E tem mais...

(...)

Um monte de coisa misturada..

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Supostamente...

Nós mulheres somos apaixonadas pelo romance.
A paixão louca, os sonhos, toda a euforia não provém de supostamente amar, eles vêm da idéia mágica do viver uma paixão. O romance é e sempre será o nosso foco. Infelizmente preciso atribuir alguma parcela de culpa ao meu amado (inteira e não supostamente) cinema. E isso são palavras de uma eterna romântica, talvez, dá-lhe Lulu Santos, a última. Não critico os Casablanca e Bonequinha de luxo da vida. São marcos em nossa história.Mas cá entre nós, todas essas histórias acabam mal. Ai que se encontra a beleza do romance. Daí q se parte da premissa de que amar é igual a sofrer. Acontece que antes do cinema e do advento da literatura, dos livros sempre lidos pelas enfadadas mocinhas de Eça de Queiroz, as mulheres sentiam sim esse frio na barriga, essa admiração maravilhosa, mas elas não visualizavam a luz que emana dessa confluência, do amor correspondido. Assistir ao Clark Gable e Vivian Leigh brigando para depois se beijarem em “...e o Vento levou” é simplesmente a receita para nos matar, e é lindo demais!

Ele, o galã da nossa realidade, aquele "tipão" que tanto buscamos, coleciona todos os adjetivos sonhados por nós desde meninas. Ele muda de personalidade durante os tempos, dependendo da época de nossa vida, mas ele tem características semelhantes, em cada período. Toda essa coleção de predicados que a mulher madura espera em um homem, ela vai descobrindo no decorrer de sua vida, em porções separadas.

Aquele menino brincalhão e sapeca do parquinho nos transporta a essa idéia de liderança, de virilidade. Ele normalmente puxa as nossas tranças, dá risada da gente com os amigos, mas bem naquele momento estranho a todos, e comum a nós dois, ele nos olha dentro dos olhos, com a impertinência que só esse ser supostamente iluminado tem e tudo vale a pena.

Mais tarde, no ensino médio, as espinhas vêm, a voz grossa deles oscila para o xitãozinho e xororó, e ai perdemos o interesse nesse menino da nossa idade. Nosso olhar se direciona para a experiência, e a segurança. E esse vem a ser somente o primeiro flerte. Os mais velhos, os caras do colegial há um tempo atrás, agora os caras da nona série...eles simplesmente nos ignoram, passam com suas conversas maliciosas, seu companheirismo irritante da raça em grupos do nosso lado sem nem notar nossa presença. Eles tem aquela coisa só deles, do jeito de jogar futebol a tarde, até no modo q eles sacodem a cabeça pra voar a água do cabelo depois que mergulham na piscina. Tudo neles é mágico, quase divino. E a paixão supostamente sentida é platônica. Eles não precisam se preocupar com nada a não ser existir.

Faculdade. Ainda com o trauma proveniente das experiências anteriores no ensino médio, aquela sensação de inferioridade latente nos persegue. Por causa dos supostos deuses anteriores, temos como verdade nossa insignificância estética e permanecemos com esse suposto propósito de (in)existir até a hora de adentrar nessa nova Era. Essa Era única e inesquecível. De repente, como num espelho ambulante, nos enxergamos realmente através dos olhos daquele veterano bonitão. E ele é muito mais do podíamos sonhar. E lá vem o tal do charme que provém da inteligência (suspiros).Não se trata de beleza, trata-se de algo que não entendemos direito,por não ser tão palpável, mas faz sentido, e atrai de uma forma irresistível. Nesse momento entendemos que crescemos, não só de forma passageira e volúvel, já havíamos crescido a muito tempo, mas só agora isso faz sentido. Somos tão atraentes quanto esse cara novo. Só que a atração que exercemos é outra. Possuímos a atração da ingenuidade, o brilho da inexperiência, da petulância de pensarmos que sabemos de tudo da vida por estarmos na faculdade (além do fato de estarmos, a partir de então, realmente formadas fisicamente como mulheres). E adivinhem só, aqueles caras da nona série, resolvem perceber a nossa existência na mesma época que o bonitão veterano da faculdade aparece, de repente somos irrestíveis, pena que normalmente tende a ser tarde e eles já estão desinteressantes e gordos.

Pós - faculdade. Mercado de trabalho. No caso de ainda estarmos solteiras, chegamos a um ponto realmente crítico. Nesse momento saímos de algumas enrascadas e experiências mal-sucedidas com o bonitão veterano, com o colega de infância que levantava nossas saias na frente da classe toda, e até mesmo com o menino semideus da nona série. O romance continua nos confundindo, essa aura esquisita que paira e que nos faz inventar um suposto sentimento, esse vislumbre de um futuro pintado a aquarela sob um papel não resistente a água.
Ficamos sozinhas. Numa falsa ilusão de encontrar um cara bonito e bom papo na balada. E cá entre nós., (quase) nenhum relacionamento surge de uma balada.

Então resolvemos desistir, pensar em outra coisa. Simplesmente enjoamos de ficar brincando de esconde esconde com o tal do romance. É nesse momento, naquele dia do jeans surrado e da camisetinha básica, que decidimos assistir a um filmezinho antigo com a galera nova da academia, assim, sem mais nem menos, sem pré produção, que ele aparece. Nem um pouco o nosso tipo natural de beleza, praticamente imperceptível. Mas de alguma forma esse cara novo tem tudo que a gente procura. A conversa flui, percebe-se um sorriso branco lindo, e parece que ele tem uma covinha na bochecha esquerda, bem pequenininha. Ele cheira a sabonete, e olha nos nossos olhos quando conversamos. De repente sentimos aquele deja vu, como se tomadas por uma sensação macia de auto-estima , por que somos únicas naquela ambiente, somos únicas pra esse desconhecido, que parece finalmente ter encontrado o que procurava.


