E tem mais...

(...)

Um monte de coisa misturada..

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

CHEGAMOS NA CENTESIMA POSTAGEM!!



Impressionante a coincidencia, mas no penultimo dia do ano (amanha me retiro para comemoracoes e viagens..), escrevo a centesima postagem do tao falado, amado, polemico (da epoca da greve) e jovem blog SINCEROS DEVANEIOS. Fica o parabens a todos nos participantes, leitores quietos porem presentes, (hahah), comentarios plausiveis e essa troca espiritual na distancia do meu Brasilzao amado!!Antes q seja tarde, meus votos de Feliz Ano Novo, aproveitem com moderacao o ultimo dia de 2008, e isso ae mocada nao vamos deixar a peteca cair, uebaaa!!Pra quem for pra praia, por favor, pulem pra essa pessoa q vos fala sete ondinhas, e quando vcs forem pensar em reclamar do calor imaginem q eu estarei congelando no -10 graus q vem por ai na night de 31 de Dezembro em Munique....



Vou dar uma comentadinha bem ligeira sobre Praga, pq foi bem isso q a Republica Tcheca representou, uma visitinha...fora o frio q nao e culpa do povo e do pais, ohh pessoalzinho grosso!!!!Pelo amorr...foi de magoar o coracaozinho a cada esquina, a cada pedido de hot dog, a cada passeada na loja de souvernis, a cada sentada em restaurante quando um dos nossos nao ia comer e era expulso...afff...houve pessoas corteses e amaveis, mas a minoria...a cidade e linda sim, tenho q assumir...mas na verdade, pessoalmente, cada vez mais acredito q essa epoca do ano e um momento de ficar em casa, juntar dinheiro, resguardar-se...andar na rua doi, e tudo muuito frio, nao tem como...a cia como sempre valeu a pena...teve momentos hilarios, participei ate de um casamento, sensacional!!Fomos em uma balada no sabadao...tinha 5 andares, bem legal, e praticamente so brasileiros...realmente...era no albergue, era na balada, so brasileiros...mas ta valendo, me senti em casa como sempre, nao q eu tenha dificuldades para me sentir assim...Conheci, pronto cabou-se!Saudade da Alemanha q leva a fama erronea de ter as pessoas grossas, alemaes sao mocas perto dos tchecos e tenho o dito!!

Muuuuitooos bons fluidos pra vcs nesse ano q promete, 2009, muitos abracos, muitos beijos e tudo o mais!!Como diria uma pessoa muito sabia q eu conheco, saudade e mato q so tende a crescer e crescer!

E pela centesima vez Aufwiedersehen!!So no ano q vem!!

Fui!!





Eu indo embora de Pforzheim (na verdade a estacao de trem e pro outro lado, mas a foto ia ficar estranha..), a titulo de decoracao mesmo...fuii!
ps:acentos e afins somente depois do dia 7 de janeiro, desculpem-me o transtorno ate entao.

so pra encher linguica...


Ainda em Praga...casamento tradicional, muito aprendizado...

86 postagens ate agora...

E tempo de relembrar, entao quero arredondar pra 100 nesse ano fatidico e inexquecivel de 2008, o ano em q esse blog q vos fala nasceu, comecou no dia 7 de agosto, uma garota totalmente diferente da de agora, mas na essencia ainda a mesma garota escreveu mais ou menos isso:

"E eis que o dia chega... (07 de agosto de 2008)

Bom...começo hoje, nesse dia ensolarado de inverno no Brasil a tentar passar para o computador um pouco do que se passa aqui nessa minha mente perturbada...espero que seja satisfatório ler sobre isso, espero que haja um pouco de humor,e quem sabe com a ajuda de Deus algo realmente profundo que valha a pena ser gravado na rede mundial...quem sabe!!!Bom, eu nunca fiz isso, vou tentar uma brain storm!Ontém a noite eu tinha mil idéias enquanto eu delirava graças à providencial infecção alimentar que me acometeu na madrugada de domingo...não sei o que acontece comigo, mas sempre que eu vou dormir e fico pensando - por que durante a minha vida eu venho travanado essa batalha para deixar minha mente ao alcance da minha cabeça, mas ela sempre insiste em voar para outras planícies menos povoadas de tempos em tempos - vêm à minha cabeça coisas interessantíssimas pra escrever, mas a minha preguiça muitas vezes é maior para levantar e pegar um caderninho..enfim, onde eu estava?

O que se fala no primeiro post de um blog, que diga-se de passagem eu espero grandes emoções...eu acho que daqui dos "sinceros devaneios", pode-se esperar a minha experiência estando fora do país, como eu posso e vou aprender no observar diário de outra cultura, e pricipalmente o que mais me interessa, no observar o comportamento humano em especial...nessa jornada terei como companheira uma criança, e já, posto isso, pode-se esperar descobertas sem prescedentes, já que o mundo deles é o da descoberta, e é muito maluco!Vou falar também de cinema, como uma cinéfila e aspirante a cineasta quem sabe, com dicas e boca no trombone para o que eu considero uma porcaria...já tenho alguns em mente. Hoje não estou nos melhores dias, mas queria dar o pontapé incial, sejam bem-vindos!Mais detalhes sobre mim e a minha viagem nos próximos posts!Obrigada!

ps:amanhã estou partindo e me sinto muito feliz!

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Predio que danca - Praga


bacana, bacana...mas nem tanto pra andar no verao europeu de - 7 graus...eu sou a-turistica, isso e fato...

Praga - Republica Tcheca


quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Lots of love!!!

Bom.
Final de ano, momento de fazer um balanco (desculpem-me a falta de acentos e afins, estou em computador alemao alheio), resguardar uns momentos do seu dia talvez para relembrar momentos bons, e dar uma passada bem ligeira nos momentos ruins, principalmente no q ficou de aprendizado, sem rancor, sem amargura, nunca...algo q aprendi nos ultimos dias...
As pessoas costumam me alertar quanto a minha ingenuidade, minha confianca nas pessoas, no lance de "nao enxergar a maldade"...enfim...nao, nao sou uma santa no mundo, mas se tem algo no qual eu tenho confianca e no ser humano, no seu lado bom, afetuoso, na sua humanidade enfim. Nao tenho pq mudar esse pensamento, basta dar sempre uma chance, sempre penso nisso quando conheco alguem e a principio penso algo do tipo: q pessoa estranha, q pessoa quieta, seca...mas depois vem aquele pensamento usual, "espera, observe, de mais uma chance, vc nao se arrependera", e e verdade, eu nunca me arrependi.

Sobre os ultimos dias...retomando um pouco da minha historia, mostro nesse "case" de sucesso q acaba sempre sendo a minha vida por aqui, tudo sempre tende a melhorar mais e mais...bom, troquei de familia, houve com certeza um sentimento de rancor da minha parte para com a outra familia, indagacoes do tipo: "eles podiam ter esperado o proximo ano..eles podiam ter avisado antes...eles podiam, eles podiam, eles, eles, eles..."Nao adianta, nao mudamos as pessoas, mas temos a chance de nos adaptarmos a nova situacao q surge e deixar as portas abertas e um rastro de gantileza por onde passamos...essa e a escolha q vale a pena...pelo menos pra mim...como no ultimo fds ficou provado.

Sinto-me muito feliz com a minha nova vida, na verdade parece um sonho realizado...depois de quatro meses por aqui, ja posso dizer bem adaptada com a lingua, os trens da vida e as pessoas, como q depois de um treinamento vou parar em uma cidade grande, com todas as oportunidadess e a vida q a acompanha.Ganho abraco afetuosos todos os dias dos novos pimpolhos meio brasileiros (parece besteira, nao me considero a pessoa mais carinhosa do mundo, mas aqui nao existem abracos, contato como no brasil, sentia falta de um simples abraco, com as novas criancas os recebo a todo momento...). Ultimemente estava vivendo momentos de tensao, na procura da nova familia, na busca constante, no calculo dos pros e contras...quando finalmente achei a familia perfeita, o stress estava em como traria minhas malas pra nova casa, ja q eram enormes, pesadas e tudo o mais...consegui isso..mas ainda faltavam coisas pequenas q eu deixei na casa antiga...precisava busca-las.....chamei meus amigos (a ajuda deles merece um capitulo a parte, a nossa vida, da mulekada perdida na europa, um dando apoio pro outro, dividindo os aprendizados, as alegrias e os apertos tbm...maravilhoso), e fomos juntos pro estado de Baden-Würtemberg...passeio em Stuttgart, a cidade grande proxima da minha antiga cidadezinha...e no dia seguinte partimos rapidamente pra ja saudosa Pforzheim.

Preciso confessar q estava um pouco apreensiva com o reencontro, ainda sinto um vazio q nao sei se sera algum dia preenchido pela falta da pequena de Pforzheim..."tu te tornas eternamente responsavel por aquilo q cativas", como ja diria o pequeno principe ou algo do tipo com a raposa la..o nosso coracao deve ter compartimentos especiais q se formam somente para uma pessoa de forma particular, (nossa q brega, mas e verdade) e e bem isso, ela ja tem seu lugar...pelos momentos tensos e leves q vivemos, por tudo q aprendi sobre tolerancia e sobre a infancia e suas angustias com ela. Ja tinha avisado q iria buscar o resto das minhas coisas la, subi aquelas escadas q tentaram porem nao conseguiram me matar, e fui recebida pelo meu antigo gast (gast vater e gast mutter, e como sao chamados os pais da familia q hospeda, nos falamos so meu gast, minha gast),com a chave, subi, peguei as coisas, desci e ia entregar a chave...meu gast tem esse temperamento sempre bonachao, engracado, minha gast ja e mais temperamental, passsional, nunca sabia como ela estava, ou muito feliz e amorosa, ou uma fera quieta...esse tipo de pessoa q vc ou odeia ou ama...quando fui entregar a chave, achei q ela nem apareceria...aquele clima esquisito pairava no ar...os famosos "last looks" como diria em Elizabethtown, eram tudo "last looks"...ao entregar, ja tinha q descer para pegar o proximo trem. Ele me convidou pra um cafe (eles sabem o quanto eu gosto), eu respondi q nao poderia pq tinha q pegar o trem...transpareceu um olhar de desapontamento, e ela veio com um sorriso, eles me entregaram uma sacola de natal com vinho, pao de mel e chocolate..um abraco, aquele olhar de respeito e afeto q eu nunca vou esquecer. Tentei ver a pequena mas ela como sempre dormia como uma pedra, nao acordou...espero ainda ve-la...

Mas e isso...as pessoas deixam a sua marca de forma peculiar, e a lembranca q fica sempre tem q ser essa...a de respeito pelo tempo q passamos juntos, por tudo q foi compartilhado. O caminho de volta, todas aquelas ruas q me apresentaram a Alemanha ja ficavam pra tras, os caminhos q caminhei com pressa sem dar atencao aos detalhes, coisas q fogem ao nosso olhar apressado do cotidiano, podia ver coisas novas a cada olhar pormenorizado, queria gravar aquele lugar tao querido, onde vivi quatro anos em quatro meses, Pforzheim....

