E tem mais...

(...)

Um monte de coisa misturada..

sexta-feira, 14 de maio de 2010

O sexo frágil

Quem são os nossos meninos de hj em dia? Posso dizer alguma coisa das meninas, como menina contemporânea, mas há algum tempo, dentro desse fascínio pessoal que é o sexo masculino, tenho me surpreendido com algumas novas demandas. O senso comum reza que as mulheres precisam constantemente de um comentário positivo sobre a sua aparência ou personalidade ou talento para bem cuidar da tão volúvel, presente, perene, insuportável auto estima. Já os homens, seres auto-suficientes que são, conseguem passar batido sobre essa questão de auto-afirmação, muito pela sua racionalidade inata, muito pelo seu desligamento do mundo, ou ambos. Acontece que nos últimos tempos, daqui de cima, do nosso clubinho feminino isolado, e extremamente complexo, onde trocamos figurinhas sobre quanto a vida deles é fácil, e sobre o quanto eles nos fazem sofrer, tenho notado algumas mudanças. Começou com um pedido básico de atenção. Estão bonitos? Pq certa garota ainda não ligou? Pq ela não respondeu aquele e-mail? São vários avisozinhos de que alguma coisa anda diferente (ou sempre esteve?). Os nossos queridos brucutus "desprovidos" de sentimentos, afinal têm coração. Gosto muito de pensar, imaginar, tentar entender, como todas as mulheres, esse mundo obscuro dos machos. Algumas coisas com certeza não mudam, os comentários sentimentais com uma troca básica de assunto pro "E o corintia?" continuam, a tal flexibilidade masculina.

Aufwiedersehen!

quinta-feira, 13 de maio de 2010

As mulheres do novo milênio

Eis um pouco das mulheres da atualidade. Nos seus vinte e poucos quase muitos anos, elas começam a vida por elas mesmas. Elas fizeram aula de inglês, natação, ballet, finalmente um curso superior, algo que escolheram aleatoriamente no ensino médio, ou cismaram que queriam realmente em algum cursinho na cidade grande. Elas cresceram dançando a lâmbada de Beto Barbosa, brincando com seus vestidos de babados escorregando no meio das pernas dos primos, fizeram bailinho na festa da amiga com um menino mais abusado aos 13, ouviram Spice Girls, apaixonaram-se pelos Brackstreet Boys e suspiraram ainda mais pelo Leonardo de Caprio lá no comecinho, em Titanic. De Brasil, essas meninas curtiram muito pagode, a mudança do sertanejo pra algo diferente Daniel e Bruno e Marrone e suas vozes másculas, tudo bem brega, mas naquela época era muito cool. Essas meninas conheceram a Internet na adolescência, começando com o chat da UOL, uma super descoberta, até o advento do ICQ, e da fuga da timidez pelo xaveco virtual. A Internet era discada e com hora marcada, curta e muito esperada.
Elas foram pra Faculdade. As máquinas fotográficas não eram digitais, um luxo para poucos, costumavam trocar os negativos, para terem todas as fotos da galera. Elas se formaram, e cairam no mercado de trabalho, momento em que percebem que toda a farra, e melhores anos da vida acabaram, que ainda tinham os pais, mas que a casa deles, não era mais a delas, por maior que seja o amor e o conforto. Sairam fora, erraram, fizeram más escolhas, talvez foram pra outro país pra fazer trabalhos secundários e tentar um pouco de auto conhecimento, talvez trabalharam em uma loja na cidade natal, fora da sua área de formação ou correram pro primeiro emprego na área que apareceu mesmo, e acharam um saco. Elas ainda não reconhecem o seu sonho real, mas sentem o cronômetro correr.
Além de tudo isso, um aperto lá no peito, algo ainda mais crítico começa a ter procura: um companheiro real, um amor pra vida toda, e elas pensam: "Ainda mais essa!" É emprego ideal, é casa ideal, é cidade ideal....
O interessante dessas mulheres, é que elas lutam diariamente não pela necessidade, elas têm a base financeira familiar, elas tem um lugar para voltar, mas elas têm a consciência de que agora a vida é delas e continuam tentando conquistar o seu pequeno espaço no mundo.

Aufwiedersehen!!