(De repente alguém acende a luz e o cara tem um olho de vidro e 1,63m de altura!)
E a vida continua, por que o que vale a pena é sonhar, romancear, por que isso nos faz feliz, isso nos ilumina a vida!

Aufwiedersehen!!

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Careta, brega, tá na boca do povo!

A mídia (nós, as pessoas) cria, as vezes (sempre), novos fenômenos normalmente tachados pelo clã cool contemporâneo como brega, careta, infantil, ou superficial. São muitos os exemplos, desde Dan Brown e o Código da Vinci, até a atual e tão comentada saga Crepúsculo. Eu assumo q já me importei muito com esse tipo de julgamento, lá pelos tantos do primeiro ano de faculdade, qdo eu me via como uma rebelde com causas eternamente pertinentes, e com todas as respostas embaixo da língua contra o chamado status quo. Graças a Deus e a meu pai, esse meu comportamento não durou muito e eu voltei a me entregar às delicias da "Industria Cultural". E não tem Pânico, Tiririca, Novela das 8 ou filme teenager yankee suficiente q mate minha sede de "abobrinha". Não quero fazer aqui uma ode ao dito "superficial", assumo aqui q tbm gosto de arte, cultura, do erudito em si, mas what a hell, vamos ter um pouco de diversão leve e descompromissada!

Inevitável citar aqui, o hit do momento, a saga Crepúsculo. Vou comentar algo por aqui, mas já adianto q eu não vou sair de nenhum lugar, tomar nenhum partido e muito menos acrescentar algo à discussão. Eu só quero mesmo escrever sobre isso, pq tem sido muito comentado, e eu senti tb, (e principalmente) a necessidade de me assumir, aqui nesse meu espaço, com mais uma das milhões de seguidoras desse novo fenômeno.
Existem muitas críticas, as mais novas q tenho lido, dizem respeito à natureza conservadora da mensagem passada a esses jovens leitores e telespectadores, uma vez q a autora, como boa mórmon, define um amor q só chega às vias de fato (spoiler), depois do casamento, contradizendo toda uma cultura vampiresca de subversão e quebra de sistemas pré definidos de conduta moral na sociedade. (leia em: http://blog.estadao.com.br/blog/marcelorubenspaiva/?title=broxante_1&more=1&c=1&tb=1&pb=1).

Bom, hum...sei...ai vem a minha (não)cooperação em toda essa discussão. Eu acredito q o pessoal sempre vai criticar, e isso q é o bacana do ser humano, ainda mais quando se trata de algo q está na boca do povo no momento. Mas eu tbm acho bacana a pessoa tentar ver o filmezinho, dar uma lida no livrozinho, pra dai então comentar, e não apenas comentar o comentado pelo comentarista. Ou simplesmente, dar a mão a palmatória à realidade de um grande sucesso mundial, q não se construiu sozinho, mesmo seguindo todos os padrões pré determinados pela sociedade dura e conservadora americana.
Agora o meu ponto de vista. Vcs confiam em mim?No meu julgamento?

Quando eu voltei da Alemanha eu não conseguia me concentrar em algo realmente profundo, q viria a me acrescentar como profissional, ou pessoa, ou algo do tipo (tá começando a parecer justificativa, mas q seja!), e então, eis q mamãe comentou comigo sobre o tão fadado livro. Aconteceu q eu simplesmente devorei os quatro livros da série. A autora ganhou a minha admiração, mostrando-se interessante, romântica, e uma grande conhecedora da alma adolescente, e é isso. Ela escreveu, colou, captou a mensagem e tá faturando. A história é bem construída, e o grande triunfo são realmente os personagens bem elaborados e críveis em suas peculiaridades. É claro q precisa ainda comer muito feijão para poder pisar no mesmo chão q J.K. Rowling, mas ela merece os parabéns, e o respeito por causa disso.
Mas vamos continuar criticando tbm, q vale a pena!

Aufwiedersehen!!

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Mais alguns devaneios...




Ainda dentro do cotidiano corrido de São Paulo, e idas para o interior a fim de encontrar com minha família e amigos (sem muito sucesso em ambos os casos), tenho ficado sem tempo para um distração leia-se modo de vida ao qual me acostumei. Parece um comentário pseudo intelectual, mas eu preciso necessito de alguns bons filmes e alguma leitura. É deles q eu tiro a inspiração, a graça, a cor pra minha vida! Sem hiperboles...Ontém, depois de algumas tentativas frustradas de ir pra um bar, encontrar com os amigos, (esse sol insiste em pedir por uma cervejinha gelada), resolvi assistir a um filme. E não podia ser qualquer fime, precisava ser um clássico, pra eu me lembrar da genialidade humana (pro meu gosto) e qual não foi minha felicidade, ao lançar mão de um dvd originalíssimo do primeiro "O Poderoso Chefão". Assisti novamente a um majestoso e terno Marlon Brandon como o eterno Don Corleone, a um ingênuo /corrupitível/transformado (nessa sequência), Al Pacino na pele de Michael. O filho mais novo, e futuro fenômeno da bandidagem. Pude ouvir aquela trilha sonora q parece entrar na nossa alma,e àquela cena final, qdo da materialização do novo Don Michael, q depois de mentir descaradamente para a mulher Kay por Diane Keaton, é aclamado o padrinho supremo do crime após matar seu genro...e tudo isso é só o começo...