Bom...capitulo a parte sobre os amigos, a ajuda e o conforto nos momentos de desespero por aqui...me encontro nesse momento em uma moradia estudantil em Regensburg, no momento esta vazia, todos os "gringos" viajaram para suas respectivas casas para passar o natal..dominamos o lugar e vamos comecar a preparar nossa ceia "simprona" porem suficiente..hj ate o sol brilha nessa vespera de natal do inverno alemao...queriamos neve pela caracterizacao...mas estou longe de algum dia reclamar do sol q brilha...

Aufwiedersehen und Frohe Weihnachten für alle!!(Feliz Natal pra todos!)

ps:cuidado com o mel escorrendo dessas palavras de uma pessoa feliz e cheia de amor...aahahah...gracinhas e piadinhas no post sobre Praga, proxima parada!

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Urlaub - Ferien - Férias - Vacaciones - Vacations


Anda nevando por essas bandas...(vista do meu novo lar)
Férias!!É isso ae pessoal, to saindo hj mesmo de férias por três semanas...vcs devem estar pensando, "mas essa garouuta não começou agora a trabalhar para outra família???". Correto, e estou sim super feliz e satisfeita...mas eles já tinham essa viagem marcada e aii pra perto de vcs a maioria dos meus leitores no Brasil!!Isso mesmo...mas enfim, ainda não tenho como bancar um bate e volta pra i, então me contentarei com cidades exóticas como Praga, Budapeste, Viena e lógico Munique e cidades alemãs afins...


Vou tentar dar um alô pra vcs aqyu de vez em quando...mas não prometo nada já q estarei hospedada na casa de amigos queridos em lugares variados na Europa (nusss q nojo!!)


Feliz Natal pra vcs!!!Feliz Ano Novo!!APROVEITEM O SOL!!

Aufwiedersehen!!

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Munique

...E foi de carona de Karlsruhe (a cidade universitária perto da minha já antiga cidade Pforzheim), q eu deixei o estado de Baden-Würtemberg para adentrar a famosa Bavaria (Bayern por aqui...). Continuo no sul, mas agora me vejo finalmente e literalmente jogada na cidade grande, Munique (München por aqui). Sim, depois de passar a estafa de toda a tensão acumulada q eu vinha vivendo nas últimas semanas, já na sexta quando eu me encontrava na estação principal de trem me dei conta de onde eu realmente estava. ERA A CIDADE GRANDE MINHA GENTE!A menina do interior de São Paulo, depois de algumas tentativas, depois de algumas visitas em cidades grandes aqui nas Europa, depois de aprender a andar na própria capital paulista sentia aquele pequeno e timido chamado dentro de si mesma q dizia.."mas eu queria viver a experiência de morar em uma capital conhecida mundialmente"...eu não dava muita vasão a isso, conformada com a minha vida estabelecida, q ainda faz falta, a rotina e os rostos já conhecidos, mas o deslumbre foi inevitável!Eu moro em Munique!Eu moro em Munique!Ironia ou não, essa apreciadora da boa e velha cerveja, agora mora no lugar especializado na boa e velha cerveja!

Mas nem tudo são flores, continuo na adaptação, o frio e a neve excessiva aqui não ajudam, o clima continua a atormentar o meu estado de espiríto, mas eu continuo na batalha....agora são três crianças, três vezes mais trabalho, mas mais carinho tbm, o q sempre me faz bem, além da casa cheia e do calor humano q tanto faziam falta...eles são coincidentemente iguais a mim e meus irmãos...uma garota mais velha, dois anos depois o garoto do meio e mais dois anos depoiis a garota caçulinha...as vezes me pego lembrando dos bons tempos de infância com meus queridos...e não tem nada melhor do q ter irmãos, ainda mais amigos sempre por perto...apesar de todos os arranca rabos comuns q existem..

bom, é isso...queria dar um ar da graça pra vcs, a inspiração ainda vem e eu coloco minhas observações mais pormenorizadas sobre essa cidade linda...

Aufwiedersehen!!

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Sempre há uma luz no fim do túnel...

É meus queridos...a vida nos prega muitas peças, acontecem coisas q mal imaginávamos q aconteceriam...posso dizer q ultimamente não tenho o q reclamar quanto à mesmice, marasmo, tédio, tudo isso ficou pra trás nessa última semana...aliás, como disse a um grande amigo esses dias, como estamos em tempo de colocar na balança os altos e baixos da nossa vida, medir, ponderar, enfim, pensar até queimar a muringa (!!!), é hora de falar um pouco sobre esse caminho q me trouxe até o ano de 2008 e suas resoluções.

Nesse mergulho inter-auto-psico-sociológico q eu tenho feito desde o começo desse ano fatídico, (2008 será inesquecível), eu me formei, tive q aceitar o fim dos quatro melhores anos da minha vida...voltei pra casa dos meus pais (q é maravilhosa, mas tudo muda depois da emancipação), fiquei seis meses praticamente só na especulação do q seria a minha vida dali pra frente, na época crítica, quando os planos tradicionais q alinham a vida de todos nós na sociedade acabam: jardim de infância, escola, ensino médio, vestibular, faculdade e, e, e ?? acaba por ai, e então, é preciso q cada um escolha como seguirá sua vida, e eu posso dizer: É UM SACO! Todos sonham tanto com esse momento, ser realmente dono do próprio nariz, mas eu posso dizer q a rapadura é doce, mas não é mole não!

O q fazer agora? Eu tenho um idéia, mas tem outra coisa extremamente chata nesse lance de crescer, ter q pensar se o tal do dinheiro pode vir concomitantemente àquilo q gostamos e temos talento para executar, e essa é a parte complicada...enfim, no final das contas, no final do ano passado, 2007, depois de me sentir realmente satisfeita e realizada com algo q eu senti q fiz com prazer, com desafio, e fiz bem, minha monografia de final de curso, a única idéia q eu tinha sobre a minha vida dali pra frente é q eu precisava realmente cair no mundo, literalmente. Gosto muito de línguas, tinha o inglês, já estava "em contato" com a tão fadada língua alemã a um tempo, resolvi me aventurar no seu país de origem, a até então, distante e instigante Alemanha.

Recapitulando, primeira aula de alemão, terceiro colegial(na época chamava colegial) em 2003, terminado o curso de inglês,partamos para a próxima língua..."talvez espanhol, mas isso se aprende em um ano", um desafio, meu tio lança a idéia, "pq não alemão?", a garota de 17 anos pensa : "é, pq não?". Vamos à primeira aula: susto!q lingua era aquela?q regras eram aquelas?Pq tem mais um artigo??Eu lembro de ter pensado: "um dia eu vou conseguir dominar isso, por mais dificil q seja...".
O tempo passou, o alemão ficou em segundo plano na faculdade, muitas coisas aconteceram, a menina de recém completados 18 anos, um ano depois da primeira aula de alemão é jogada num curso q ela mal conhecia, numa Universidade pública como ela outrora sonhara, em uma cidade muito quente no centro-oeste paulista, ela se sente surpreendentemente segura e feliz apesar de tudo, mas ela ainda é uma menina...ela ainda vai cair muito, vai aprender muito tbm, e isso é só o começo.

Essa mesma menina, agora com 23 anos, pode-se dizer q ela é quase uma mulher, quatro anos e meio depois vai pra Europa, mais precisamente pra Alemanha, e em apenas quatro meses (exatamente no dia 8 de dezembro de 2008), ela percebe o quanto ela aprendeu, ela já consegue, de forma prosaica, mas consegue, conversar em alemão até no telefone, quem diria, ela vive a semana mais tensa da vida dela, pq ela não sabe como terminará seu ano, onde estará no ano q vem, mas ela se sente esperançosa, e ela sabe q tem o seu porto seguro sempre num lindo país tropical. Cresce menina, cresce!um ano atípico, um ano indispensável.

Aufwiedersehen!!

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

London:minhas impressões...

Gente, desculpem-me pelo post anterior sobre Londres, foi bem na correria só pra cumprir tabela, mas eu fiquei agora com vontade de contar mais sobre a cidade, agora sob o meu ponto "curioso" de vista...vamos lá? (já comecei a fazer minhas malas aqui, impressionante como a gente junta tralha em pouco tempo né?quatros meses, menos q isso...afff).

Bom...o sotaque deles é uma belezinha mesmo, aquele acento britânico q pode muitas vezes parecer arrogante, no final das contas me transportava toda hora pra uma memória de um filme de época, eu olhava aqueles rostos caracteristicamente ingleses (não tem como não notar...), e imaginava aquelas mulheres com bochechas rosadas transmutadas com os vestidos bufantes da Idade Média, tenho certeza q as caras são as mesmas...era engraçado imaginar isso na minha cabeça, fiz isso a viagem toda!Na verdade, de povo inglês mesmo Londres não tem nada, estes são encontrados em pouca quantidade na sua própria capital, o q ouvimos mesmo são todas as línguas do mundo...o inglês americano se torna claro em sua diferença "girística", no seu "Iow man"...o italiano, o turco, o espanhol, q aliás convivi no caminho de ida no avião numa galerinhad e estudantes e me deu até dor de cabeça...(me desculpem todos os espanhóis, eu os acho muito simpáticos, todo o povo q fala essa língua, principalmente pelo tão em falta:"sangue quente", mas pessoal, é uma língua muiuiiito irritante de se ouvir, não soa bonito, pelo menos não a mim)...deve ser por isso q nunca me interessei em aprender...é estridente!Desculpa...essa é minha opinião...e enfim...português como sempre ouvimos...brasileiros por todo o lado, é o q mais tem aqui na Europa, até o ponto em q começamos a ignorar pq senão pararíamos a cada esquina pra tradicional conversa de elevador: "oi, vc é do brasil? de onde?faz o q aqui?", não rola mais....enfim, eu e meus devaneios...q correram livres nesse fds sendo q eu fiquei muito tempo nos transportes da vida sozinha..e não há lugar mais profícuo para devaneiar do q andando de trem ou onibus....

Bom, eu cheguei numa quinta de madrugada, não vi muito da cidade, a não ser os trens, aliás, o primeiro q eu comprei já disse, custou 15 libras, e eu (já com a sinceridade alemã um pouco introjetada na mente) respondi um bom: "all that just for one trip?" e o simpático inglês no fim de expediente me mandou um: "yes, you are in England!", e foi esse o meu primeiro contato com eles... dia seguinte queria ver a tal da Abbley Road, pq em tudo q me concerne à Inglaterra, os quatro notáveis, os Beatles sempre são o q mais suscita interesse...bom, nos encaminhamos até lá, perguntando a todos no caminho onde era a tal da rua...a rua, como pudemos perceber era bem longa, seguindo as instruções, depois de perceber q a pergunta interessante a se fazer seria "onde fica a faixa famosa de pedestres dos bealtles, o abbley road studio" coisas do tipo...fizemos um quadrado e voltamos pro nosso ponto de saída, q era na verdade do lado da tal da faixa de pedestres igual a outra qualquer...tiramos a foto, passamos no beatles coffee shop q é minúsculo na própria saint john station...mas valeu a pena, pirei la, queria comprar tudo....

