E tem mais...

(...)

Um monte de coisa misturada..

sábado, 21 de março de 2009

"Isso é bossa nova, isso é muito natural..."

Venho por meio desta com alguns bons fluidos...esse blog anda meio down nos últimos tempos...na verdade não tenho nenhuma novidade fenomenal...mas tenho pensado em algumas coisas (jura?!), e senti uma certa falta de escrever...
Ultimamente estava sentindo um desânimo, atribuia essa sensação à aparente falta de novidades em minha vida, então estava a procura de alguma coisa nova, uma descoberta, algo q despertasse meu interesse em aprender mais sobre...continuo estudando alemão, sinto melhoras, tenho lido muito na língua, tentando assimilar, a aula uma vez por semana tem me dado uma certa frequência nos estudos, mas ainda tenho q me disciplinar muito mais...na verdade estou programando em breve começar uma aulinha de francês...bom ainda não. Voltando, a minha última novidade era a biografia de 1000 págs dos Beatles, e lendo todas aquelas histórias de como se constrói um fenômeno..os perrengues pelos quais o meu querido (e do mundo todo) "Fab Four", os quatro meninos de Liverpool passaram, ficava procurando alguma receita de sucesso talvez, a busca por algo q nos acerte em cheio na alma, uma paixão, como a flagrante paixão de John, Paul, George e Ringo pela música...bom...a paixão em si somente não se sustenta, infelizmente...algumas paixões, desprovidas de talento nato, ficam restritas à hobbys...música realmente não é minha praia...já cheguei nas 500 págs da biografia...mas deixei um pouco de lado o gigantesco livro e tenho me dedicado ao "Chega de Saudade"...já falei desse livro por aqui...escrito por Ruy Castro, sobre a história da Bossa Nova...ironicamente tive esse "encontro maravilhoso" com esse livro, e essas histórias deliciosas aqui na Alemanha...e ler sobre a história da música brasileira, todo esse ritmo delicioso..tem me dado um conforto e um prazer imenso nos últimos dias...engraçado...agora "me encontro" no finalzinho dos anos 1961...a bossa nova já virou mania (os Beatles estão quase chegando lá tbm, por esses lados do velho continente, nessa mesma época)..os personagens principais já vivem um pouco melhor depois de tantos perrengues...e eu descobri uma figura q só conhecia de nome, um pouco melhor..o baiano de Juazeiro, responsável por essa deliciosa batida: João Gilberto, q escuto nesse momento...

A Bossa Nova, um som q eu lembro como "quadradão" ao ouvir na minha infância, através do meu pai, um entusiasta de carteirinha, depois de comprar o recém-lançado rádio de cds com 5 lugares, na época uma super novidade...fazia questão de colocar todo sábado por volta das 10 e meia da manhã super alto..e nós crianças querendo dormir xingávamos do quarto pedindo pra tirar aquele som chato, além é claro, de conhecer o som pelas novelas do Manuel Carlos, o tema das Helenas...poisé, graças a Deus eu o redescobri a meu modo, e estou amando!Isso pra mim é o Brasil, no momento pelo menos, e eu mato a saudade com essa música suave, leve, mas profunda...quase chego a sentir o cheiro do mar...maravilhoso!
E é isso ae...mas uma curiosidade, o único problema de ler várias biografias pra minha personalidade pretensiosa, é q durante meu dia eu sinto como se alguém estivesse narrando a minha história, meus sentimentos : "em seu um ano na Alemanha, no ano de 2009, Vanessa começava a sentir uma vontade imensa de criar...o talento começava a aparecer..."ahahahha...balanço a cabeça e continuo a rotina..menos, bem menos né..mas não custa nada sonhar...hhehe...



Aufwiedersehen!!!

quarta-feira, 11 de março de 2009

Hoje "Dia 11 de março foi um dia totalmente triste"

....foram mais ou menos as palavras do "governador" do estado de Baden-Würtemberg a respeito do tiroteio e posterior massacre cometido por um garoto de 17 anos na cidadezinha de 28 mil habitantes nas proximidades de Stuttgart, Winnenden.
Não quero me juntar à sempre massiva repercussão q esse tipo de "evento" suscita, só achei q tinha q comentar algo, já q não estou presenciando isso pela tv, do Brasil, isso aconteceu aqui perto, há uns 300 km, e muito perto da cidade q eu morava antes, o gosto amargo é inevitável...olho para as "minhas" crianças hj e me sinto uma herege por ter perdido a paciência tantas vezes, e só agradeço por tê-los a salvo do meu lado...

A conta já está em 16 pessoas, dentre elas 10 são do sexo feminino...sete alunas e três professoras...a motivação assassina ainda é desconhecida...Q Deus os tenha.

terça-feira, 10 de março de 2009

não é fácil, mas depende de nós...