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Últimos acontecimentos...

É a tal da fatalidade...não aquela literalmente trágica a q assistimos todos os dias no noticiário...mas aquele tipo de acontecimento aleatório (ou muitas vezes nem tão aleatório como gostaríamos), q nos acomete no decorrer da vida, a tal da "falta de sorte", "lei de murphy" e assim vai...
Não tenho muitos problemas em relação ao bom humor, dificilmente acordo de cara virada, muito pelo contrário. Sou meio q conhecida pelo meu humor exagerado ao acordar, pelo falatório desnecessário logo de manhã (acho q herdei isso dos meus pais..), mas ontém eu acredito q eu tinha todos os motivos pra estar mal-humorada. Eis q eu coloco minha sandalia nova, toda feliz, e resolvo levar todo o lixo da casa para baixo..lixo da cozinha, do banheiro, fora a minha bolsa de trab pesando no ombro. Apesar de todo o meu histórico de quedas sensacionais, acredito q pelo fato de sempre sobreviver, acabei não dando o devido valor a determinados cuidados, como atenção, e calma no caminhar. E eis q estou descendo a escada toda cantarolante, ainda em tempo para pegar a minha carona pro trabalho, bem adiantada aliás, do jeito q eu aprendi a estimar nos tempos alemães...estou descendo o penúltimo degrau (ainda bem) e poff! Aquele rasante escorregadio dos pés até as costas um pouco acima do bumbum esquerdo. Fico me contorcendo no chão com uma dor estupenda, rezando para não ter quebrado nada, (fora o lixo q se espalha pelo chão), respiro fundo, conto até 5 e me levanto com MUITA dor. Calculo o tempo e a minha dor para decidir se subo ou não novamente ao ap para passar uma pomada e evitar ficar inteiramente roxa. Decido ir. Ai calculo se levo ou não os 4 sacos de lixo comigo novamente. Decido q deixaria ali mesmo e q as pessoas entenderiam uma azarada no começo da terça-feira como eu. Quando eu penso q no final do expediente poderei finalmente deitar na cama e dormir, ledo engano! Os malditos pernilongos assassinos e o q é pior, cantores, vêm nos atacar com entusiasmo durante a noite toda. Dormir pra q??Me digam!
Mas a vida prossegue como sempre...E bora pra próxima!

Aufwiedersehen!!

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Vamos combinar?Vamos combinar sim!

E pensar q o meu intercâmbio cultural tinha acabado lá em agosto...q reviravolta é a vida paulistana em comparação com a vida do interior...interessante essa minha caminhada até então..de uma cidade pequena do interior, parti para uma duas vezes maior, ainda no interior. Desta parti para o Velho Continente...primeiro uma cidade pequena, depois uma grande metrópole e assim vai. São muitas as variantes, mas no momento eu guardo um carinho e fascinação especial pela minha atual cidade: São Paulo, como vcs bem sabem.

Aqui quando se senta em um bar, ou conhece alguém, o assunto q permeia todas as conversas é o trabalho. "o q vc faz?", "onde trabalha?" "é formado em q?". Até eu mesma me ouvi surpreendida executando esse mesmissimo questionário para um novo conhecido. Algo engraçado pra gente do interior...algo q eu sempre me esquecia de perguntar na maioria das minhas novas conversas no passado, um pouco pelo meu caráter não curioso, um pouco por simplesmente não ser esse o assunto comum em pauta.
Como é curiosa toda essa mudança de comportamento...não somente pela cidade, pelo emprego, mas a mudança pela qual passamos internamente, deixando pra trás os resquicios deliciosos da personalidade adolescente...o modo de nos vestirmos, a postura, o linguajar...de repente me acho ridicula falando gírias, ou palavrões...e os tempos da faculdade...esses saudosos tempos tornam-se cada vez mais nostálgicos e distantes...como olhar em algum álbum de fotos uma jovem sorridente e magrela desconhecida, cercada pelos seus amigos de sempre. E nesse quesito ainda posso me sentir totalmente eficiente! Não sei se já comentei aqui, mas odeio esses comentários negativos arraigados no nosso senso comum: "Não existe homem q presta!", "Mulher é tudo interesseira!"e finalmente "Amigos de faculdade não duram..."(ou algo do tipo, qto a descrença em manter contato com o pessoal das antigas). Se eu tenho algum objetivo claro nessa minha vida, é o de q eu vou lutar constantemente para não acreditar, e não agir de acordo com nenhum desses estereótipos da vida moderna, nem muito menos me deixar envolver ou envenenar por eles! Eu posso ser ingênua, mas eu acho q basta vontade para conseguir esse feito, e um pouco de sinceridade tbm. Chega dessa conversa mole tipica dos encontros casuais: "Vamos marcar aquela cerveja", "Vamos combinar sim...", bla bla bla..
Simplesmente vamos nos encontrar e ponto!A gente mora numa cidade gigante, mas com muitas oportunidades, façamos acontecer, e vamos nos reunir, pq depois não adianta lamentar pelos bons momentos q se perdem...e sempre vale tantoo a pena!

Aufwiedersehen!!

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

A garoa q não para de cair...