Como sempre, depois de um dia intenso de caminhadas, como se figura sempre um bom dia de turismo, as costas ardem, vc sente a necessidade de se alongar toda hora, vc senta pra esperar o sinal abrira cada oportunidade minima q surge, e finalmente, eu precisava, apenas em prol do conhecimento mesmo, provar a cerveja inglesa, e mais uma vez, dessa vez em prol do turismo em si, conhecer um pub inglês, q lá se chama apenas "pub". Bom, já disse eu acho...a cerveja é divina, tomei a Stela, nem sei se é assim q escreve, mas ótima!Soube q por lá, todo santo dia depois do serviço a inglesaiada e amigos vão para o pub e ficam por lá até altas horas bebendo até cair...TODO DIA.

Dia seguinte, sabadão...fomos pra Nothing Hill, conhecer o mercado Porto Bello...q é um capítulo a parte, tem aquela atmosfera mais intimista de Londres, fora a confusão da cidade grande...uma graça, fora o clima musical tbm delicioso...lá eu comprei um mini quadro do Reservoir Dogs, dois cds de coletânea de blues e jazz e um livro no sebo..tudo por preços bem camaradas...só assim mesmo. O lema "eu viajo pobrão" ainda é o q impera.Numa total mudança de ares caminhamos pela famosa Oxford Street, a rua do comercio e de todas as lojas de Londres, confesso q ai não é minha praia, quase fui atropelada mil vezes, e os pedestres, mesmo homens ao trombarem fortemente conosco, frágeis mulheres, mal olham na nossa cara para pedir desculpa...poisé...Gente eu to misturando a sequencia das coisas, mas o q importa são as impressões deixadas...acho q depois disso eu fui no "The National Galery", o museum, q é público e free pra entrar, lógico q seria em um desse q eu estrearia minha vida em museus, pela primeira vez eu entrei em um por aqui.Bom, confesso me sentir meio aculturada, mas dpeois de uma hora o silêncio do lugar começou a me irritar, apesar de achar super legais os quadros do Monet, do Van Gogh, do Renoir, do Léo da Vinci, e de ter uma opinião peculiar sobre Rembrant e sua fascinação por desenhar muito bem, mas só gente muuito feia, (ta ai um cara q eu consigo reconhecer o quadro, se for o retrato de alguem muito feio, batata!é um Rembrandt), enfim, eu sentia falta de ouvir uma musiquinha, dar umas risadas, e eu não conseguia parar de pensar o q será q os guardinhas q ficam o dia todo sentados em cada uma das salas sem fazer nada pensam!Eu acho q esse serviço eu não conseguiria levar...bão.

O caminho de volta passava pelo Big Ben, pelo Tâmisa (o rio), a London eye (a roda gigante), e essa parte de Londres em especial é demais...vc se sente hipnotizado, e se belisca pra entender onde realmente vc está.
Era hora de eu me despedir das minhas cias queridas dessa viagem no sábado a noite, no metrô mesmo, mandando beijos na baldeação deles, eu continuava no mesmo caminho, entra uma turma de ingleses da minha idade mais ou menos, um grupo de 6, metade metade..um deles me pergunta, esse beijo é pra mim...e eu super cansada e sem saco pra xavequinho digo, nãoo..há há há...continuamos a conversa, blz, eles perguntam de onde eu sou (detalhe eu estava totalmente capotada com direito a casacão, luva, chapéuzinho e cachecol e dois deles apenas de camisa social..), eu digo q sou do brasil e pergunto se eles não estavam com frio...o loirinho um deles me responde (agora vcs precisam carregar na imaginação no mais forte sotaque inglÊs): "this cold is RIDDDDDICÚLUS...this is not cold for me...", e enfim...tudo bem, tiro a minha luva de leve e começo a pensar, realmente, comece a se acostumar, vc ainda está no outono, o pior está por vir...e é isso pessoal!

Aufwiedersehen!!!

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

catadão de tudo q tem acontecido...

Saudações meus leitores fiéis se é q ainda existem...estou bem descuidada do blog, mas não é por falta do q escrever, pelo contrário, muitas coisas têm acontecido por aqui, minha aparente mesmisse e a crise dos três meses durou pouco tempo, vou tentar contar tudo q acontece...Primeiramente parabéns a todos nós relações públicas, public relations do mundo!Hj é nosso dia!Sorte pra essa profissão q tem tudo pra ser uma das mais fortes do novo milênio!Se eu ainda farei parte dessa luta, ainda não sei....hheheh...

Voltando...dia 26 de novembro, quarta-feira.Estava tudo combinado para a minha viagem a Londres no final de novembro onde eu me encontraria com a minha prima, e finalmente teria um pouco de afeto familiar depois de todo esse tempo...estava bem tranquila por aqui, mas algo não ia bem..eu sentia dentro de mim uma angústia q eu só conseguia compreender como crise dos três meses...bom, no dia anterior a viagem, minha excelentíssima gast me chama para um "papo" e me diz q eles iriam trocar de au-pair (um certo deja´vu de um mês antes como eu já lhes contei aqui...), mas dessa vez não houve nem espera para o pedido de "terceira chance" e isso nem aconteceria...eles disseram q gostam de mim, e q têm visto meu esforço, mas q não funcionava e era isso...eu entendo como uma relação q não teve quimica, e não deixo de os respeitar por tudo, e pelo tempo q passamos juntos. Na verdade eu sempre soube q podia ser melhor e bem melhor. Então estou ai, na procura...me sinto bem, esperançosa.

Então respirei fundo, peguei minha sacola e fui pra Londres. Ia estrear numa forma bem comum de se viajar por aqui..uma linha de aviões mais humilde, por preços promocionais, q podem até custar 5 euros a viagem...o grande porém é, q normalmente esses vôos saem de aeroportos periféricos...e a gente acaba gastando tudo q economizou no transporte pra esses lugares...então, embarco eu nessa aventura. Peguei um trem daqui, depois da cidade um busão, e finalmente o avião. Chegando lá, peguei um express train, sabem por quanto??15 libras!!ahahha...de lá mais o metrô, baldeação e cheguei linda e morena na casa do meu "primo". Bom, Londres é linda e lotada de gente...deu pra conhecer bem, o clima musical é patente...todas as lojas e lugares têm um som peculiar e envolvente...isso me encanta com certeza, já q meus amigos germânicos não são necessariamente os melhores no q se trata de gosto musical...andei na famosa faixa de pedestres q os meus ídolos Ringo Star, Pau McCartney, John Lennon e George Harrison andaram...a Abbley Road é uma rua como outra qualquer..entramos no Abbley Road Studio, onde ainda famosos gravam seus discos...o lugar continua simples por fora, nada de glamour...mas conseguimos chegar só na recepção, não é lugar de visitação, ainda funciona..paciência...em seguida, logo lá pertinho conheci o consultório londrino do Sigmund...o Freud...heheh...o lugar não tem nada demais, mas o antigo consultório dele guarda toda uma aura, (com o famoso divã), não dá pra explicar..bom..eu sou uma leiga no assunto, mas nao deixo de ser uma admiradora..até arrisquei um trabalho totalmente pretensioso sobre o mesmo e sua influencia no surrealismo no primeiro ano da faculdade..desde então sempre leio algo a respeito "do cara".

Que mais...vi o Big Ben...tbm..inacreditável a grandiosidade, a London eye, pra quem não sabe é a roda gigante lá perto tbm...tudo às margens do rio Tâmisa..magestoso...o clima não ajuda nessa época...mas deu pra fazer boas fotos..vi tbm a Lancester Square onde têm todos os cinemas, inclusive o gigante onde foi a estréia do novo filme do 007 -Quantum of Solace...(o novo Bond, James Bond, Daniel Craig [é ótimo em todos os sentidos, vale lembrar...), lá pertinho o Soho, e tbm Chinatown, a de London...(tem tbm em Nova York né..).Guardei um carinho especial por Nothing Hill..não, não encontrei com o Hugh Graint e Julinha Roberts, mas adorei o lugar...bem peculiar, tem o mercado de tudo e um pouco mais, o Porto Belo, lojinhas muito charmosas de discos, e sebos...acho q foi a minha parte preferida do passeio todo.

E acho q são essas minhas observações, to meio abobada, mas bem...e novas para vcs, provavelmente quase certeza, passarei o ano novo em Praga na República Checa...aguardem!!
É sempre bom lembrar, SAUDADE DO BRASIL!!Mas só daqui oito meses...

Aufwiedersehen!!!

Em breve London e a vida mais uma vez se transforma e continua...


Tá ai o monumental Big Ben e as Casas do Parlamento...beirando o Tâmisa e ainda com o famoso bus vermelhinho...lindo!
"Que horas são gente? Pã Pã Pã Pã (11 vezes...)".o Big Ben nos responde...bizarro...acho q ele tem vida.
London dia 29 de novembro de 2008.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

e veio a neve pra acalmar os ânimos...

Eu e minha natureza pretensiosa...sempre com a certeza de saber o q vem em seguida, sempre achando saber o bastante...sobre a vida, sobre as pessoas, e finalmente, sobre a neve...hehee...aliás ainda não contei sobre duas novas características minhas: primeira, tenho hj total consciência de como os gagos se sentem..devido ao meu não tão vasto vocabulário germânico, as pessoas costumam me ajudar a terminar as frases, e normalmente esperam um pouco mais do q o necessário a minha resposta sair...hehe...outra coisa, voltei a ser uma criancinha, pq falo engraçado as palavras, e por ser "uma gracinha" nunca ter visto a neve...até ontem meus queridos!

Tudo anda com outra atmosfera aqui na minha vida, acho q a primeira sequência do meu filme "chegada ao velho continente", está no fim...aqueles três meses de euforia, depressão, auto-adaptação e tudo o mais já acabaram..encaro agora uma rotina, rostos conhecidos, a razão de tudo, uma língua já conhecida. A crise dos três meses. Muitos devem pensar agora, é o momento em q ela diz:pronto, encontrei meu lugar ao sol, (ou o q resta dele..parece q o Brasil pega boa parte do nosso amigo só para si..), ficarei na Europa. Não. Resposta errada. Hj sonho mais do q ontém com a minha volta...é um desejo frequente, e as pessoas q eu deixei no Brasil estão cada vez mais presentes no meu cotidiano, não sei explicar...talvez alguma forma incosciente de compensação...sinto todas as pessoas queridas em diferentens momentos aqui comigo, dividindo um sorriso, um comentário tonto da televisão...uma pessoa engraçada na rua, escuto sempre um comentário no meu trabalho..mas isso tudo só aqui dentro de mim...Meu Deus!E não, não estou me tornando uma instrospectiva sem volta...aha..vivo muito esse mundo, conheço as pessoas, divido histórias, é afinal a minha parte preferida...sei lá..talvez eu apenas sinta falta do curso de alemão...viver só pro trabalho não é tao interessante assim...

