E tem mais...

(...)

Um monte de coisa misturada..

sexta-feira, 29 de maio de 2009

e os Beatles...

Dentre tantas fotos tiradas pelos Beatles, resolvi colocar essa pra fechar a minha temporada de leitura da biografia do grupo. A última foto tirada de forma casual por esses quatro ex-amigos (naquele momento, por volta de 1968 as coisas não iam às mil maravilhas), no meio de tantas capas milimetricamente pensadas para causar o impacto pretendido e a mensagem do momento...os quatro já separados por suas individualidades, tornavam-se homens únicos dentro do mito, e com muita dificuldade tentavam convergir seus gostos particulares para concluir um disco. E eles decidiram fazê-la na rua, na parte de fora do lugar q eles gravaram por anos, em Londres (eu já estive lá!), Abbey Road, o famoso estúdio, mais pra uma casa improvisada, sem nada demais...o berço das criações mais geniais da História da música, mesmo como um "ateliê" artístico musical desses quatro rapazes de Liverpool...

Eu li atentamente, no prazo de três meses essa biografia de Bob Spitz de quase 1000 páginas dentre anexos, agradecimentos e tudo o mais...e posso dizer q alguns romances e best sellers devem muito a essa história real. A primeira parte, a q descreve o nascimento, crescimento, puberdade de caras como John Lennon, Paul MacCartney, George Harrison e Ringo Starr (nessa mesma ordem), com certeza, pra mim, foi uma descoberta deliciosa...a paixão sendo despertada pela música aos poucoos por cada um deles, o sonho q foi crescendo e alcançou medidas estratosféricas, o momento quando tudo fez sentido pra esses garotos com os ouvidos grudados na rádio q transmitia precariamente o rock´n roll americano para o norte (até então), isolado e menosprezado da Inglaterra...ao ouvirem "Hartbrake Hotel" do rei, Elvis e perceberam q era exatamente aquilo q eles procuravam para dar asas e um endeço nítido ao som q almejavam....Anos mais tarde eles se encontrariam com o Rei de igual pra igual, como ídolos requisitados q eram, mas ainda agindo como adolescentes caipiras de Liverpool em tão ilustre companhia...

Eu passei a conhecer melhor John Lennon e seu caráter e personalidade difíceis, seu humor ácido e muitas vezes impertinente e incoveniente, seu amor pelas drogas de todo tipo...no resumo, um menino criado meio solto, muito amado, filho de mãe e pai boêmios e um tanto excêntricos...tive q me conter para não tirá-lo da condição de meu beatle preferido quando sua eterna esposa entrou em cena, Yoko Ono, mas tive q assumir q apesar de suas esquisitices, a japonesa ajudou-o a levar esse talento peculiar às alturas, e muitas vezes na direção de uma causa justa;

Paul MacCartney...um garoto criado dentro de uma família estável, perdendo a mãe forte e determinada muito cedo, o encontro com o parceiro de outrora, John, amigos inseparáveis por anos, grudados, a atração recíproca e explosiva..a competição patente, e teve q explodir em determinado momento, em alguma encruzilhada...um músico nato, nascido assim, egocêntrico (mas quem não é), ama (ainda) os flashs, o público e sua relação com tudo isso, de todos o mais extrovertido, e também obcessivo pelo q é considerado bom e fino no mundo.

George Harrison, o caçula,esse merece um crédito extra!Sempre subjugado pela dupla acima, criou os Beatles lado a lado, desde o começo manteve-se meio subserviente, calado até quando pode, e quando resolveu dizer, disse coisas lindas como a música "Something", atualmente minha preferida de todas as feitas pelos Beatles...o mais introspectivo, apaixonado pelo Oriente, de um humor sagaz e inteligente;

Ringo...sweet Ringo...esse entrou por último, um ou dois anos antes do estouro da banda...foi o ingrediente q faltava nessa receita perfeita, o menos temperamental, o equilíbrio, o mediador quase sem voz...ele só queria ter um bom emprego, uma boa familia e filhos. Está ai até agora, sobrevivido até de sua infância atribulada pela saúde frágil...