A noite o céu fica vermelho, não me lembro de já ter visto uma estrela,de manhã é um calor insuportável, a noite aquele frio de congelar a orelha. Tem fumaça e camelô pra todo lado. A calçada é disforme e suja. Todos na rua estão correndo, mas as vezes param pra "conversar": "Ô morenaaa"! Se eu quero sair a noite, preciso estar pronta de manhã, se eu quero encontrar com um amigo, ele precisa morar perto. Um lanche e dois chopps tomam 30 reais da minha parca carteira, sem contar a condução de ida e volta q me leva quase 6 reais diários...e tem carro, e tem poluição, e tem buzina...ufa!Mas eu estou sofrendo de paixão irremediável por São Paulo.
Nunca vi tanta gente diferente, tanta gente interessante, tantas cores, tantas oportunidades! Na sexta-feira a noite, saí caminhando pela rua (um prazer descoberto atualmente), os barzinhos enchendo pelos happy hours, as pessoas no final do expediente, a noite q começa sem hora para terminar...e dia seguinte, mais chuva, mas agito, mais buzinas, mais fumaça...
E os cobradores de ônibus, q pessoal mais importante e pouco valorizado...eles nos mostram onde parar, no meio de tantos rostos ainda nos chamam, pedem pra ficarmos perto, ainda mostram a direção a seguir...fora as pessoas do lado, sempre querendo ajudar, contando causos..como no dia em q eu fiquei presa no congestionamento na Faria Lima...o trânsito estava impossível, então algumas pessoas desistiam e iam seguindo a pé, até sobrarmos eu, uma senhora, o cobrador e o motorista é claro...a senhora toda bem humorada dava risada desse destino q a acomete vez por outra...o ônibus q se vê no meio de um engarrafamento, e a atrasa por horas...ela tinha q pegar ainda outro ônibus, e de repente aquele lugar comum e público se tornou uma sala animada de bate papo..não quero conformismo, nem gritar "brasileiro não desiste nunca", ninguem precisa, nem merece passar por essas precariedades, mas quanto bom humor, quanta leveza!!

Audwiedersehen!!

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Inglourious Basterds!


Tenho sentido aquela saudade imensa de escrever por aqui, mas sinto q o blog está sofrendo de uma crise de identidade, uma vez tendo ele nascido sob o pretexto de escrever um diário sobre a minha aventura alemã. Algo perene por aqui, entretanto, sempre foi a minha (dependência), paixão pelo Cinema. E eu estava sentindo como q uma crise de abstinência desse lugar mágico, onde eu sempre posso esvair-me do resto do mundo e me permitir a uma viagem dentro da mente, dos sonhos, das criações de artistas, como no caso de ontém, de Quentin Tarantino.

Quando eu penso em Cinema do jeito q eu gostaria de fazer, não consigo imaginar alguém melhor q ele para servir de exemplo. Não q seja o meu genero preferido, ou q o considere o melhor de todos, mas pura e simplesmente por perceber q ele consegue aglutinar fatores dificilmente coexistentes em uma dinâmica praticamente impecável. O humor, a qualidade estética, a profundidade do roteiro, a direção de elenco em uma melodia (Sempre) harmoniosa, sem contar a trilha sonora. Trocando em miúdos: entretenimento de qualidade. É arte q vende, e tenho o dito!

Pessoalmente prefiro optar por filmes com menores doses de violência, (em alguns momentos parece q ele deu uma resvalada proposital a uma referência aos filmes B de terror q ele tanto adora). Por ser um filme "de época", fiquei me perguntando onde estaria Tarantino dentro de tudo isso, será q ainda conseguiríamos reconhecer os traços q o marcaram pra sempre desde Reservoir Dogs (Cães de Aluguel), as tiradas características dentro dos diálogos despropositados com a história principal? A resposta é sim, e impressiona. Ele, como vaidoso q é (graças a Deus), estava "atuando" em cada cena, era a assinatura dele, intacta depois de todo esse tempo de saudade. Atuações espetaculares de um Brad Pitt impagável no humor, e em especial do brilho q ofuscou a todos de Christoph Waltz na pele do Coronel Hans Landa. Elenco como sempre é 50% do filme.
(spoiled) - se não viu ainda o filme, não continue lendo.
Outro ponto (o final) é a imagem dos alemães, tenho uma certa implicância com as ilustrações unilaterais do holocausto, não por tentar defender o lado deles, mas pq nada na vida é dividido entre bem e mal, sem distinções...demonizar toda uma nação não ajuda em nada a tentar entender o q aconteceu...e ele tbm dá esse toque humano a um alemão (o meu querido Daniel Brühl) com um quê de humanidade, q é tolo o bastante ao se apaixonar por uma judia sobrevivida de um massacre. O resto é Tarantino, com suas coincidências, a sua apresentação reservada e especial para cada um de seus personagens, seu toque de azar para alguns no lugar e na hora errados, e muita sorte para o triunfante personagem do final. Certas coisas q só podiam acontecer num filme de Quentin Tarantino.
É isso, acho q matei minha sede de arte por essa semana...

Aufwiedersehen!!

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Olímpiadas RIO 2016!

"Aguentem os cariocas agora..."

As opiniões divergem, o dinheiro q promete ser investido tem proporções faraonicas, mas a verdade é q o Brasil ganhou mais essa...confiança o povo de fora deve estar tendo...


Aufwiedersehen...

terça-feira, 29 de setembro de 2009

EMPREGADA NOVAMENTE!