Combinei de me encontrar a tarde com minhas amigas...foi lá q neve começou a cair sem parar...e foi lindo...lindo lindo...não sei como descrever...na verdade, eu achei q não esfria mais, fica meio constante a temperatura, acho q meu medo do inverno está passando...ufa...então, estavámos, eu, a turca e a minha amiga brasileira conversando em inglês, a "língua universal", no trem a caminho de stuttgart,..conversa vai, conversa vem, o assunto era Jazz Music...e minha amiga brasileira contava sobre as raízes desse estilo musical,eu falava sobre uma critica de um filme do Coppola sobre Jazz q eu havia visto, q eu achaava q valeria a pena ela ver..e tudo o mais...num momento eu perguntava sobre as diferenças entre Jazz e Blues...minha amiga tentava me explicar, quando de repente um cara do nosso lado diz "desculpe-me interromper, mas eu estava ouvindo (em ingles), então, eu sou músico de jazz..."hahahaha..como assim???Ai ele começou a explicar tecnicamente tudo...tipo, essas coisas acontecem na vida real..

Por aqui a época natalina é linda demais...as pistas de patinação estão prontas nas praças principais, cercadas de feirinhas com vinho quente, cerveja lógico e docinhos...é lindo...como víamos nos filmes, a pista de patinação tem trilha sonora, músicas americanas antigas, tudo mágico...e foi assim..meu fds...domingão tava eu de pé novamente pra um dia todo de trabalho..aliás, nunca mais faço isso...q sonoooo!

Aufwiedersehen!!!

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

estações...

Tive sorte de chegar aqui em pleno verão, há 3 meses e meio atrás...é impressionante como o tempo lá fora pode influir positivamente ou negativamente aqui dentro, no psicológico da pessoa...hj, especialmente, o clima de final de outono, começo de inverno é um convite quase irrestível à depressão...amanhece quase sempre chovendo...a chuva q precede a futura neve...quem sabe esta me traga um pouco de beleza por cima dessa estética morta q é o inverno..meu Deus..como eu não gosto de frio!aahha..deu pra perceber né?Esse frio, esse gelo q as vezes toma conta do temperamento das pessoas daqui...congelante, distante...afff...XÔ!!Fiquem tranquilos...as lindas folhas amarelas do outono podem cair e desaparecer, mas eu continuo aqui, as vezes balançada pelo vento, como as arvores mais frágeis, mas ainda bem presa ao chão q é o meu lugar...

Aufwiedersehen!

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Por que os clichês existem?

Bom pessoal, tô meio ausente por aqui, tenho medo da minha inspiração se é q houve um dia, ter ido pro espaço, mas sempre existem os comentários pertinentes ou não q eu posso fazer sobre filmes...enfim...hj, uma lição de empatia, coisa q eu adoro!e tenho praticado muito...

Título: Assédio Sexual (Disclosure)
Gênero: Suspense
Ano de Lançamento (EUA): 1994
Direção: Barry Levinson
Roteiro: Paul Attanasio, baseado em livro de Michael Crichton

Todos já devem ter ouvido falar desse filme, visto talvez na Rede Globo e passado batido por achar outro "filme vulgar qualquer"...ou pelo contrário, alguém já deve ter se interessado na procura de sexo gratuito, altos níveis de testoterona na tela e tal...mas se procurou por isso, saiu desapontado.
O filme, estrelado por Michael Douglas e Demi Moore é mais um daqueles debates extremamentes necessários sobre os nossos dias atuais, sobre a troca de valores, e em relação à questão sempre patente e delicada da "guerra dos sexos". Falei anteriormente sobre empatia, sobre colocar-se no lugar do outro, como a mesma luz do nosso lado, reflete todo esse mundo do outro lado da muralha?Pq existem certas atitudes?Eu não posso mudar o outro, mas eu tbm não perco nada tentando me adaptar, trata-se de tolerância, até mesmo de inteligência...O muro de Berlin foi derrubado, mas o q acontece com aquele muro q ainda existe entre homens e mulheres, entre superiores e subalternos?Não há mais lógica em se manter na defensiva!

Bom, já "devaneei" sobre o filme e o q ele trata antes mesmo de comentar o filme em si...sorry...O filme conta a hisória de um empresário do até então emergente ramo da informática...o protagonista, Douglas, espera por uma promoção. O filme já abre mostrando o seu lado paterno, preparando junto de sua mulher os filhos para irem à escola...quando ele finalmente chega no trabalho ele começa a ouvir boatos sobre uma outra direção seguida pela empresa, talvez até mesmo pela sua demissão...ao chegar à chefia ele se depara com uma ex-namorada (Moore) em seu lugar...Ela, em seguida o chama para uma conversa, providencia toda a cena romântica com vinho e luzes fracas...e o ataca!A mulher é a predadora nesse situação, ele diz não e sai...

"Assédio Sexual" não se trata de sexo, trata-se de poder. Dai em diante a mulher dispensada e ainda, superior, caça seu subalterno e ex-amante como uma leoa raivosa, querendo virar o jogo pro seu lado, de q ela teria sido assediada...Dentro de todo esse thriller, há a discussão sobre a relação homem mulher, sobre a mudança de posições, e troca de papéis.
A questão é, somos todos humanos, não existem santos, as mulheres podem sim, ser tão cruéis e opressoras, bem como os homens, não existe uma única versão generalizada, o essencial é sempre olharmos os dois lados da moeda, e nunca nos permitirmos ter imagens cristalizadas em nossas cabeças.Tá ae uma ótima dica, um filme muito bem feito, e ainda com uma cena genial de caçada virtual...imperdível!

Aufwiedersehen!!

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Aula de alemão

Hj me despeço do curso de alemão...para voltar no dia 12 de janeiro ou ainda mais tarde...a questão é q eu já tive no Brasil toda a gramática q eu precisava, e a verdadeira aula eu tenho mais ou menos 40 horas semanais no dia a dia...enfim, manhãs livres, metade do salário no bolso e vamo q vamo...mas tenho q assumir q já sinto uma certa nostalgia...apesar das 4 horas diárias e intensas de estudo e blá blá blá ou seria melhor "BRRA BRRRA BRRÁ"...enfim...apesar de tudo isso, e acordar cedo, quase congelar o nariz andando no frio matinal, foi uma parte no mínimo interessante dessa viagem...todos os países, todas as "viagens", todos rostos já conhecidos...algumas amizades continuam, outras se perdem no tempo...aliás, não contei pra vcs, troquei meu grupinho "descolado" todos na mesma faixa de idadee etal, pra ficar nas pausas na sala ainda conversando em alemão com as "senhoras" já casadas, como a espanhola, a polonesa, a moça do sudão (não sei o como se diz...), grega...mulheres sempre fantásticas e fortes.

Ontém, ainda tive um pouco de História..sobre a divisão da Alemanha e a existência da União Soviética..havia sobreviventes na sala, e personagens dessa História tão recente, mas q nos é tão distante e inimaginável...Der Kalt Krieg...a guerra fria. Minha professora italiana, q nasceu e morou parte da vida aqui contou dos tempos dificeis na época da separação (1961) com a construção do famoso muro "Mauer" de 160 km de distância e 3,60m de altura, o q na verdade só veio a oficializar uma realidade que já durava 16 anos (desde 1945). A parte Ocidental, Ost Berlin era a DDR (Deutsch Demokratisch Replubik) cuja capital era Berlin, e a parte Oriental, West Berlin era a BRD (Bundersreplubik Deutschland) cuja capital era Bonn.

Minha professora só de falar sobre o assunto fica notadamente abalada...contou q o marido havia estudado na BRD, na Universidade mais antiga da Alemanha, a Humboldt Universität, e de como ele se surpreende com a nova cidade q aparece diante dos seus olhos hj, a Berlin do Sony Center, depois do muro.
Contou tbm q uma amiga na época, q morava no lado oriental, precisava ir pro lado ocidental visitar um tio, teve q esperar 9 meses para liberação de seu visto de passagem, podendo permanecer do outro lado apenas por 7 dias...Lá tbm, no lado comunista, não havia café nem bananas, produtos q não podiam ser exportados...(a poloneza q comemora como gols as respostas acertadas e carrega uma bolsa da Hello Kit concorda, tbm viveu nessa época).
Descubro tbm q a terra do meu colega e praticamente vizinho, do jovem de quase 2 metros da Macedônia, juntamente com paises como Kosovo, Croácia, Servia, Bósnia, Estônia e outros, faziam parte de um único Estado, a Iugoslávia..

e é isso ae, tudo na prática, toda essa História e o resultado dela diante dos meus olhos...fascinante, mas tbm triste...

Aufwiedersehen!!

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

formas de narrar...

Au-pair Mädchen: moça que, para aprender língua estrangeira, passa algum tempo em casa de família onde ajuda nos afazeres domésticos em troca de casa, comida e pequena mesada. (fonte Michaelis pequeno dicionário Alemão-Português/Português-Alemão).

Essa foi a definição, que eu surpreendentemente achei no dicionário, do q eu "estou" nesse momento. Uma au-pair. Interessante, bem explicativo no sentido prático da palavra, mas cá entre nós, eu tenho pessoalmente diferentes formas para descrever e subsequentemente analisar tal conceito.Minha perspectiva:

Na segunda-feira participei de um ritual muito comum aqui na Alemanha entre as crianças e pais...eles fazem no cair da tarde uma caminhada, sempre nessa época, com todas as crianças do jardim de infância e tbm as mais velhas, as quais seguram recipientes (não sei como traduzir) com velas dentro. Durante todo o percurso eles param e cantam músicas sobre esse "Latern laufen" (algo como caminhada com lanternas). É tudo realmente muito mágico, e durante todo o tempo, eu me senti muito uma "narradora observadora", aquilo me era totalmente alheio, lindo, porém eu não pertencia àquele mundo, e isso era patente, todos podiam notar...quero dizer, "quem q é aquela grandona, morena, com cara de criança segurando uma máquina de tirar fotos na mão??". Fiquei durante praticamente todo percurso observando, tirando fotos, as quais posso postar depois se é q sairam boas devido à escuridão e à precariedade da minha máquina...

As personagens dessa história: a narradora, essa q vos fala,é chamada a participar, transforma-se assim em uma "narradora personagem". A mãe portuguesa de um dos amigos e ex-namorado (Exato!ela jé tem outro...)da pequena, junta-se a mim também como uma estranha nesse ninho de alemães, ela é uma mãe assustada com o filho imperativo e me confidencia o medo q sente dele, quando crescer, esquecer totalmente dela e tudo o mais. POIS!...a nossa língua mãe nos une, bem como a nostalgia da terra de onde viemos...ela é uma dona de casa européia, na Europa, porém não uma alemã. Eu sei quando minha aventura acaba, já ela precisa criar um ser humano em uma terra desconhecida,com pessoas diferentes.