Os Beatles mais do q um fenômeno, foram tbm um esforço bem sucedido de Relações Públicas, e eu como professional não pude deixar de notar os vários eventos nesse terreno, graças a ajuda pontual do controvertido empresário Brian Epstein (q tbm acabou cometendo alguns deslizes de assessoria de imprensa), e tbm dos meninos em surgir com uma certa imagem q perdura até hj, mas tbm de saber seguir a onda mundial, e atualizarem-se de acordo com a maré...o sucesso nunca se constrói apenas de talento, e hj em dia podemos até pensar q ele na verdade não depende mais de talento algum...exemplos não faltam, exemplos bem sucedidos de publicidade...como diria uma conhecida nossa:"Ops, I did it again!"

Aufwiedersehen!!

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Filme de cachorro??

Eu teria várias prioridades para comentar por aqui, por exemplo acabo finalmente de ler as intensas, numerosas, porém jamais intermináveis páginas da biografia dos Beatles (848pg fora agradecimentos e extras..) de Bob Spitz, poderia fazer toda uma ode ao tempo maravilhoso q se transforma a olhos vistos em verão, ou talvez a minha visita mágica a cidadezinha de Füssen q hospeda o mais famoso castelo da Europa e talvez o ponto mais conhecido da Alemanha, o "Schloss Neuschwanstein"...mas...queria mesmo aproveitar o "feeling" do momento e escrever sobre um filme, q pra variar, eu subestimei...

Pode-se com ceteza aferir muito sobre cinema, mas na minha modesta opinião penso q toda essa "aparente" magestade, exuberância e glamour normalmente atribuídos a ele, são nada mais de 15% (porcentagem alemã), de um arte majoritariamente introspectiva...o q eu quero dizer é q o filme não demanda um "entendimento", uma lição óbvia, ele nos serve como ponte para sentimentos guardados dentro do telespectador, pensamentos subjetivos, q muitas vezes não seriam palpáveis sem a ajuda desse veículo...bom...Hj, sexta-feira, é dia de ginástica olímpica das meninas, eu como sempre levo meu notebook, o plugo na tomada com a bateria e espero alegremente as duas horas de duração assistindo a um bom filme (vide o caso anterior de "Abrigate" na terça..). Normalmente pra essas ocasiões escolho filmes aparentemente leves, pelo fato de os assistir "em público", no claro, e tbm pelo fato de mães e crianças q me rodeiam durante esse tempo poderem se chocar com determinadas cenas dos filmes q fazem meu gênero...

Bom...olhando minha biblioteca dos filmes q sempre baixo da Internet, olhei duas opções, havia "A bússola de ouro" e "Marley e eu", filmes q baixo estritamente para esses casos...sim, sou uma pretensiosa e preconceituosa q ainda torce o nariz para certos temas "pipoca" e acessíveis ao público...nesse caso, um best-seller conhecídissimo, com dois atores hollyodianos como Jennifer Anniston e Owen Wilson, pensando no currículo de ambos em matéria de "profundidade" cinematográfica, seria a escolha perfeita...mas, acabei caindo do cavalo...

Eu não li o livro (ao qual eu tbm torcia o nariz ao pensar q seria um livro bobo sobre cachorros...), mas o filme só me surpreendeu, no bom sentido!Logo quando coloquei o filme e vi o tempo já fiquei curiosa, filmes "água com açúcar" não duram normalmente mais de 90 min...esse dura 1hora e 55 min...o filme conta a história de John Grogan (autor do livro himself interpretado por Wilson), um jornalista normal, vivendo uma vida normal, casando com a mulher dos sonhos, morando na ensolarada California, e tendo trabalho com seu cachorro, Marley, "o pior cachorro do mundo". A saga toda é contada de forma muito simples, muito natural, as interpretações são ótimas, não me surpreendi com Jennifer, a eterna Rachel de Friends, mas sim com Owen, num papel encantador...bom, não vou contar a história aqui pra vcs, fica ai como dica, pra mim foi ótimo, pessoalmente enxerguei a lição de q temos q valorizar aquilo q temos, e as vezes deixar de lado as tão aconselhadas "metas" na vida, e seguir os nossos instintos de acordo com as oportunidades q a vida nos dá...mais uma lição de "desprendimento" em relação a maioria das coisas...com exceção da família, claro.