Eu fico na minha, querendo continuar vivendo sem esse vicio da escrita, sem dar asas pra essa minha mente voadora/sonhadora, mas nao consigo...acredito q daqui pra frente voltarei a ter algumas historias pra contar, e isso com certeza e uma otima noticia. Eu consegui um emprego!!Assim, meio no pulo, ainda entre uma depressao, crise dramatica existencial e outra, do nada recebo a BOA NOVA: "Decidimos ficar com vc!". Oh coisa boa de se ouvir...passaram-se quase dois meses desde a minha volta do velho continente...eu fiquei um mes olhando meu umbigo e revivendo dores pateticas provenientes do crescimento q me aguardava. Aquela sensacao q vem logo depois de percebermos q nao ha mais escapatoria, nao temos mais para onde fugir, q o tempo de estudar passou (ate vc trabalhar e conseguir dinheiro pra estudar mais), e hora de cair no batente! Milhoes de duvidas passam pela nossa cabeca: "Q direcao eu quero dar a minha carreira?", "Vou atirar mesmo pra todo lado?", "O salario precisa ser alto, o emprego nao interessa", ou "O dinheiro e consequencia de lutarmos por aquilo q nos desperta paixao e o q importa?". Bom...acredito q pensei, ponderei, e tentei todas essas alternativas...mas agora, assim meio de sopetao chego a SP, a capital afinal tbm me sugara...e eu fico aqui, nessa corrida desenfreada atras do sucesso e da sobrevivencia, como todos os outros milhoes de brasileiros...(ficou piegas neh?), ainda vou demorar pra perder as caracteristicas dramaticas de novela mexicana conseguidas nesse periodo da minha vida...se ajuda dizer, estou focada na busca pelo pragmatismo...
Vale dizer, q nesse meu primeiro dia, andei ida e volta as ruas de SP para achar o ponto certo, peguei chuva sim, peguei taxi pq nao via o ponto, e fiquei nessa...so pra nao perder o costume...volto em breve dessa vez, prometo!

ps:ainda estou aprendendo a mexer com os acentos do nosso querido mac. Desculpem-me os erros gramaticais.

Aufwiedersehen!!

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

E por falar em saudade...

Esse blog já sobreviveu a fases de maior apatia de minha parte, de total abandono, e as vezes eu penso comigo q esse suposto abandono dessa suposta ferramenta tecnológica, tem muito a ver com um abandono de mim mesma...um tempo q eu guardo pra mim para parar, pensar, refletir sobre o q sou eu. Bom, sem querer ser pessimista, continuo distante de me re-auto-descobrir, mas sinto q aos poucos vou criando uma rotina produtiva. Já se passou quase um mês desde a minha volta, e minha maior luta, (percebo isso somente agora), é tentar relembrar q tudo valeu a pena. Q o esforço se fará por válido em algum momento. Mas mais uma vez esse jogador implacável e misterioso q é o tempo me coloca na defensiva. A realidade como sempre se mostra bem diferente daquela pré-concepção q podíamos ter sobre ela. Pra mim essa volta sempre demonstrou um sonho (como eu já repeti por aqui muitas vezes), como q um obejtivo longícuo até o qual eu precisava aguentar, exatos 365 dias. Eu não diria q esse tempo passou rápido, pra mim ele demorou bastante, já q o tempo, além de implacável, permito-me desabafar, é muito injusto. Não sei se por nossa culpa, ou por culpa da nossa percepção frágil humana, à medida q estamos mais felizes, sentimos a sensação de q o tempo passa mais rápido, e vice-versa...e foi bem isso...mas onde eu queria chegar mesmo?...sim!O sonho. O sonho de voltar, transformou-se no sonho do q foram esses 365 dias. Hoje em dia sofro por tentar convencer-me de que eu realmente vivi um ano na Alemanha. Q não só vivi, como convivi, mergulhei, cai, embarquei, me apeguei a essa cultura, e q no final de tudo, depois de tanto nervoso, tanta "frieza", eu aprendi a ama-la. Não sei se o amor é à cultua, ao país, às pessoas e suas diferenças tão encantadoras, ou a esse tempo q se refere só a mim. Tratou-se da minha vida sozinha, e de uma forma ou de outra, apesar de tudo, deu certo.

A sensação de solidão na volta é as vezes inevitável. É como se eu estivesse em um belo campo ensolarado, perto de todas as pessoas q eu mais amo na vida, mas as vezes, algo me leva para um quarto escuro, e me prende dentro de uma sala de vidros. Os vidros são à prova de som, e eu simplesmente não consigo me comunicar com as pessoas daqui, q estão fora. Eu quero dizer coisas, fazer alusões, mas eles não conseguiriam entender, por mais q seja o amor deles por mim, pq nasceu dentro de mim, uma parte grande resultante de toda essa experiência, uma parte q no momento não tem tido a mínima utilidade, ou pelos menos não aparentemente, e é isso. Aos poucos, sempre aos poucos, eu chego lá...

Aufwiedersehen!!

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

E nem tudo são flores...

Passaram-se já duas semanas, eu voltei. Continuo com uma sensação esquisita, como q um amortecimento latente nos meus ouvidos, ainda sinto q estou sonhando, q meu lugar é em qualquer lugar menos aqui. A palavra exata pra esse momento é contradição. Sinto uma alegria enorme de estar aqui perto dos meus, em casa, mas depois das comemorações, da volta tão sonhada, da saudade matada, as preocupações começam a tomar lugar na minha cabeça...é todo um novo estado de vida q eu tenho q me acostumar agora. Estado atual: desempregada. Apesar de continuar igual antes, meu jeito, minhas manias, e tudo o mais...existe algo dentro de mim revolucionado. Eu enxergo tudo diferente, eu espero ainda pelo retorno do resto de mim q ficou na Alemanha. No começo parece mais uma das minhas viagens, e logo eu retorno pra algo q tão dificilmente eu aprendi a amar e acostumar-me.