Continuamos juntas seguindo as crianças, tentando acompanhar os dois peraltas q andam rapidamente.No final da caminhada há uma espécie de dança (tipo uma quadrilha), onde os pais no caso eu também representando os pais da pequena, juntam as mãos formando um túnel para q os pequenos possam passar embaixo. A narradora permanece personagem. No final é servido um chá muito saboroso, e pães em forma de cisne são distribuídos as crianças...lógico, q a tia aqui não sabe disso e vai logo com o mãozão pegar um, na réplica a alemã q segura as prendas me avisa: "isso é para as crianças...", com uma cara de tacho..eu, acostumada mais do q nunca com as gafes, peço desculpas e saio de fininho...

Hj tive a experiência de ser um pouco uma "narradora onisciente". Eu conto a história em terceira pessoa, mas às vezes posso me intrometer em primeira pessoa (Machadão de Assis...quem me dera!), e conheço bem o íntimo dos personagens em questão.
Bom, de manhã fui requisitada a ajudar a "Putzfrau", nome interessante né...isso seria a faxineira...poisé...apresento a vcs, Frau Schneider! Já a conhecia nas trocas de horários, quando ela estava saindo eu estava entrando no serviço, coisas do tipo...meio q como um companheirismo proletário (ahhh marx!), ela me confidenciou um pouco da sua história de vida...ela tem 72 anos, três filhos, e faz faxina a 50 anos! "Nicht jeden Tag!" diz ela, não todo dia...mas mesmo assim! É curioso ver uma senhora subindo uma escada e limpando um armário na maior, agaixando e limpando o chão tranquilamente, enquanto eu, uma garota de 23 anos reclamo de dor nas costas por varrer as escadas...curioso no mínimo...E como eles falam sozinhos!! Frau Schneider ganha, enquanto limpa fala, e xinga, como xinga!hahaha...ela me pergunta, "vc entende Scheisse (merda), não?"e eu respondo, "simm...posso entender mais ou menos 65% do q vcs dizem, acredito eu"...e ela solta aquele sorrisão, e a coisa continua como tudo aqui, bem incomum pra dizer no mínimo....

Por hj é só...descobri outra coisa inútil de se fazer, além de varrer poeira de escada e passar pijamas: passar pano de limpar a casa!Sim, eu faço isso tbm!E eu varro, e limpo, e tento me lembrar a realidade provisóra e q tudo isso é trabalho honesto, Faculdade pra quê?!!afffff.....
Alguém me diz quando é a próxima viagem??!dia 27 de nov, cadê vc??

Aufwiedersehen!!

domingo, 9 de novembro de 2008

uma máquina de lavar, um anel,uma camisa, uma tulipa...


Ultimente tem aparecido de diferentes formas no meu dia a dia esse tema "o valor material" ou algo do tipo...assisti esses dias a Labirinto- a magia do tempo (1986), um filme estrelado e com trilha sonora de David Bowie, meio q só por curiosidade suscitada por comentários de amigas sobre como esse filme foi marcante na infância delas, e por eu nunca ter ouvido falar...enfim,rolou de assistir e resumindo, o filme é um pseudo conto de fadas auto-reflexivo, com cenário e personagens surrealistas, tudo permeado pelo tema pop do já citado cantor/ator. Ele
narra a história de uma adolescente tipica, revoltada com os pais e principalmente com o fato de ter q "baby sitting" o irmão mais novo todo fds quando os pais saem, e q por esse motivo fala (da boca pra fora) q quer q o irmão seja levado e tal..enfim...viagens a parte, a grande moral do filme se sustenta no argumento de q as coisas q possuímos não valem nada diante das pessoas q amamos...o q eu achei, no contexto de filme infanto-juvenil e na maneira como é abordado no filme muito interessante e instrutivo para as nossas crianças cercadas pelo consumismo...simplesmente isso.


Entretanto, abordo sob o prisma mais pessoal agora, o valor q os objetos podem agregar na "ausência das pessoas q amamos..". Aqui em casa, a pequena pediu pra ver meu anel q eu nunca tiro do dedo, q foi-me dado como presente de formatura da Faculdade no começo desse ano, e q até então eu usava sem perceber o valor de sua significação...eu aguento tudo dela, tenho no momento uma paciência de fazer inveja a qualquer monje tibetano, mas quando ela começou a fazer graça e a fingir q não me devolveria o anel, o sangue me subiu de tal forma q o sentimento era quase o de uma mãe quando vê um filho ser injustiçado...eu pensava "eu estou aqui, eu me adequo a esse mundo e pemaneço firme no meu dever, mas não brinque com a minha história de vida e com o q me é mais valioso...". Poisé, até eu fiquei assustada com a minha reação. (pra quem tomou minhas dores, a criança logo devolveu o anel,e tudo ficou bem). Nesse meio tempo, na troca de máquina para lavar as roupas sujas, eu aparentemente forcei demais a porta antes da lavagem ter concluído e sim, quebrei a máquina de lavar. (pra quem ficou preocupado com o prejuízo, tá tudo bem agora, conseguiram abrir hj). Mas coisas desse tipo acontecem e eu me supreendo com os resultados das "cagadas" (desculpem o termo)no caminho...o clima estava tenso na hora do almoço, e eu pensava em nem comentar nada, mas aprendi q o melhor sempre é resolver tudo, deixar claro, então pedi desculpa, disse q óbvio q não tinha intenção de quebrar a máquina e tal...e no fim conversamos, e a conversa se prolongou um pouco mais na já amistosa língua alemã...os laços vão se formando, esse é o meu terreno conhecido, o da naturalidade, o da intimidade, e fato é q eu não sirvo para a formalidade e para nada q seja artificial.
Na hora de pendurar as roupas já lavadas tirei a camisa do time de futebol do Brasil, presente ganho pela chefia...penduro todas as roupas com muito cuidado, mas a sensação de pendurar essa camiseta desse amarelo reluzente é correlato ao hastear a bandeira do Brasil, ao torcer na Copa do Mundo, ao desfilar junto aos caras pretas na rua pedindo o impeachmant do collor (sim, eu andei com eles na época, com meus pais)...eu estou longe e sinto falta da minha terra, "q tem palmeiras, onde canta o sabiá.."

Meio q como uma criança, tentando cuidar de outra criança eu entro nesse mundo paralelo, e sonho o dia todo acordada, e sinto com intensidade cada gota de entusiasmo e esperança q brotam no meu peito, bem como o desespero de ter quebrado uma máquina de lavar... Como, pra finalizar...nesse domingo ensolarado, no caminho ainda permeado pelas arvores de folhas amarelas do outono, sentia a brisa no rosto e o companheirismo dessas duas crianças, eu uma de 23 anos, ela, auto nomeada como um "criança-adulta" de seis anos, para comprar flores. Ela escolhe cinco rosas vermelhas, eu fico emocionada só de olhar, no dia do aniversário da minha mãe, um vaso de tulipas, a flor q servia de inspiração para o meu apelido quando ainda criança realmente, a tulipinha...Resolvemos levar 5 rosas vermelhas e duas tulipas. Objetos, sentimentos, tudo se mistura, nesse troço chamado ser-humano.


Aufwiedersehen!!


quarta-feira, 5 de novembro de 2008

ainda Amsterdam



Amsterdam


Amsterdam...

Amsterdam...Amsterdam...por onde começar a descrever essa experiência contemporânea q é a capital da Holanda?Bom, alguns dados talvez pra aquecer... a cidade possui 750 mil habitantes, e mais de 750 mil bicicletas. Isso mesmo, vcs entenderam direito, tem mais bike q
q gente em Amsterdam, e isso é só pra começar a molhar o bico em tudo de anormal q é fato e existe por lá, em comparação ao resto do mundo.

Sobre a minha viagem...partimos com uma galera de Düsseldorf (voltando de Berlin consegui finalmente, na sexta a tarde chegar no estado de Nordheim-Westfalen), saimos de lá umas 21h, e depois de duas horas, Euroooopa, estávamos em outro país, no caso, a Holanda.
Ao chegarmos, pagamos o hostel com o libanês lerdo da recepção e caimos na balada, pra ver qual q era...a partir desse momento comecei a observar o mundo louco volta de mim...parecia q eu estava literalmente dentro de um filme do Tim Burton (Edward Mãos de Tesoura, o do Bittle Juice, e o ramake da Fábrica de Chocolates, normalmente os filmes são estrelados pelo Johnny Deep), é um mundo mágico, paralelo, e toda a História q acompanha a cidade tbm é muito louca.

Resolvemos no dia seguinte, diante do lema "eu viajo pobrão", de autoria das minhas amigas, acompanhar um tour de graça pela cidade. Vale lembrar q esse "de graça" quer dizer q acompanhamos o guia despojado de pretensões, e no final ajudamos com uma gorjeta, é isso.Pra quem tiver essa oportunidade vale a pena, durou umas 3 horas, e cada uma de nós (estavámos em 5 demos 2 euros) a nossa guia de Nova York. A menina manjava tudo da cidade, e eu perguntei pra ela depois quanto tempo ela tava lá, esperando sei lá, uns 5 anos no mínimo, ela me respondeu, 2 meses.heheheh...quem pode pode, quem tem memória tem.É isso. Ahh..acho q em todas as viagens terei uma histórinha sobre a praga brasileira em todo canto...tinha um cara entregando uns "vale tour" pra galera q queria participar, ai a gente chego e começo a trocar em idéia com ele, tudo em inglês, ai mandamos um "Where are you from?",e ele "Brazil"...eheheheh...ridículo..a gente lá 15 minutos, seis brasileiros falando em inglês pra perceber depois q todo mundo é brasileiro.Enfim..continuando...minhas impressões:

...Além do lance do Tim Burton (veja bem, eu vou tentar descrever e tal, mas Amsterdam não tem como..só estando lá), eu tbm ouvia direto na minha cabeça ´the doors´, mais especificamente "riders on the storm", tipo, "cavaleiros na chuva", não sei se é pq chovia, como sempre nos dias q eu resolvo fazer turismo, não sei se pq the doors realmente tem tudo a ver com Amsterdam, não sei...só um devaneio pra constar.

Pegamos nosso tour finalmente, eram 11 e meia, e continuamos até as 15h mais ou menos...parando antes pra almoçar. O q aprendemos? A título de informação, Amsterdam foi o lugar em q a famosa Anne Frank se escondeu dos nazistas na época da 2a guerra, a menina de 13 anos escreveu um diário durante os dois anos em q viveu no porão de um escritório com entrada secreta com a família, até serem delatados aos nazis...ela conta sobre o medo da morte, as angústias da vida fugitiva, e até mesmo questões pessoais de uma garota normal de 13 anos. Seu sonho era ser uma escritora famosa.Bom, ela e sua família foram encontrados e morreram em um campo de concentração, só o pai sobreviveu para publicar seu diário q já foi traduzido pra mais de 60 línguas!Lá em Amsterdam tem a casa em q eles se esconderam, e do lado fica o museu da Anne Frank.