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Agir

Não é comum dizermos: Eu TENHO que fazer algo. A nossa vida em sociedade nos impõe sabiamente, uma rotina que aos poucos se torna confortável, por que previsível. São hábitos que nos fazem bem, e trazem familiariadidade ao nosso dia a dia. Gosto bastante dessa sensação, entretanto, essa rotina não responde a uma necessidade real de desejo, algo que realmente TEMOS, e não precisemos fazer. Os verbos são similares, mas guardam diferenças importantes. Temos o costume de colocar as coisas em perspectiva, principalmente nós brasileiros com toda a nossa louvável (70% das vezes), flexibilidade. Ganhamos muito por sermos naturalmente cortezes, agradáveis, mesmo quando deixamos de lado a sinceridade. Fazemos muito bem ao evitarmos entrar em atrito, para mantermos a paz, a eterna vizinhança de boa camaradagem. Somos um cultura do “talvez”, do “meio”, do “quase”, do “tudo bem”. É bonito ser feliz, sociável, carinhoso, querer estar a maior parte do tempo em grupo, e para os jovens, estar sempre disposto a cair na balada, “causar”. Isso tudo é realmente bonito e saudável, quando feito por vontade. Aprendemos a criar uma máscara social, enquanto formigam por baixo nossas inquietações e o que realmente queremos, usamos o artifício do “deixa pra lá”, “não foi nada”, “releve amiga”, “logo melhora”, e o pior “não pense só em você”. Pois eu digo, isso é impossível. Nós somos seres egoístas, nascemos e crescemos tentando disfarçar isso. A pessoa que eu amo é também o reflexo do amor que ela sente por mim. Os meus queridos amigos são bons, também por que estão ao meu lado. É um engano pensar o contrário quando o que sempre procuramos é a nossa própria imagem refletida no lago. Vale gostar, vale chorar, vale tentar se aceitar. Passamos muito tempo presos em nós mesmos para não entrarmos em crise por alguns momentos. É por isso que por vezes mudamos, não os nossos valores, e a personalidade, mudamos nosso jeito de agir, mudamos nosso ponto de vista (posso mudar até a minha idéia a respeito desse post amanhã), por que isso não é feio, é simplesmente da nossa natureza, estamos sempre nos adaptando. O amor, a amizade, a empatia são autênticos, e são concomitantes, só nos falta um pouco de franqueza. Não somos maus, de forma alguma, só somos frequentemente fracos.

Aufwiedersehen!

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Sobre a introspecção e o hábito

O equilíbrio nas relações humanas é algo muito difícil de se conseguir, principalmente em se tratando de algo que rege a vida de todos nós. Há pessoas que passam a vida toda sozinhas, e vivem muito bem dessa forma, bem como aquelas que dependem quase que organicamente da presença de outros, de companhia. Como tudo na vida, ainda mais que uma questão de personalidade, penso no hábito. Por um ano estive longe de minha família, e criei um modo de vida basicamente voltado para mim mesma, e o que eu precisava fazer naquele momento. Muitas vezes empacamos em situações facilmente remediáveis, por causa do hábito, e ontém eu tive um exemplo disso. Fui embora do trabalho correndo, peguei ônibus, metrô, corri pra Academia que me custa um dinheiro doído, sentei no vestiário e comecei a me trocar para a aula de yoga. Ao meu lado noto uma garota chorando. Que situação social mais complicada! Eu não conheço a menina, nunca a vi antes, preciso entrar em minha aula, será que ela quer conversar? Vivo contradições dentro desse convívio "forçado", principalmente das grandes cidades, por vezes sinto minha intimidade e sossego invadidos, quando por exemplo algum esperto resolve ouvir seu celular mp3 sem fone de ouvido no ônibus...mas também por outras sinto uma frieza a que nos acostumamos, um distanciamento afetivo da pessoa que está ao nosso lado, e não acho saudável.
Voltando ao assunto da garota, depois ela atendeu o celular e falava com uma amiga sobre um namorado que a havia traído, algo do tipo. Bom, penso eu dentro do meu conflito interno de ser humano, que não era nenhuma tragédia familiar pelo menos...a menina continuava chorando, e olhava para os lados (eu estava bem ao lado dela me trocando, inquieta), ela definitivamente queria conversar com alguém, mas infelizmente eu estava travada diante de tal problema, sou mulher, e não achava tão necessário nesse caso ajudá-la, pq sei que sofremos 96% das vezes relativas a homens por besteira, por quem não merece (mas mesmo assim continuamos sofrendo), e eu não conhecia a menina!!Desisti, não com a mente tranquila, mas certa de minha decisão, eu não ia puxar assunto com a menina desconhecida que chorava no vestiário feminino da academia e ponto! Eis que minhas preces são ouvidas, uma das professoras, daquele tipo que anima e conquista a simpatia de todos a sua volta, entra e pergunta o q acontece com a menina, de uma maneira leve, de boa mesmo...sai dali tranquila que ela estaria em boas mãos. Não foi dessa vez, intimidade realmente não se força.

Aufwiedersehen!