Aufwiedersehen!!

Regensburg/Duetschland



Sempre comento sobre uma cidade universirtária q abriga vários de meus bons amigos, e para a qual destino meus fds com todo o prazer desde q cheguei aqui...Regensburg fica há125km aqui da "capital", e é uma cidade q me faz sentir realmente em casa, as vezes até mais do q aqui em Munique...a foto é cortesia de Victor Hermoso.

Vista das casinhas margeando o Rio Donau, atrás se pode ver a "Dom", como é chamada a igreja matriz das cidades alemãs.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

E tem outro jeito de fazer as coisas?



Tenho deixado meio de lado essa minha grande paixão por filmes...talvez uma das razões pra eu me sentir ultimamente meio desamparada (faltam dois meses e meio pra eu voltar, ainda estou ensaiando pra escrever sobre o medinho e frio na barriga de voltar), meio "sem" propósito..mas toda vez q eu me deparo com uma obra de arte dessas, eu sinto aqui dentro como tudo faz sentido pra mim, esse "meio de comunicação", analisando como uma comunicadora q sou, é com certeza o meu preferido, senão o mais amado. Mas não consigo deixar de ver a função artística mesmo, dessas pessoas se movimentando numa tela colorida, (ou não necessariamente), dizendo coisas em espanhol q não deixam de fazer sentido pra nossas vivência pessoal, em nossa língua, em nosso país, do geral ao particular, e até onde a simplicidade pode suportar e entreter.

"Abrígate" - (2007)
Direção - Rámon Costafreda
Roteiro - Rámon Costafreda e Fernando Castets

Conta a história de Valeria (María Bouzas), uma garota doce e sonhadora q se vê "viúva" de seu namorado, bem mais velho q ela, e q ao conhecer o filho do mesmo se ve dividida entre a lembrança do passado, o particular, com o novo e improvável, fora a crise de consciência q se segue...uma história simples, com personagens encantadores, sentimentos escorrendo da tela, e a sempre apropriada pitada de humor q dá ainda mais leveza à história...receita de bom cinema, cinema q inspira e faz bem. Nota pra um diálogo entre Valeria e sua tia a respeito do pai dela se eu não me engano... a tia: "Ele sempre fez as coisas do jeito dele", Valeria: "E tem outro jeito de fazer as coisas?".

Aufwiedersehen!!

quinta-feira, 14 de maio de 2009

o ruim de agora é bem melhor q o ruim de amanhã..

Estava me lembrando esses dias de algo "óbvio" (seja lá a redundância q isso representa...), algo sobre esse lance de saudade...Tenho aprendido diversas, variadas, supreendentes coisas sobre a vida e sobre mim mesma nesses últimos 9 meses (com sabor de 9 anos), um tanto quanto desse montante, talvez 90% (oh mania alemã de dar porcentagem a tudo), sobre relacionamentos. Gente mesmo. E a tal da saudade, esse substantivo inexistente nessa língua q eu teimo em aprender, quanto menos em inglês, se eu não me engano não tem em espanhol tbm (bom, vcs me entenderam...), esse com certeza é o assunto da vez na minha vida...aquela saudade natural de quem se aventura em outro país, longe das pessoas amadas, coisa e tal...mãs, esses dias,e é ai q eu quero chegar...senti claramente a saudade, antes da saudade (literalmente por estar loonge). Estava euzinha, na casa do meu amigo, ao qual tive q recorrer à hospitalidade pela milésima vez, tardes da noite,depois do jogo do Bayern, por não ter a chave e ser muito tarde pra eu chegar em casa, tocar a campanhia e tal...tive q me aquietar no meu já familiar sofá-cama em sua casa, ...um trabalho a parte, apesar de muito confortável...mãs...eram quase meia noite...e dali a 5 horas eu teria q acordar pra pegar todos os meus transportes necessários, e chegar pontualimente as 6:20h em casa, lógico, para fazer o café e assar os pães e brezels. Estava eu lá, deitadona, sonolenta, e ele no computador fazendo sei lá oq, com a luz acesa e tagarelando...num determinado momento ele leu a "sorte do dia" do orkut..e era algo ridículo...do tipo "vc vai receber um biscoito chinês especial da sorte"....ele me contou dando risada, eu duvidei lógico, (pq vindo dele pode vir qualquer besteira e invenção..), ele deve ter me mostrado, rimos juntos dessa tonteira..mas enfim, naquele momento, de pura besteirada nossa, conversa jogada fora, simples de tudo..eu senti uma saudade, saudade q eu vou sentir mais pra frente desses momentos de solidão compartilhada...bonito isso né?Eu diria q um privilégio sensitivo...(rs)

