E tem mais...

(...)

Um monte de coisa misturada..

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Agir

Não é comum dizermos: Eu TENHO que fazer algo. A nossa vida em sociedade nos impõe sabiamente, uma rotina que aos poucos se torna confortável, por que previsível. São hábitos que nos fazem bem, e trazem familiariadidade ao nosso dia a dia. Gosto bastante dessa sensação, entretanto, essa rotina não responde a uma necessidade real de desejo, algo que realmente TEMOS, e não precisemos fazer. Os verbos são similares, mas guardam diferenças importantes. Temos o costume de colocar as coisas em perspectiva, principalmente nós brasileiros com toda a nossa louvável (70% das vezes), flexibilidade. Ganhamos muito por sermos naturalmente cortezes, agradáveis, mesmo quando deixamos de lado a sinceridade. Fazemos muito bem ao evitarmos entrar em atrito, para mantermos a paz, a eterna vizinhança de boa camaradagem. Somos um cultura do “talvez”, do “meio”, do “quase”, do “tudo bem”. É bonito ser feliz, sociável, carinhoso, querer estar a maior parte do tempo em grupo, e para os jovens, estar sempre disposto a cair na balada, “causar”. Isso tudo é realmente bonito e saudável, quando feito por vontade. Aprendemos a criar uma máscara social, enquanto formigam por baixo nossas inquietações e o que realmente queremos, usamos o artifício do “deixa pra lá”, “não foi nada”, “releve amiga”, “logo melhora”, e o pior “não pense só em você”. Pois eu digo, isso é impossível. Nós somos seres egoístas, nascemos e crescemos tentando disfarçar isso. A pessoa que eu amo é também o reflexo do amor que ela sente por mim. Os meus queridos amigos são bons, também por que estão ao meu lado. É um engano pensar o contrário quando o que sempre procuramos é a nossa própria imagem refletida no lago. Vale gostar, vale chorar, vale tentar se aceitar. Passamos muito tempo presos em nós mesmos para não entrarmos em crise por alguns momentos. É por isso que por vezes mudamos, não os nossos valores, e a personalidade, mudamos nosso jeito de agir, mudamos nosso ponto de vista (posso mudar até a minha idéia a respeito desse post amanhã), por que isso não é feio, é simplesmente da nossa natureza, estamos sempre nos adaptando. O amor, a amizade, a empatia são autênticos, e são concomitantes, só nos falta um pouco de franqueza. Não somos maus, de forma alguma, só somos frequentemente fracos.

Aufwiedersehen!

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