As pessoas têm me perguntado ultimamente (depois desses sete meses fica tudo um pouco mais tranquilo, a saudade, a apreensão, aquela sensação de estar voltando é patente...e não há exatamente muitas novidades...) como eu estou. Bom, sinceramente, vou caminhando do jeito q posso. Sei q já deve ter enjoado ouvir os meus lamentos quanto ao tempo e tal...mas é um pouco frustrante essa espera pelo verão, pq por aqui, pelo menos para aqueles q não são viciados pelos esportes do inverno, a longa e interminável época fria se consiste em uma espera inesgotável pelo calor...e eu me lembro dele...foram dois meses assim q eu cheguei, quando anoitecia só por volta das 9 da noite..era lindo! Os restantes cinco deles passei de casacos e cachecóis e num certo período congelando literalmente...é algo inimaginável pra nós brasileiros..até mesmo os russos e finlandeses com os quais conversei a respeito do clima, dizem q apesar dos seus às vezes -40 graus (dos primeiros), a sensação é mais agradável lá em comparação com a Alemanha, não há esse vento congelante, essa sensação de q se vc não correr pra casa secar os pés molhados de neve (e ela realmente molha), vc corre o risco de perdê-los!Bom....não me encontro mais nesse frio, na verdade o tempo está bem agradável...algumas chuvas de gelo, neve esparsa aqui e acolá...mas nada de sol..quase nada. A paisagem começa a mudar a nossa volta sem a neve, começo a reconhecer caminhos já familiares de forma diversa à época das "nevascas", deve ser lindo ver as arvores florecerem novamente, e mais lindo ainda sair de shorts e sandalia na rua...estranho...essa experiência (com o tempo), foi quase com toda certeza a mais dificil pela qual eu passei aqui (talvez não tanto quanto a troca de familias, ou ao natal atribulado sem saber o q seria de mim...). Mas bom, respondendo à pergunta, é assim q eu estou, pesando os prós e os contras de toda essa experiência, tentando ser uma profissional melhor, uma amiga melhor,uma filha melhor (mesmo q a distancia), uma pessoa melhor. Admito q não tenho tido muito sucesso ultimamente...há momentos em q a nossa luz interior acaba ficando meio apagada...é assim q eu estou...à procura de algo q me entusiasme...algo q me acorde e me apaixone novamente...pq eu não sei viver sem paixão...

Há duas semanas fico em casa todas as manhãs, parei com o curso diário de alemão, q apesar da chatisse e da longevidade excessiva acabava me tirando de casa, me fazendo encontrar com as pessoas, mas pelo preço abusivo do próximo, e mesmo por achar q não funcionava 100% comigo dessa maneira, deicidi continuar meus estudos aqui em casa mesmo, e me contentar com uma conversação uma vez por semana, todas as sextas, por um precinho bem camarada...estou lutando para ter disciplina..mas não é fácil...antes de tudo precisava lutar contra o meu desânimo, contra a minha desesperança...me entupi com doses da primeira temporada de Friends...dei boas risadas, e agora estou de volta...descobri um som ótimo, The Shins, uma banda americana...um som agradabilíssimo q escuto agora...ontém juntei forças e fui à biblioteca...dei uma olhada nos próximos eventos, e tentarei agarrar com todas asnforças essa vida cultural explodindo à minha volta nessa cidade grande...achei uma fileira de livros em língua portuguesa...quase delirei!Encontrei todos os tão queridos companheiros de idioma por lá...Fernando Pessoa, José Saramago, até mesmo Guimarães Rosa...acabei pegando um exemplar de "Ensaio sobre a lucidez" e, já q estou lendo a biografia gigantesca dos Beatles, com todo o contexto mundial europeu e americano dos anos 60, achei interessante ver o nosso lado emergente musical, o da Bossa Nova...defendido por Ruy Castro em "Chega de Saudade"...ao mesmo tempo peguei um livro para iniciantes em italiano, e leio um livreto engraçadíssimo em alemão pra estudar...se eu vou dar conta, só Deus sabe, mas eu estou tentando...e como!Estava aqui revirando minhas coisas antigas (de quando eu cheguei aqui...das aulas de alemão), e me surpreendi ao ver como eu já sei decor o q eu havia anotado para decorar...só pode ser bom sinal, ai q me deu essa vontade de escrever pra vcs!
Era isso q eu queria falar...animação pra todos, continuemos tentando!!E nunca é tarde para saudar às mulheres pelo nosso dia ontém!!!Parabéns a todas nós!Homenagem especial aos meus maiores exemplos: Rita, Maria e Cacilda!

Aufwiedersehen!!

terça-feira, 3 de março de 2009

Onde se fala tchau quando se quer dizer oi!

Ah...a Italia...acabo de chegar de uma viagem totalmente improvisada de última hora, baseada em uma passagem de trem pseudo-oportuna...Graças a dois dias imprevistos de folga, além do meu fds usual, resolvi antecipar uma viagem q há tempos vinha pensando em fazer...ROMA.