E então eu entro em outra questão, onde fica esse nosso lugar?Pq depois de 23 anos morando no Brasil, eu vou morar na Alemanha, por apenas um ano, e lá por algumas vezes se torna, eventualmente o meu lar. Sinto hj em dia muito mais o quão abstrato esse termo é. O lar. E faço das minhas palavras as de Bob Marley: "Meu lar é sempre onde estou. Meu lar está na minha mente. Meu lar são meus pensamentos. Meu lar é pensar as coisas que eu penso. Esse é meu lar. Meu lar não é um lugar material por ai... meu lar está na minha mente."

Acho q eu estou apenas tendo um recaída de saudade...uma de muitas, um ano não é pouca coisa.
Aufwiedersehen!!

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Nova (re)adaptação e o retorno tão sonhado...

Estive me perguntando qual seria o prazo de validade para esse blog, criado especialmente para a minha curta aventura na Europa...creio q se ainda sinto essa vontade de compartilhar algo, de escrever e enfim, repensar minha vida através da escrita, nada melhor do q mantê-lo...

Eu pensei, sonhei, imaginei, em todos esses exatos 365 dias em q eu vivi na Europa, com o dia da minha volta para o Brasil, o dia em q eu reencontraria finalmente a minha família...logo de cara posso afirmar q, pelo menos pra mim, alguém sempre cercada pelos familiares desde o nascimento, o maior desafio era passar todo esse tempo longe da minha família... e mais do q um desafio, acho q acabou por ser a razão dessa viagem, a razão para q eu tentasse sentir o q era estar por minha conta, sem a ajuda e o suporte de sempre, aprender errando, e infelizmente, só se aprende errando, posso até adiantar q só se aprende sofrendo...não no sentindo carnal, do sangue derramado, mas isso é algo factual...através do sofrimento é q surge a sabedoria (entendendo sabedoria como algo vivo, em constante mudança e desenvolvimento).

Mas deixando os devaneios pra trás, a minha volta, como q foi?Bom...depois de muuitos vôos...(pro pessoal q ainda está na Europa, por favor, aproveite esse meio de transporte maravilhoso, o trem), peguei "o vôo", aquele q me levaria de novo para a minha pátria...eu pra variar me diverti muito nesse vôo de 12 horas...imaginem um lugar com comida e bebida sendo servidos toda hora, e comida boa, fora vários filmes recém lançados à disposição...além de séries e afins...não consegui dormir e fiquei assistindo tudo. Até o momento em q o canal especial de detalhes do vôo mostrar q estavámos embicando no Recife, ai eu gelei...ainda teríamos mais umas 3 horas de vôo, mas "avistar"a costa do meu Brasilzão, depois de um ano, me deu um certo nervosismo...uma sensação muito estranha, de querer ficar naquele vôo, e naquele meu mundo imaginário q as vezes me suga pra qualquer lugar, menos para a realidade...

O reencontro com meus pais foi diferente do q eu imaginava, eu achava q sairia correndo, chorando, pulando, mas na verdade, apesar de sentir toda a emoção dentro de mim, uma emoção confusa, minha ficha demorou a cair, precisei de uma meia hora para ter algum reflexo, entender tudo aquilo, todas aquelas pessoas, placas e outdoors falando português...o ar do "inverno" brasileiro, mais quente q o ar do "verão' alemão...a percepção muda demais, tudo muda demais...mas depois de uma hora conversando com aquelas pessoas, vendo q o amor não muda, ele continua ali paciente a espera, no convívio, percebi surpresa q parecia q não fazia um ano, q quase não parecia realidade, mas apenas só mais um dos meus tantos sonhos, quando eu voltava ao Brasil...

Aufwiedersehen!!

Barcelona2


e finalmente o mar, a praia, o sol....
"Barceloneta"

Barcelona



Parc Güell e as maravilhas de Gaudí

Madrid


sábado, 1 de agosto de 2009

Na ponte aérea...

Olá meus queridos, venho por meio deste avisar q eu estou oficialmente de férias!!!ehhhhh!!Escrevo já da bela e ensolarada Madrid, o calor é como o do nosso querido Brasil, mas eu nunca reclamarei...abafadooo...solll....e é isso ae...fico por essas bandas até segunda de manha, quando me direciono para Barcelona, lá fico até quinta e depois, na sexta de madrugada é Brasil!!Não prometo q voltarei a escrever antes disso, mas posso já adiantar q estou muito feliz, e preparada para ver os meus rostos tão saudosos!!Até logo mais!

Aufwiedersehen ou seria Hasta luego!!

ps:estou sendo muito bem tratada pela Nessa aqui em Madrid, cama e roupa lavada, e cafézinho...

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Turista na própria cidade2


Marienplatz - a "prefeitura" mais linda do mundo!tenho certeza...

domingo, 26 de julho de 2009

Abschieds...despedidas...começam...


E vai caindo a ficha...