Talvez por um sentimento humano de contraste, desse nosso constante jogo de perda e ganho, e da consequente dinâmica q isso acaba dando a nossa vida, por curiosidade, ou por um leve sadismo mesmo...esses momentos de perrengue, de dureza, de trabalho e cansaço, são no final das contas, quando passam, os q mais fazem falta, e um dos quais mais lembramos com nostalgia...podem fazer um balanço da vida de vcs, e lembrem-se disso...portanto, se tá ruim ai pessoal, aproveitem...vcs ainda vão sentir falta!

Aufwiedersehen!!

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Alianz Arena...a noite


fico devendo uma melhorzinha...não coube...obs:sempre vermelho em dia de jogo do Bayern.

Aos amantes do futebol...


Há tempos não descrevo alguma coisa realmente nova sobre a cultura alemã, hj em especial vou contar pra vcs um pouco da paixão pelo futebol por essas bandas...essa q vos fala, no caso, é uma nulidade quando se trata do esporte, mais por falta de curiosidade mesmo...não é realmente o esporte q mais me apetece, aliás, não me apetece mesmo...todos consideram uma heresia por aqui uma brasileira dizer q não gosta de futebol, mas bom, 22 homens, uma bola, chutando e tal...(langweilig...), mãs, não deixo de ser uma turista, mesmo morando aqui já há 9 meses, precisava conhecer o grandioso Alianz Arena em jogo oficial Bayern de preferência. O estádio foi inaugurado aqui em Munique em 2005, e pra quem não sabe, foi também onde aconteceu o jogo de abertura da Copa da Alemanha de 2006. A Alemanha se encontra agora no campeonato nacional, chamado Bundesliga...o "nosso" time aqui, o Bayern-München, um dos líderes do campeonato jogaria nessa terça-feira (no caso ontém), conseguimos ingressos por preços camaradas, e nos preparamos para o grande dia...Começando no sábado, às 11 da matina, quando decidimos visitar o CT para assistir ao treino da equipe...muitas pessoas, um sol de lascar, alguns rapazes se aquecendo...muito jovens para a equipe principal..esperamos um pouco mais, e eis q surge um rosto nacional conhecido..Lucio, o zagueiro brasileiro do Bayern com seus colegas correndo em voltas para aquecer...(nada de Zé Roberto até ontém...), ao passarem do nosso lado, não resistimos e gritamos um "Hey Lucio, Luciooooo!Olha aqui!"...ao q fomos respondidos com um cordial "tchauzinho.."e foi assim.


