noite...esperaremos..
A nossa casinha vai tomando aos poucos a forma de um lar..conseguimos dar um bom corre na decoração, e agora é só esperar aquela sensação de estranhamento passar, até q essa nômade que vos fala, sentir-se em casa novamente. Aquela efervência incômoda do metrhiolate vai passar,como sempre, pq o problema já está remediado, até q eu invente outro "tormendo da vida moderna" vir me acossar novamente...

Aufwiedersehen!!

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Enquanto isso, no país do carnaval...

....essa brasileira pendura as sapatilhas da fantasia da avenida.
Parece até um sacrilégio, depois de um carnaval em terras frias e no meio de neve, e mesmo deixando isso de fora, aos 24 anos alguém simplesmente abrir mão de pular carnaval. Pois eu truco, eu abri mão de pular carnaval!E com gosto.
Resolvi me resguardar em casa, lá no interior paulista, e assistir a muita TV e um zilhão de filmes no mínimo.
Falta uma semana e agora, aqui no Brasil, é como q a celebração de final de ano...rola uma estranha sensação de q o pontapé inicial do ano novo ainda não aconteceu, q ele espera por algum evento especial...o q será?óóó....
Logo mais nossos votos não serão de final de ano, mas sim de pós carnaval...espero q a gente lembre das coisas q realmente importam antes disso, e q tentemos nos encontrar, sem grandes produções, sem purpurina ou confetes, ainda hj, no máx amanhã, pq 2010 já começou...

Aufwiedersehen!