Ontém, sábado...um dia nublado, cheio de nuvens, sol iluminado, mais nuvens, raios de sol, e por ai vai...bem a característica desse verão q Munique nos apresenta...e posso dizer?Eu não poderia ter um último sábado em Munique mais perfeito do q o q eu tive...Uma das minhas melhores surpresas aqui, alguém extremamente presente e amiga, a q eu mais sentirei falta por essas bandas, precisava trabalhar...resolvemos, eu e mais uma amada, nos juntar a ela na casa, brincar com seus dois lindos pimpolhos, e fofocar como sempre nesse sábado de tempo esquisito...planejei/planejamos, uma despedida de classe, uma galera em casa nesse sábado, mas os horários não bateram...ficamos nós mesmas, as três, como sempre por aqui tranquilamente passando o sábado...domingo, um "lago", por aqui See (se diz Zê), Eibsee pra ser mais exata...chamei toda a brasileirada, gringos e amigos de todos os tempos q ainda estão por aqui, e a visão q eu tive, ainda duvido q terei mais linda...ainda estou de queixo caído, nadei nesse lago de águas descongeladas do inverno...de ilha a ilha, cansei, e ainda estou deslumbrada..a imagem fica ai pra vcs...Eu estou vermelha, queimada, e cansadíssima...mas último fds na Alemanha não poderia ter sido mais perfeito...agora, cá entre nós...passamos mais esse dia como outro qualquer, entre amigos, as mesmas bobagens de sempre, as mesmas besteiras, a mesma cerveja...mas na hora do abraço de tchau...aquele até logo mais distante, eu despenquei, e sem aviso prévio...a maioria tinha q voltar pra Regensburg, a cidade q sempre falo aqui perto...e eu parava aqui em Munique...eu os acompanhei até a plataforma em q eles deveriam entrar no próximo trem...aquela roda, aqueles rostos sempre presentes e amados, aquele abraço de "adeus" inevitável...Meu Deus!Até agora estou com esse nó na garganta difícil de tirar...é dificil ver os outros irem, mas vc ir, sozinha...é mais ainda...me lembrei de quem já foi...de tudo q já passou...por mais q nos encontremos, não será aqui, não será na idade em q estamos, não será entre as pessoas q já fomos e não somos mais...Eu sei q parece meio triste, mas é a verdade, e dói...mas faz parte né...quanto a mim, só me resta dizer tchau pra eles, e pra tudo q já passou, agradecer por tudo e todos, e caminhar até o próximo U-bahn (metro), chorando, soluçando, pensando...bem escondidinha pra ninguém perceber, pq não é fácil, e eu nunca vou ter facilidade em deixar as pessoas irem, ou pra ir, enfim....


Aufwiedersehen...

sábado, 25 de julho de 2009

Chuva, sol, chuva, sol



Uma turista na própria cidade...última quinta-feira, um sol de raiar de 35 graus em Munique, estava com tempo livre a tarde, fui dar uma volta, resolvi entrar no cinema e assistir ao novo Harry Potter...três horas e meia depois me deparei com esse cenário..tá ae o "verão" alemão...

Vaneide na saída do metrô da Karlplatz Stachus...

Dicas de filmes

Meu irmão me pediu esses dias pra fazer uma lista de filmes pra ele assistir com a namorada. Bem, pra ele um simples lista, pra mim uma receita valoroza de sonhos extremamente particulares...bem isso. Quando alguém te pede pra indicar um filme, vc tem q levar em conta o gosto pessoal da pessoa, o momento em q ela vive, o q ela quer receber desse filme, por exemplo: "hj quero estar realmente miserável, chorar e pensar na vida..", temos pra isso filmes como: Bicho de sete cabeças, O último dos moicanos, Lendas da Paixão (um dos meus favoritos), Patch Adams e A espera de um milagre são dramas profundos, com lições alegres, e esse, eu recomendo pra casos de não muita sensibilidade: Amor sem fronteiras. Reserve um lencinho ao seu lado....

Temos musicais como,um gênero já bem característicos, um mais antigo, com a guerra do Vietnã de fundo e os hippies em "Hair", pra quem é aficcionado por Beatles, ou mesmo pra quem não é, vcs vão se lembrar dessas canções em "Across the Universe", Moulin Rouge e Chicago tbm não podem faltar...

Bom, pensando e pensando...na verdade não há nada mais gratificante do q se surpreender com um filme, assistir sem esperar nada, e receber aquela tempestade de mensagens e imagens perfeitas para aquele momento em questão...tudo no cinema é muito introspectivo em relação aos receptores, depende sempre de quem assiste..mas pra não pegar uma porcaria, eu diria q olhar o elenco do filme sempre ajuda, nomes como Robert de Niro (com algumas exceções), Brad Pitt (tirando Tróia), Edward Norton, Samuel L. Jackson, Matt Damon, Julianne Moore (minha preferida), Tom Cruise, Nicole Kidman, Penelope Cruz, Tom Hanks, Will Smith, Philip Seymour Hoffman, Laura Linney, Kevin Spacey, Kate Winslet, Leonardo di Caprio, o subestimado Tim Robbins, e pra fechar com chave de ouro: Maryl Streep e a delicia maravilhosa do Sean Penn!
Diretores: sem erro Martin Scorcese, Quentin Tarantino, Woody Allen, Paul T. Anderson, Sam Mendes, David Fincher, Pedro Almodovar, Fernando Meirelles, dentre muitos outros...

Ufa me empolguei, pra fechar, deixo aqui uma lista breve dos queridos dos meus olhos, pra quem se interessar, abri mão de colocar clássicos e me restringi aos mais contemporâneos...lá vai:

1-Clube da Luta (Fincher)
2-X-Men 3 (pra quem gosta do gênero...)
3-Beleza Americana (Mendes)
4-Sobre Meninos e Lobos (fenomenal!) - Clint Eastwood
5-O piano (Jane Campion)
6-Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (Allen)
7-Tudo sobre minha mãe (Almodovar)
8-Boogie Nights (Anderson)
9-Obrigado por Fumar (Jason Reitman - o mesmo de Juno)
10-Na natureza selvagem (Sean Penn)
11-Pulp Fiction (Tarantino)
12-Os Infiltrados (Scorcese)
13-Brilho eterno de uma mente sem lembranças
14-O show de Truman
15-Um sonho de liberdade

Não se esqueçam de resevar se possível um dia pra assistir a trilogia completa de "O poderoso chefão", de tirar o fôlego...olhar a trajetória surpreendente do protagonista, Michael Corleone...