Ontém, correria com as crianças, saindo do piano q acabava as 18:30h, para chegar em casa a tempo de sair correndo e pegar o ônibus as 18:44h pra estação, fazer duas baldeações, encontrar com os meninos, e ufaaa....20:00h estavámos na estação Fröttmaning, a estação do Arena...aacompanhados por uma pequena multidão atrasada, andamos uns 10 minutos até o deslumbrante estádio, chegando um pouco atrasados, mas razoavelmente a tempo...minha primeira vez num jogo de futebol, e mesmo assim as diferenças em relação ao Brasil gritavam...tudo muito comportado...as tentativas frustradas de gol eram estimuladas mesmo assim com aplausos da torcida...e o gol....q aqui atende pelo nome de "TOR", saiu pela primeira vez só no segundo tempo, do Bayern lógico.. (ao qual aliás perdemos por estarmos comprando cervejas e batata frita no intervalo...), o segundo pudemos presenciar, e foi uma experiência a parte...um show mesmo...uma música a lá Oktober Fest ressoou pelo estádio...todos aplaudindo, quase ganhei um abraço de um alemão por segundos menos formal q o normal ao meu lado...uma maravilha...na onda das comemorações surge o narrador q pergunta troçando: "Quanto para o Leverkusen?" ao q a multidão responde: "Null!!", ou zero..."Quanto para o Bayern?", "Zwei!", ou dois...e em seguida, ele repete algumas coisas ao q a torcida de pronto responde...e q eu não entendi direito, a não ser no finalzinho o já tradicional das festas de cerveja: "DANKE!", todos: "BITTE!"...literalmente, "obrigado", "de nada"...excelente..mesma coisa no terceiro gol do Bayern...e assim o jogo acabou.Bem divertido viu. Pra quem se interessa, o Bayern continua da dianteira da competição, dividindo a liderança com o Wolfsburg, ambos com 63 ponto..."GO BAYERN!"

ps:foto a caminho...ainda de dia às 20h.
Aufwiedersehen!!

domingo, 10 de maio de 2009

Mãe..

Estava eu hj saindo de uma projeção do festival internacional de documentários de Munique, q tá acontecendo aqui desde quarta última...pensando sobre a vida e em algo interessante e profundo pra escrever aqui pra vcs (nunca perco a esperança de consegui-lo...rs), o filme era bem interessante, da Rep. Tcheca, tratava-se da biografia de um indivíduo dificil de ser descrito, talvez um niilista nato, ou simplesmente um dos milhões de pobres diabos desse mundo...no decorrer de sua primeira prisão até muitas outras por 20 anos, passando pela Guerra Fria, Comunismo e tudo o mais...apesar de todas as diversidades, tínhamos algo em comum..o cara escrevia para sair daquela realidade massacrante q o envolvia na prisão...

Nesse fds, com nada de especial na verdade, apenas passeios aqui nessa cidade grande, q começo a realmente experienciar agora...parei pra prestar atenção e observar novamente toda sorte de signos, mensagens, cheiros, vislumbres e conversas soltas (nos mais variados idiomas) aos quais tenho acesso..e a chamada "cidade grande", um advento um tanto quanto novo na sociedade, é algo realmente deslumbrante em se tratando de imagens...uma sensação q eu começo a sentir profundamente agora, essa sensação de andar com tranquilidade e familiaridade por essas ruas, trocando de trens e metrôs como algo feito a vida toda...e eu me pego rindo sozinha, assim meio q me vendo de longe pelos olhos de outra pessoa, e me sentindo sempre destoante desse cenário...mas a sensação não deixa de ser agradável....pode ser tudo isso, pode ser esse tempo maravilhoso q Deus nos manda...essa primavera brilhante e rica..pode ser qualquer coisa...

Mas apesar ou antes de tudo isso, lembrei de algo ainda mais importante...não em se tratando do dia de hj em especial, mas em se tratando de outro símbolo humano dos mais valiosos, a figura da mãe.E como essa "figura" tem me feito falta, não por vontade nossa, pela geografia mesmo...antes de vir pra cá..ante todas as despedidas, a mais dura, aquela hora do abraço, aquele aperto nos lábios de ambas segurando pra não tornar um momento dificil ainda mais dramático, engolindo o choro, e percebendo q de tudo q se pode sentir falta, nada se compara a falta de uma mãe. Eu graças a Deus sinto isso por tempo determinado, e agradeço poder esperar por aquele abraço dos mais almejados, sentir o cheiro mais saudoso e aquele olhar sempre orgulhoso na minha volta...e eu acho q é esse momento, depois de tanta apurrinhação na adolescencia, algumas briguinhas bestas, podemos agora entender e enxergar o valor dessa mulher, e tudo o q ela representa...

Feliz Dia das Mães a todas!E parabéns...pq não é fácil..

Aufwiedersehen!