Sobre a legalização das drogas e do sexo pago. Prostituir-se foi desde sempre um ofício como outro qualquer na Holanda, as trabalhadoras pagam impostos, tem férias, tudo de papel passado. Essa é a parte mais surreal da cidade, todos ouvimos falar do "Red Light District", o bairro onde as mulheres ficam expostas nas vitrines para serem "vendidas", mas ver isso pessoalmente é outra coisa..nao tem como explicar...vc está andando na rua, há várias vitrines, de repente uma mulher de calcinha e sutiã, depois um vestido, depois um restaurante respeitável, tudo coexiste na mais pura normalidade...não se deve tirar fotos delas, existem muitas histórias, mas elas podem correr atrás pra pegar a camera, ou até mesmo jogar xixi na pessoa...coisas do tipo...coisa de loco!

Bom, sobre as drogas...nos anos 70 mais ou menos, havia por volta de 10 mil viciados na cidade, tudo era caos, as pessoas estavam realmente preocupadas, as autoridades idem, a solução encontrada foi a legalização da maconha, q aconteceu em 2000. No caso de Amsterdam pode-se dizer q a decisão foi bem sucedida pois hj há apenas por volta de 800 viciados na cidade. Agora na realidade, a maconha q é considerada uma droga mais leve não é realmente legalizada, ela é tolerada...é ai q entram os "coffee shops", q são cafés onde são vendidos os mais variados tipos da cannabis sativa, lá não é permitido vender bebida alcoolica nem fumar tabaco, o q é no mínimo curioso, mas enfim..é Amsterdam.

Enfim, acho q isso é tudo q eu lembro mais ou menos...a foto abaixo é o símbolo de Amsterdam, os três x...posso dizer por mim q essa cidade me causou com certeza uma impressão de "q bom q ainda existe um lugar no mundo q põe à prova coisas inconcebíveis pro resto das pessoas, e funciona por incrivel q pareça!", e me deixou tbm muito perplexa com sua existência...
um mundo de sonhos bons e maus, algo inexplicável q eu vi com meus próprios olhos e até agora não consigo acreditar...e isso é tudo... agora voltarei a passar os pijamas da chefia, varrer escada com medo da morte, e guardar essas memórias...










Aufwiedersehen!

terça-feira, 4 de novembro de 2008

o relógio da Alexander Platz


berlin


Olha o horário do Brasill!!!

berlin


Ah Berlin...


...onde eu parei?Ah sim...eu fui pra minha casa, de volta pra outro estado,Baden-Würtemberg (veja bem, é importante q vcs percebam q eu quase andei a Alemanha de cabo a rabo, só falto Hamburgo e região...), dormi na minha caminha, troquei minha desconfortável mala de rodinha de outrora por uma boa mochila, abri mão dos supérfluos em homenagem às minhas pobres costas e parti, depois de um longo suspiro, de volta e com coragem pra "estrada", ou trilhos...


Cheguei em Berlin mais tarde do q o planejado, por volta das 18h, encontrei com outra amiga na Estação e partimos pra casa do nosso hospedeiro (parece q eu to falando do mosquito palha, ou aedes aejypt, mas vcs me entenderam...), bom, isso tbm merece um parágrafo a parte. O dono do apê é um ex-yuppi reformulado a rastafari, isso mesmo, ele é um alemão, como todos, azinho azinho bezinho bezinho (geneticamente falando), no popular, um lemão de rastafari e acessórios africanos, cujo próximo e singelo desafio é viajar de Berlin para Hanói (isso mesmo, tenho certeza q vcs sabem q essa é a capital do Vietnam). Vcs devem estar pensando..."blz, uma cidade exótica, mas q q tem de mais?". Ok, concordamos com o fato de ser uma cidade exótica mesmo indo de avião na primeira classe, mas amigos, o cara quer mesmo é ir de bicicleta!Isso mermo!pra não falarem q eu to inventando, ele tem até um site, uma equipe de assessoria (os brothers dele, mas mesmo assim), uma música feita em sua homenagem, tudo só pra esse projeto, no qual ele parte dia 15 de dezembro e por quatro anos continua até seu destino final. Se alguém ficou curioso acessa pelo you tube:http://www.youtube.com/watch?v=1sO4cBgw_a8&eurl=http://www.orkut.com/FavoriteVideos.aspx?rl=ls&uid=17185845118561996667
Enfim, na mesma casa, estavam hospedados três representantes da lingua inglesa, o q é curioso se pensarmos, uma irlandesa, um canadense, e um americano. Eram eles, os gringos, eu e minha amiga carioca.Saímos pra uma balada de reggea, coisa quase inexistente na Alemanha, só em Berlin mesmo, com direito a um africano me alugando falando em alemão, e a uma quase briguinha depois q meu amigo canadense pediu pro cara se tocar e me deixar sossegada, mas tudo dentro da civilidade européia.

Bom, saímos no dia seguinte mais uma vez, munidas de guarda-chuva, casacos, calça, meia calça, luvas compradas no caminho, e ainda com frio no clima agradável de 4 graus!Mas tá valendo, Berlin, pelo menos pra mim (em tudo q se refere a turismo tenho aprendido a importância de termos personalidade, cada um tem uma cabeça, uma memória, e portanto, uma percepção totalmente peculiar de cada lugar famoso ao visitar), logo q eu cheguei na Estação Principal (vamo aprende alemão pessoal, chama-se Hauptbahnhof), já senti aquele clima de cidade q não pára, o mundo lá fora, tudo era deslumbrante aos meus olhos, e quase q subitamente o cansaço da viagem, e o desconhecimento desse mundo desapareceram, essa impressão foi constante até o momento q eu sai da capital da Alemanha rumo a Amsterdam.

A foto acima, como vcs podem imaginar é de uma parte do muro, na verdade próxima de onde eu estava, na Treptower Park, lá tem uma portinha onde vc pode comprar souvenirs e tbm tem um senhor alemão muito figura q carimba o símbolo da antiga Alemanha Oriental e da Ocidental, e mais um do ursinho símbolo da cidade no seu passaporte por um euro cada, bem legal.ah, e detalhe, conversando alto como sempre, pagando sempre de brasileiras do lado do muro, vem uma menina e diz, "vcs são brasileiras?" e pede pra tirar uma foto dela...ela mora em Barcelona e no final das contas continuou o passeio a partir dai conosco..."tipo, as duas no Brasil, e alguém pergunta, e ai, de onde vcs se conhecem? ahh...do muro de berlin..hehe", bem normal.
Enfim, seguindo (sempre embaixo de chuva), pega-se o trem da cidade para a estação Alexander Platz, q sai em uma praça, onde fica o relógio mundial e a torre da tv. Continuando esse percurso, vc passa pelos Ministérios, pela Catedral romana se eu não me engano..hehe...pelo Museu de História, e outras coisas...vale lembrar q em Berlin toda quinta a partir das 18h os museus são de graça pra entrar! Continuando o mesmo percurso, no final da rua encontramos o Bradenburg Tur..enfim...lições sobre História posso oferecer sobre Amsterdam pq acompanhamos um tur de graça pelas ruas, mas sobre Berlin vou ficar devendo..
Uma observação sobre o final do passeio, descendo na estação Postdamer Platz vc sai direto dentro do Sony Center, e esse lugar vou ficar devendo uma descrição melhor, não tem como explicar aquele, é como um salto repentino no futuro, uma visão da tecnologia humana em seu ápice...infelizmente minha máquina fotográfica não cooperou nessa altura da noite, mas vcs podem procurar imagens no google, vale a pena...
continua, mas só amanhã..sobre Amsterdam...








senta que lá vem a história




E ae pessoal?!Saudade de todos vcs e seus poucos porém válidos comentários..hehe...Bom, como todos sabem, parti em uma jornada um tanto quanto especial no último dia 26, nas chamadas férias de outono daqui...pegando carona nas férias da minha pupila. Resumindo aqui, e já adiantando, foi uma experiência surreal, no sentido de ter-me dado muita experiência a respeito de várias coisas aqui na Europa, e pra vida tbm; por ter sido extremamente estafante(se é q existe essa palavra); por eu, pra variar, ter me dado mal e (re)encontrado o Murphy e sua lei totalmente crível; por eu ter estado em lugares maravilhosos quando a chuva cessava e o sol aparecia; pelos encontros humanos e da própria natureza ao acaso...enfim...foram quase 10 dias inexquecíveis na minha vida...mas como esse site tem como prioridade a experiência de vida sempre acompanhada de alguma esforçada filosofia, e não somente da vida pessoal, e tbm pq essa q vos fala, por incrivel q pareça é um tem suas reservas, poderei dividir um pouco de todo esse meu "conhecimento" cultural decorrente dessa aventura (dentro da aventura maior) com vcs.

A foto acima, pronta pra fundo de tela relaxante, é na cidade de Passau, q fica no sul da Alemanha, na Bavaria (onde eles guardam as cervejas mais maravilhosas do país!). Essa encantadora cidadezinha faz divisa com a Austria, país esse q se encontra do outro lado do rio acima. Nesse mesmo rio, há um cruzamento mais pra frente, de mais dois rios, é o encontro de três rios: Danubio, Inn e Ilz. E q também hospeda um grupo enorme de brasileiros dos estados mais variados, para estudar na Universidade ou mesmo trabalhar, dentre eles, pessoas maravilhosas q eu conheci.

Passamos um dia ensolarado em Passau, e depois seguimos para Regensburg, também na Bavaria, próximo a Munique. Lá conheci tbm uma bela cidade, mas o melhor estava reservado aos amigos q pude reencontrar, e com os quais pude ter um pouco dessa vida saudosa de república.Decidi estender minha parada lá por mais um dia, portanto, na terça de manhã sai cedinho embaixo de chuva para pegar o bahn, para segundo meu planejamento prévio, ir para Colônia certo?Errado!Assim q eu cheguei na Estação de trem eu me dei conta de q havia esquecido meu celular na casa da minha amiga, pensei em continuar mesmo assim, mas eu precisava dele para combinar o encontro nas outras paradas, com os demais acompanhantes. Então, tive q ir atrás da minha amiga no trabalho, pra pegar a chave da casa dela, pegar o celular e depois voltar e pegar um novo bahn.O detalhe: eu não fazia idéia como ir pro trabalho dela e depois como chegar na casa dela! Bom, eu liguei pra ela de um orelhão, e pra resumir, no final das contas, surpreendendo-me com mina perspicácia afinal, eu consegui pegar a chave, chegar na casa dela, chegar na estação e tudo bem. AINDA NÃO! Estava eu toda feliz e contente, (nem tão feliz, fazia um frio desgraçado, ainda não sabia da importância da meia calça nessa altura), entrei no trem q chegou, meio distraída e fui seguindo viagem...depois de quase 2 horas de viagem eu percebi q, ao invés de estar subindo para os lados de Colônia e Düsseldorf, eu estava voltando pra Frankfurt, perto da minha cidade!Na verdade eu vi o nome "Colônia" e já entrei, mas o trem tava voltando e não indo pra lá!!!Bom, no final das contas, eu pensei, se eu tentar de novo pegar o trem vou chegar lá tardezinha, nem vai dar tempo de ver nada, quer saber, vou voltar pra minha casa e regarregar as energias...e foi isso...fiquei pulando de trem em trem, estação e estação, inutilmente o dia todo!Ainda bem q meu bilhete valia pro dia todo, pra qualquer lugar da Alemanha...sempre pode ser pior, lembrem-se disso!

continua...