Já vinha, de maneira até um pouco obcessiva, olhando possibilidades baratas de viajar pela Europa (começo a sentir aquela ansiedade característica depois de um tempo vivendo aqui, do medo de não aproveitar todas as oportunidades de viagem e tal). Encontrei essa passagem de trem "pela Europa" barata (até demais) q seria válida pra moradores da União Européia,e tbm aos q moram aqui "a partir de" seis meses...bom, como já vou indo pros meus sete meses, encaixo-me naturalmente nessa faixa. Tudo parecia um sonho, os preparativos (extremos de última hora, coisa q não tem como acabar muito bem..), até o dia anterior à viagem, com um tempo do trabalho, corri pra estação principal pra comprar meu bilhete...houve problemas, mas consegui comprar...alguns prelúdios do q ainda viria, nada demais na verdade, mas é pra aprender a se preparar melhor.

Quinta de manhã, vou-me eu e minha amiga de trem para a tão sonhada terra dos meus tataravós...a paisagem vai gradativamente se modificando da Alemanha e Austria nevada, até começarmos a vislumbrar o sol e a paisagem verde italianos...o tipo de paisagem q há uns três meses não avistávamos...é impressionante como podemos valorizar as coisas pela falta, e foi bem sobre isso q essa viagem se resumiu...os contrastes, sobre o q nos é particular e sentimentos ambíguos interagindo com a mágica do novo em oposição ao conforto do q nos é particular...bem curioso.Tentarei ser mais específica.

Chegamos a noite em Roma, e era engraçado não sentir aquele frio q parece q congela os rins, q sentimos ser perigoso...era diferente...era frio, mas uma brisa parecida com o frio brasileiro, normlmente não seria prazeroso, mas eu sentia aquele vento no meu pescoço (sem cachecol), e aquilo era maravilhoso...eu não usava gorros, e mesmo com o frio nas mãos, eu não sentia necessidade de luvas, ou fazia questão de não usá-las ...o dia seguinte amanheceu ensolarado, há tempos não tinha uma sensação tão deliciosa, aquele sol, não me contive e fiquei sem casaco...parecia um sonho sair daquele frio e estar novamete sem todos aqueles acessórios inv(f)ernais. Havia outra mudança também, o temperamento das pessoas, com certeza o sangue quente tão característico ao nosso..E não quero de nenhuma forma parecer preconceituosa ou taxativa...mas é diferente...o sorriso no rosto das pessoas nas lojas e restaurantes, a conversa fácil com as pessoas na rua, a voz alta italiana...bem como eu imaginava...o famoso "Ciao Bella" de qualquer um na rua...outra coisa. Quanta diferença...

Ingenuamente, ou até como sempre, eu com a minha segurança excessiva e incorrigível, achei q me viraria com o pouquinho q sei de italiano (leia-se insights de novelas como'Terra Nostra', 'Esperanza' e conversar informais com amigos e amigas italianos...), q me viraria no "portuliano"....foi frustrante...no começo até ia...mas a comunicação mesmo era dificil, e isso pra uma comunicóloga é horrível...eu não via, e ainda não vejo lógica em falar em inglês com um italiano...mas em muitos momentos era inevitável...então, já nessa parte da comunicação mesmo, a saudade do particular, do cotidiano ia começando a bater...já nos preparando pra voltar, pensando nos itinerários, íamos nos deparando com o serviço de transporte italiano, q com certeza deixa muito a desejar ao alemão (gente se esse post estiver muito arrogante, purgante mesmo, me avisem, se ajuda, não há nada de glamour meixxmo),enfim...o meu ponto de vista aqui na verdade é mostrar a curiosidade, dentro desses contrastes, pq foi muito do q eu senti nessa viagem...

Na volta, chegando na Austria, ao ouvir pela primeira vez o alemão dentro do trem, respiramos aliviadas, aquele era nosso terreno, estávamos de novo "legíveis" ou melhor, tudo ao nosso redor..nem nos importamos com a falta dos olhares alemães, muito diferente do lisonjeiro e constante olhar dos italianos galanteadores...viajar é preciso, assim como voltar pra nossa casa.

Aufwiedersehen ou seria Arrivederci!?

segunda-feira, 2 de março de 2009

e mais Italia...


encantadora Florença (Firenze), infelizmente embaixo da névoa...
1o de Março de 2009, por volta das 8 e meia da manhã...(depois de perder o ponto certo de onibus e consequentemente o trem pra Bologna).

Mais Italia...


Inexplicavelmente grandioso...Coliseu - Roma

Italia finalmente...


Chegando no Vaticano...presenteadas pelo céu azul e o sol!
27 de fevereiro de 2009, por volta das 9 da manhã...