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Nada como o lar

Segunda-feira, dia 4 de maio de 2009. Munique/Alemanha. 5:50h: o despertador toca, eu acordo, me arrumo rapidamente saindo da casa de uma amiga para ir a pé em direção à estação de metrô, a fim de chegar a tempo,exatamente às 6:05h e pegar o metro para casa. No caminho, 7 min de caminhada cai uma garoa leve, o tempo é frio, destoando do clima agradável da primavera aqui...chego a tempo para pegar o trem, minha estação é logo a seguinte, lá ainda espero pelo ônibus q chega pouco tempo depois para me levar diretamente pra casa. 6:20h toco a campanhia para a minha gast abrir a porta (já q ainda me encontro sem chave de casa), coloco os pães e os brezels para assar...guardo a louça do dia anterior, faço o café...O que parece a vcs?Posso afirmar "peremptoriamente" q eu não poderia estar mais satisfeita! Vale dizer q eu acabo de voltar de uma viagem looonga através da Alemanha...cruzei literalmente o país de sul a norte...desde sexta, saindo de madrugada daqui de Munique (após uma quinta de despedida da Frühlingsfest aqui, lógico..como não poderia deixar de ser...), até Hamburg...foram quase 5 horas de viagem no trem de alta-velocidade daqui...por volta dos 250km/h...a volta foi, digamos mais lenta...8 horas de carro Hamburg/Munique.

A viagem foi ótima...revi amigas q eu não via há tempos, conheci pessoas ótimas, outras nem tanto...(rs)...pegamos dias lindos e ensolarados beira mar (a cidade é um porto), mas como reza o senso comum, não há nada como voltar pra casa...tenho sentido isso com mais intensidade ultimamente, talvez devido ao dia da partida q se aproxima, talvez pq finalmente eu entendi a máxima q meu pai sempre tentou enfiar na minha cabeça a vida toda: "Vc não precisa sempre de super-produções pra se divertir". Simples e exato como sempre. O mundo (não vou cair numa de dizer "a sociedade"), nos prega essa sensação constante, incutida em nós,não vou especular por quem ou o q, de que precisamos constantemente estar em mudança, q devemos encarar o mundo, viajar, conhecer novas pessoas, culturas, blá blá blá...parece irônico, mas eu precisei vir até aqui pra afirmar categoricamente: Não necessariamente(rs). Cada um sabe o q precisa...podemos sim ter uma vida maravilhosa conhecendo só o nosso país, tranquilos em casa, no nosso velho emprego, com as velhas companhias, e isso não é ser simplório (ou simprão). Pelo menos é o q eu penso, hj (pq se eu tenho uma certeza nessa vida, é a de q eu ainda vou mudar MUUITO de opinião, e eu tenho esse direito). Bom, chega de auto-ajuda...afff..vamos falar de Hamburg.