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Ich bin nicht da.

26 de ourubro a 04 de novembro.

Passau/Regensburg (Bayern)
Düsseldorf/Köln (Nordhein/Westfalen)
Berlin

Amsterdam (Holand)

Aufwiedersehen!!

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Ode a todas as faces do mundo!

Turismo: visitar igrejas construídas a séculos; tirar fotos automaticamente em frente aos diversos monumentos cujos nomes mal conseguimos pronunciar; experimentar uma comida tradicional, comer comida tailandesa (é com s ou com z?), mesmo q pimenta não nos apeteça...fotos, e fotos, e fotos a fio...lugares, ruas, material inorgânico.

Antes q vcs me achem uma insuportável pedante metida a turismóloga intelectualóide, eu descreverei o meu jeito preferido de executar essa atividade. Com todo respeito aos demais gostos...Meu turismo: pessoas.O ser humano contém aquilo q precisamos saber sobre seu país de origem para nos encantar. Sendo assim, eu "viajo"todos os dias (com exceção das quartas das 8:30 ao 12:30h).

Por exemplo, vou para a Hungria, através de uma doce e sempre ruborizada professora de jardim de infância. Para a Polônia, antes por uma loira séria, concentrada nos estudos e sempre impecavelmente vestida...agora através de uma mulher de meia idade q comemora como se fosse um gol os exercícios q acerta.Temos tbm a Turquia através de um trabalhador metido a, e conseguindo ser engraçado...já de cara identificado com o Kuwait, representado por um auto mecânico poliglota...A segunda língua mais internacional talvez, o espanhol, se apresenta através de uma cubana professora de espanhol e de uma dentista da República Dominicana. Essas dotadas de um certo ar de deja vu, muito próximas fisicamente e no trato das minhas queridas conterrâneas...Até pra China eu "viajei" através do simpático professor de Tai chi chuan, q vem esporadicamente por três meses para dar aulas particulares.A Macedônia é um jovem de 19 anos e quase 2 metros de altura, como os "nossos", da mesma forma gosta de uma cerveja, balada e de futebol...o país dele,talvez também pela proximidade, descobri ser a nossa Argentina para a Grécia, e vice-versa, através da espalhafatosa representante, q ao dar risada me chacolha até parar...e me faz, nessa "viagem" querer pessoalmente conhecer a terra em q nasceu.

Hj um rosto do Sudão começou a frequentar o curso, ainda não tive a oportunidade de "conhecer" esse país melhor, mas ainda há tempo...já posso adiantar q ela pronuncia muito bem o alemão, e é tbm muito simpática. É muito louco, sentada do meu lado esquerdo, com a minha insistente e perfeccionista amiga turca, converso em inglês, do lado direito, com a nascida cubana, moradora da Espanha, converso um portunhol, olhando pra frente, com a minha professora, q é da (minha ascendente) Itália, tento "entender" o alemão e toda essa cultura...ufa!!

Num próximo post, posso falar sobre o turismo com os diferentes tipos brasileiros, vindos desse nosso país continental q mal conhecemos...

Aufwiedersehen!!

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

devaneios...sempre!

Auto estima. Tem coisa mais controversa do q essa concepção?Um termo q é constantemente usado nas mais variadas rodas de conversação, desde os pseudo intelectuais da Academia, até a teenager q acabou de levar um fora. O q seria isso, eu me pergunto? Meio q um braço da vaidade, do orguloho?Um reflexo do nosso conhecimento próprio no decorrer da vida q oscila, e oscila, e oscila, de acordo com... o q?Ou talvez seria um resultado contemporâneo do nosso relacionamento com as pessoas?

Não tem como mensurar isso, que definitivamente, se fosse um bem comestível, seria perecível. O fato é q sabemos como tudo funciona com a tal da auto estima "alta", e como tudo é meio amargo e truncado com a mesma "baixa".

Sabe aqueles momentos em q, por exemplo, o cara dos seus sonhos daquela época, em algum momento, diz sinceramente o quanto vc é linda...ou em q, de alguma forma vc faz um serviço bem feito e é elogiada pela iniciativa, e todos o admiram (outra coisa, a auto estima normalmente depende do reconhecimento alheio), vc se admira, vc sente q naquele dia vc pode fazer qualquer coisa...todos conhecemos essa sensação.

Eu sempre achei estranho, pq não, momentos como esse apenas não congelam em nossa memória e continuam alimentando a nossa positiva percepção de nós mesmos?
"Keine Ahnung" (sem idéia...).

Mudando de assunto um pouco, mas ainda dentro da mesma questão de tristeza pessoal talvez, assisti esses dias a um filme do François Truffaut, um dos criadores da novelle vogue, chamava-se "O homem q amava as mulheres"(1977), um filme interessantíssimo, e como o próprio nome diz, onde o protagonista tem uma fascinação pelo nosso sexo em todos os sentidos, como uma das personagens diz, ele não era um Don Juan ou um Casanova, ele era conquistado juntamente na sua conquista e enfim...em uma cena doce, intimista, ele consola uma garotinha q chora sentada no último degrau da escada, enquanto ela chora ele pergunta: "Pense bem, no fundo, no fundo, não é uma sensação gostosa?Essa da tristeza, e de chorar?Vc não gosta disso?"
E ela concorda...(essa é pra pensar, ou chorar e conferir bem lá fundo a sensação...)

Bom, acho q dei uma viajada básicaaa aqui...mas são devaneios, então são auto (estima?to confusa?) indulgentes...hehhe

Aufwiedersehen!!

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

o descanso dos desajustados...


Eu lá longe.
Stuttgart: 19/10/08 (domingo de sol)
por volta das 16:15h.

Weisskraut aqui, chucruts ai!



Flutuando...flutuando e leve eu estava nesse sábado, meio q acordando de uma situação surreal, eu vagava a noite pelas já familiares estações de trem, eu me sentia em casa fora de casa, e cercada de estranhos...paradoxo?Talvez...mas às vezes temos uma sensação estranha, porém agradável de auto satisfação..é, acho q essa era eu nesse último sábado a noite.


O fim de semana pode ser descrito pelas cores!Sábado, meio q por inércia, meio q por falta de exigencias a não ser relaxar e evadir-me, fui parar em uma cidadezinha próxima de Stuttgart, era Festa do Repolho!Um charme não?hehehe....poisé..o chucruts tão reconhecidamente alemão no Brasil..o próprio!A cor era verde claro...a banda era "die Papas", e tinha vinho quente, cerveja, wurst e óbvio, muito repolho feito de todas as maneiras possíveis...


Acaba a festa, vou para outra cidadezinha próxima a Stuttgart. Durmo e acordo praticamente dentro de um vinhedo...a anfitriã, outra au-pair, minha amiga. O frio q quase q literalmente estoura nossos tímpanos na madrugada anterior para voltar, transforma-se no dia seguinte num calor (alemão, porém quente tbm...)delicioso. As cores dão vida à maravilhosa paisagem bucólica q me apresenta... o vermelho e branco das maçãs caídas no chão (essas pra suco), o vermelho quase roxo das videiras no horizonte, misturado com o verde persistente do verão e o quase completo amarelo ouro do outono q nos espreita.

Voltando pra casa...ao entardecer, a cor é rosa. Um rosa vivo de encher os olhos, tanto, ao ponto de eu cutucar a alemã sentada do meu lado e comentar um : Guck mal, sehr schön oder?


a título de informação, comecei a segunda parte do curso de alemão hj!E uma novidade, descobri q eu sei falar espanhol!Conversando com mexicanos e com minhas colegas espanhola e outra da Rep. Dominicana, percebi q consigo me comunicar, e como num passe de mágica as aulas de espanhol do Ensino Médio vão aos poucos voltando à ativa em minha cabeça...


é isso!!E com vcs ai, tudo bem?


Aufwiedersehen!!

sábado, 18 de outubro de 2008

eu pedi conselho hj..."ele" me disse mais ou menos isso...


"Ainda é cedo amor
Mal começastes a conhecer a vida
Já anuncias a hora de partida
Sem saber mesmo o rumo que irás tomar
Preste atenção querida
Embora eu saiba que estás resolvida
em cada esquina cai um pouco tua vida
Em pouco tempo não serás mais o que és

Ouça-me bem amor
Preste atenção o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos tão mesquinhos
Vai reduzir as ilusões à pó
Preste atenção querida
De cada amor tu herdarás só o cinismo
Quando notares estás à beira do abismo
Abismo que cavaste com os teus pés

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

As Relações Públicas



Impressionante eu nunca ter falado nada sobre essa profissão, atividade, mito, ou qualquer coisa q pode-se aferir do complexo e muitas vezes ambiguo termo: relações públicas.

Pra mim no começo, (por volta de 2003), uma garota de 17 anos, essa palavra parecia conter todas as respostas aparentemente necessárias, para os meus receios e dúvidas a respeito da maioridade, do próximo passo a ser dado. Estamos no Ensino Médio, e como q numa torrente surreal somos tragados pelo mundo universitário...

"A melhor fase de nossas vidas", senso comum. Mas para mim, lembro-me apenas do desejo impossível de apenas continuar sendo criança. Não me lembro de várias coisas da minha vida, minha memória realmente é curta, mas me lembro de dizer q não gostaria de crescer, deixar de ser criança, pq os adultos tinham muitas preocupações, e eu gostaria de continuar daquele mesmo jeito inocente e infantil. Bom, ao contrário de Peter Pan, não encontrei minha Terra do Nunca, mas cai como de paráquedas na Universidade.

Sabia q tinha q ser algo na área de Humanas. E isso é e sempre será claro pra mim. Não fazia idéia q seria direcionada para Comunicação, e de quão complexa e presente em nossa vida essa palavra e tudo o q ela reprensenta é. Comunicar. Comunicólogo. Comunicador. Nunca soube entender muito bem a diferença. Sei q não existem apenas aquele da TV, o âncora do jornal, o Faustão, Silvio Santos. Nesse caso, na habilitação de Relações Públicas, trata-se de um profissional quase anônimo, q se encontra onipresente nas trincheiras empresariais, tanto no chão de fábrica propriamente dito, quanto, ao mesmo tempo, precisa dar satisfação e conselhos diariamente aos "bam bam bans" das grande industrias e multinacionais, conseguindo o respeito e a dignidade a q tanto busca desde o primeiro dia em q decide ser relações públicas. Todas as profissões têm seus estereótipos e dificuldades, mas no caso, tenho q puxar a sardinha para a profissão q, a priori, e no papel, escolhi ser uma profissional.

Penso constantemente na minha primeira escolha, ao prestar relações públicas. Penso q não tenho realmente a paixão necessária para exercê-la. Penso q podia ter feito outra coisa, algo mais teórico, mais acadêmico, próximo das tantas "logias" q tivemos no primeiro ano e q tanto me encantavam. Porém penso nos agora colegas de profissão e seres humanos maravilhosos q conheci. A universidade pública peca em muitos sentidos, não cabe a mim, e tbm nem quero entrar nesse mérito aqui...mas se tem algo q eu tenho certeza,e já disse isso algumas vezes, é q meu real e sincero aprendizado, algo q eu só conseguiria lá, naquele ano, naquela época, é o q eu tive, diferenciado e especialmente, com cada uma daquelas quase 49 pessoas com as quais eu passei, agora posso dizer, os mais maravilhosos anos da minha vida.

Não tem como explicar, é algo mágico, a faculdade se encontra em um mundo paralelo, onde eu pelo menos, realmente descobri o q eu quero pro resto da minha vida. Não em matéria de carreira, mas em matéria de valores humanos, e isso é impagável. Não tem como descrever a saudade q eu sinto.

Esses dias me peguei sozinha na lavanderia da casa, fechando os olhos e tentando mentalmente me esvair daqui, da Alemanha, desses costumes tão opostos, de tudo. Minha mente se encarregou de me levar pro lugar q eu me sentiria mais segura, mais querida, mais em paz. Tão rapidamente, minha mente me levou pra uma sala improvisada, no centro oeste paulista, numa cidade grande do interior, era 2005 eu acho...por volta das 13:12h da tarde...haviámos, eu e mais quatro colegas de casa, minha segunda família, acabado de almoçar uma comida deliciosa e de falar e falar e falar e dar risada, agora estávamos sentadas, meio deitadas assistindo tv, todas quietas, eu tomava um café e comentava uma coisa ou outra, uma meio q dormia, outras prestavam atenção e pediam pra eu ficar quieta e fazer o mesmo. Lá, naquele lugar, eu construi uma vida, e lá, mesmo q por alguns minutos eu encontrei um consolo novamente. A memória está aqui comigo, pra sempre, ao meu alcance.

Voltando ao trabalho!

Aufwiedersehen!!

domingo, 12 de outubro de 2008

First Rule: Never talk about. Second Rule: Never talk about...


Um novo dia, um filme não tão novo assim, um sentimento q se renova.

Não sei se já comentei com vcs por aqui, mas normalmente eu tenho os domingos livres...enfim, aqui no meu quarto, no meu sotão, no meu cafofo, whatever, eu criei um santuário, onde eu me sinto a vontade para ter os meus momentos de elucidação comigo mesma...complicado?Tentarei esclarecer melhor...um dia inteiro livre pra mim, significa, um dia inteiro fazendo exatamente aquilo q eu mais quero fazer, sem depender de horários, de vontades alheias, de nada, q não seja exatamente aquilo q eu quero fazer sem interrupções, ou qualquer coisa do tipo. Portanto, hj eu tive um dia perfeito, na minha concepção de perfeição...

Meu pai sempre dizia, acho q ultimamente nem tanto, "vc não precisa de super produções para se divertir"...claro, diante da minha natural inquietude diante da vida, e de tudo q ela pode me oferecer...uma hedonista por natureza, sempre em busca do aproveitar cada segundo como se fosse o último...portanto, eu não compreendia exatamente o q ele dizia, até agora.

Hj simplesmente, eu acordei a hora q bem quis. Primeiro ponto positivo. Segundo: sem preocupação alguma com horário e sem cronometrar cada segundo do meu tempo dei uma navegada pela internet, falei com alguns amigos q estavam online. Depois,ponto 3, sendo, ou não sendo um horário apropriado para o almoço, fui dar uma volta no intuito de comprar meu almoço, normalmente o q eu sempre escolho e q contém três qualidades preciosas para esses dias de ócio criativo, um doner (é um tipo de sanduiche arábe, com salada, carne, um molho, tudo junto e deliciosamente bagunçado), grande, suculento, e por apenas 3 euros. 4. O dia estava realmente agradável, sol, o outono q já é uma promessa a parte, céu azul e aberto, lindo. 5. procurando um filme na minha videoteca virtual me deparo com um título conhecido: Clube da Luta. Um filme inexquecível para mim, com certeza um dos melhores da minha vida. Bom, resolvo criar aquele clima para apreciar essa obra de arte do cinema moderno, e vou preparar o meu café na cafeteira. Quebro a garrafa, xingo até o sétimo céu europeu, limpo tudo improvisadamente com o q os produtos q tenho pra limpeza aqui, quase choro de pensar q eu não terei meu cafézinho religiosamente quando eu bem quiser tomá-lo...e depois tento, sem a garrafinha apropriada, mas sim com uma xícara e juntamente, com o incomodo de segurá-la até um certo nível fazendo pressão para que café possa descer. E não é q ele desce mesmo!Oh beleza!Só isso já salvou meu dia...mesmo com mais dificuldades, ainda terei meu café! (Eu tive q descrever tudo isso realmente, pq foi o ponto alto do meu dia, perder algo tão querido e conseguir de volta logo depois não tem preço).

Bom, tá ae, Fight Club,melhor filme da minha vida!Simples assim. Não sei pq, só sei q ele me deixa feliz e ainda mais apaixonada pelo Brad Pitt, ops, quer dizer, pelo Cinema. hehe..Sério mesmo...adoro pensar em quebra de paradigmas. "Clube da Luta", tudo nesse filme surpreende. Não é um filme, q pelo nome, subtende-se estrelado pelo Van Damme ou qualquer coisa do tipo. Tem o Brad Pitt lindo, mas não como um galã. É divertido, mas tbm trata de assuntos muito sérios e contemporâneos. É literalmente um cuspe na nossa cara e no nosso estilo de vida tantas vezes banalizado pela sociedade q criamos como tal. Ao mesmo tempo q critica, se inclui nesse mundo, não como um inquisidor apontando o dedo pra alguém na rua, mas como alguém q é inexoravelmente e igualmente vítima/usuário/escravo/bem-feitor disso tudo. (Vc pertence as coisas, não são elas q te pertencem). Não preciso nem comentar as atuações, Edward Norton, não tão cultuado, mas um dos melhores atores da nossa geração, a incomum e ótima Helena Borham Carter, além da originalidade, do figurino, trilha sonora...bom, poderia, mas acho q já chega a extensão desse post..preciso assistir mais um vez, e falar sobre o filme de novo..acho q nunca me cansarei dele...e imaginar q quando lançado, em 99: "causou controvérsia devido ao conteúdo violento e aos personagens antipáticos e agressivos, o que fez com que o filme fosse exibido durante um curto período de tempo nos cinemas do mundo todo, não conseguindo pagar o seu orçamento, o que somente ocorreu quando foi lançado em VHS e DVD, onde teve um enorme estouro de venda. " (fonte: http://www.adorocinema.com/personalidades/diretores/david-fincher/corpo.asp)


Tá ae pra quem se interessar, maiores detalhes:


Título Original: Fight Club
Gênero: Drama

Tempo de Duração: 140 minutos

Ano de Lançamento (EUA): 1999

Direção: David Fincher

Roteiro: Jim Uhls, baseado em livro de Chuck Linson

Música: The Dust Brothers


Aufwiedersehen!!

sábado, 11 de outubro de 2008



Essas "Volks Fests" q rolam na Alemanha são normalmente bem parecidas com os nossos Rodeios, vc entra no recinto, cheio de brinquedos de parque de diversão, comidas, e todo tipo de souvenir pra comprar, mas o q rola mesmo são as diversas tendas tradicionais espalhadas no espaço, e é ai q o negócio pega...mais ou menos isso ao lado<<<<<

here comes the sun...

E ae pessoal!Tô sumida por aqui né...talvez falta de inspiração, falta de acontecimentos novos, muita correria, enfim...agora tenho algo pra falar...

Ontém o dia estava adorável, aliás, o Outono é talvez a estação mais linda e agradável, a beleza é deslumbrante, queria poder levá-lo para o Brasil...mas então, como ia dizendo, estava com a pequena, me preparando psciologicamente pra embarcar em mais uma aventura, dessa vez na Volks Fest de Stuttgart, (Volks Fest são festas populares aqui da Alemanha, a maior é Oktober Fest, mas a segunda é da Stuttgart), enfim, estava já nesse clima, quando ela me lança q os pais não estavam tão satisfeitos comigo,q eu podia fazer as coisas mais bem feitas, mas q ela não deveria ter me contado isso.Bom, na hora eu travei. Meu mundo caiu...mas antes de chorar e espernear aqui pra vcs, quero deixar marcada a lição mais importante (q lógico, ninguém é de ferro, só se chega à conclusão depois do choro e da tristeza). Diante das circunstânceas da vida temos duas escolhas, olhar o lado bom ( q sempre existe) ou cair pro lado ruim. Da mesma forma q um copo pode estar meio vazio ou meio cheio, da mesma forma q quando vc olha pela janela vc pode enxergar as estrelas ou a lama na calçada..enfim...a pequena me pegou de surpresa no final das contas, e eu desabei, me segurando pra não chorar na frente dela...ela continuou andando de bicicleta mais longe, e de repente ela olhou pra mim, percebeu minha tristeza, veio em minha direção, num simples gesto me deu um abraço, e continuou andando. Aquilo me derrubou ainda mais...segura o coração...naquele momento eu percebi q tudo devia ser feito por ela, e eu deveria me esforçar ainda mais, q nunca é o bastante, mas q tudo vale a pena pra ter essa sensação de q pelo menos nesse ponto, do afeto, eu não falhei, ela gosta de mim.

Bom, fora isso, acabei indo mesmo pra Stuttgart, e tudo foi perfeito!Me diverti horrores, tudo q eu queria ter me divertido na grande Oktober..conseguuimos dessa vez entrar em uma das tendas, e o mundo lá dentro é mágico, não tem como explicar...fomos eu e a minha nova amiga turca, e la´encontramos mais brasileiros, e ingleses, e franceses, e alemães lógico...maravilha!!posto fotos depois, do outono e da Volks Fest!Perdemos o último trem da noite, então tivemos q fazer hora na casa de um amigo brasileiro, voltamos as 7 e meia e as 11 e 15, atrasada pq o celular não dispertou fui eu pro batente até agora as 19h..tô só o pó, mas tudo vale a pena quando a alma não é pequena!

é isso!!

Aufwiedersehen!!