Bom, Hamburg fica a exatos 776 km de Munique...uma baita de uma viagem..mas valeu a pena. Ela é a segunda maior cidade da Alemanha...e tem um clima totalmente diferente daqui do pessoal do sul...eu realmente não me senti na Alemanha q eu conheço no cotidiano...o norte é bem mais liberal, alternativo e posso até ousar em dizer "aberto" (não sei se é essa a palavra certa), q o sul (leia-se Bayern e Baden-Würtemberg). Normalmente uma cidade portuária tem características mais flexíveis em se tratando de lidar com os tipos humanos diferentes, algo mais relaxado..e Hamburg é tudo isso...logo de cara, na estação principal se encontra todo tipo de pessoas e esse clima "descolado"...
Cheguei lá na sexta do dia 1o de maio quase meio dia...tive q esperar pelos meus amigos q vinham de Düsseldorf de carro umas 2 horas...então aproveitei pra fazer um tour de ônibus (coisa q nunca fiz na vida aqui nas Europas)..o q se mostrou uma ótima idéia...até consegui acompanhar o nosso guia, quase particular (éramos em 5 no bus, não, não "éramos seis" háhá), descrevendo a cidade em alemão..e fazendo piadas sobre o Brasil e Munique por minha causa...sobre a Grécia, Baden-Baden e Kiel, por causa dos outros turistas esparsos...mas o show deve ser bem feito, mesmo q pra uma pessoa, e ele foi ótimo...passeamos na parte de cima, um sol delicioso q Deus mandava...ótimo começo...na estação principal, durante o tempo todo q esperei pelos meus colegas de turismo, fiquei procurando de onde vinha uma música clássica q tocava bem alta e nítida..durante todo o tempo..até o domingo na minha volta, não achei de onde vinha, mas era o máximo...aquela "trilha". Passeamos no sábado a pé...domingo pegamos um barco até a prainha q eles têm lá, ficamos horas deitados curtindo o sol e a (pasmem) areia!!Praia criada..não nascida assim, mas tá valendo...deu pra matar a saudade do mar...As fotos ainda vou ficar devendo pq minha câmera resolveu ficar sem bateria...estou à espera das fotos alheias mesmo.
Uma curiosidade pra quem não sabe, no começo da carreira, os Beatles (eles mesmo), pouco antes de estourarem na Europa e nos EUA, tocaram por dois anos em Hamburg. 1960 até 62, num bar escondido e sujo na "Repperbahn" (a principal rua de bares até hj), aprendendo, com muito trabalho e quase q sem descanso, boa parte do q os impulsionou a se tornarem o fenômeno q são até hj!

A volta é um capítulo a parte:Aqui na Alemanha existe um site chamado "mitfahrgelegenheit", entenderam né?ahahaha...é algo como "viajar junto". É um site onde as pessoas se cadastram para dar carona e cobrar um preço por essa carona, e vice-versa, pessoas procurando carona. Algo muito prático e bem tranquilo, já fiz uso dele várias vezes, mas nunca pra tão longe...enfim, combinei com o meu "mitfahr" o horário, 16:30h na estação principal (a música clássica continuava alta e invísivel...). Normalmente a pessoa liga, diz a cor do carro, e uma saída pra nos encontrarmos...o engraçado é ficar imaginando o tipo de pessoa q tem aquela voz...nesse caso, o "dono" da voz era um turco com seus 30 anos mais ou menos, não nascido aqui (falava ótimo alemão, mas tinha sotaque), dirigindo uma mercedes de última geração (não me perguntem qual, só sei q era nova), e os passageiros: um senhor alemão de Munique, por volta de 60 anos, e uma quase octagenária senhora afeganistã. Não sei pq cargas d´água eu fui a escolhida para ir na frente, e vou contar pra vcs, a mercedes é apertada!!!e eu tive q ir retinha sem descer o banco pra véinha ficar tranquila com seus joelhos atrás de mim...paciência. Eu diria q uma galerinha no mínimo diferentona né...mas todos bem educados, nada a reclamar...fora um baita arrotão q a senhora soltou depois de beber água, tranquilo...(ninguém pareceu se incomodar). No meio do caminho, em Leipzig, fizemos uma pausa num Burger King..foi bem interessante..o turco disse q voltaria dali a 20 min, pra esperarmos por ele lá...saímos eu, a senhora e o senhor foi fumar...ajudei a senhora a sair de trás com muito esforço (a mercedes é bem baixa), e fiquei meio em dúvida se dava uma de "coleguinhas" e dizia, "vamos no banheiro miga?"...então dei um sorrisinho e fui sozinha mesmo...na saída a encontrei tbm por lá...acabamos sentando juntas no burger king, o senhor se juntou mais tarde...eu tomei um sorvete e sujei meu cachecol, o senhor (todo sorrisos para mim..), me ofereceu um lencinho pra limpar..batemos um papo, o turco chegou. E a viagem no final correu (literalmente) muito bem, pegamos uns congestionamentos (na Alemnaha tem sim, muitooo congestionamento), e chegamos em Munique por volta da 1h da madrugada...

Agora acho q eu fico meio tranquila por aqui mesmo...economizando, estudando o resto de alemão q me resta e curtindo o meu lugar comum e pessoas de sempre mesmo...ohh beleza!

Aufwiedersehen!(cada vez mais perto..."