Aufwiedersehen!!

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Boniteza, prettiness, schönheit...

Ausente porém presente, encontro-me, não somente, sempre e profundamente em sinceros devaneios, bem como em época de balanço geral. Nunca assumi aqui na verdade, mas o meu trabalho como "au-pair mädchen", apesar de ser um trabalho propriamente dito (desculpem-me o trocadilho infame), sempre me liberou um bom tempo livre...parei com o curso de alemão, devido ao seu preço exorbitante, fiz a escolha, guardei o dinheiro, viajei, e enfim, vivi...mesmo ainda hj me perguntando se foi a decisão acertada, uma vez q eu poderia estar muito mais avançada na língua. Como nossos pensamentos oscilam, tbm acho q uma língua deve ser aprendida com prazer, e consequentemente, se tivermos a paciencia necessária, deixar ela ir amadurecendo em algum lugar dentro de vc, e ela amdurece (e juro q isso não é desculpa de vagabundagem). É com muito amor q eu guardo essa língua alemã, e todas as suas complexas significações...mas amor igual não há, tal qual o q eu tenho pela língua portuguesa, e foi aqui em terreno germânico, e graças ao meu tempo livre, q eu tive acesso a obras deslumbrantes da nossa literatura, apaixonei-me pela história da Bossa Nova, li livros curtos e divertidos, como Casos de (quase) amor, praticamente devorei obras do nosso querido Chico Buarque, li tbm Fernando Pessoa, Eça de Queiroz e José Saramago...mas nesse momento em especial me reapaixono pelo mestre Erico Veríssimo. Ultimamente, penso eu, menos conhecido q seu filho, Luis Fernando Veríssimo. Em um de seus primeiros romances, curto, praticamente uma descrição de um porta retratos em movimento, "Clarissa" foi um livreto q me tocou nesse momento como poucos. A história da menina do interior q vai descobrir com seus 13 anos a cidade grande da Porto Alegre do começo da déc. de 30, pareceu-me um retrato muito próximo de mim mesma...outro cenário, numa outra idade, mas particulamente próximo, no final do livro ela completa 14 anos, pode usar salto, a mãe permite...eu aqui no final vou completar meus 24 aninhos.
Sobre a beleza flagrante, o livro é bem isso, ele exalta tudo q uma apaixonada como eu valoriza na vida...as pessoas, as cores, a natureza (primavera no livro), o sol, os cheiros, sabores, descobertas e finalmente as pessoas e suas idiossincrasias...ufa...no prefácio do autor, Erico relembra seu romance com um carinho especial pela sua protagonista, e se confessa um admirador deveras exaltado da belezura, e do perfume q jorra dessas páginas...

"(...)vê que entre um dia e outro passados no regaço da pensão, ela mesma cresceu e o mundo toma percursos inesperados; mais cedo ou mais tarde temos que abdicar de umas coisas em proveito de outras, deixar as pessoas amadas, para só então ter noção de quanto as amamos. (...), no centro de todos esses dilemas está uma só palavra: surpresa." (prefácio de Rodrigo Petrônio).

As surpresas durante esses 11 meses e meio têm sido das melhores, algumas nem tanto,mas acontece quando se brinca em terreno desconhecido, quando se permite ousar, e tudo vale a pena no final, assim q eu penso...acho q me encontro otimista até então. As malas já sairam do armário, juntar a tralha depois de tanto tempo não é nada fácil, muito menos divertido, mas vou fazê-lo, a fim de estar logo em breve ao lado dessas pessoas q agora eu sei o quanto amo. Uma semana, a última em Munique, sol a pino (apesar da inconstância do tempo, e das chuvas) o coração aperta, mas chega a hora, e lá vou eu...

Auwiedersehen!!

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Do chão...


Uma quinta-feira qualquer aqui em Munique no Englisch Garten...

terça-feira, 14 de julho de 2009

11 meses longe de casa...

Eu fico por aqui comentando filmes, colocando fotos de lugares paradísiacos no verão europeu, mas vcs devem se perguntar, e ae minha filha?Qual a sensação?Vc morou, eu diria até, vc sobreviveu há pouco mais de 11 meses na Alemanha, como babá, e o mais importante, as duas famílias q passaram por vc sobreviveram...vc tá voltando, menina, daqui pouco menos de um mês, e ae??

Bom pessoal, é uma mistura esquisita de emoções q toma conta de mim....é como se eu tivesse chegado aqui, e durante os três primeiros meses, tinha na minha cabeça, a todo momento lá longe o sonho de voltar pro Brasil, os rostos amados, nessa época, estavam como embaçados pela distancia, como se eu corresse em uma esteira q não sai do lugar. Foram três meses pesados...mas eu tentava afastar da minha cabeça essa idéia de voltar, eu simplesmente tinha q me adaptar e continuar vivendo até o fim...passaram-se os três meses, quando as coisas começam a se encaixar, a língua já não é mais estranha, o modo de vida idem...mas exatamente nessa época vem o inverno...(no meu caso), era novembro...vejo a neve pela primeira vez, aquela sensação mágica inevitável, e ai mais inverno (dezembro), e um pouco muito mais de neve e inverno até meio de abril....neve, neve, e mais neve...toda essa história vcs já sabem, de como eu sou sofredora, e vencedora, luto até o final..ahahhahaha....brincadeira...na verdade eu tive muita sorte nessa terra, encontrei pessoas maravilhosas, inesquecíveis, aprendi a amar a Alemanha, e ter um carinho incondicional pela (cerveja), cultura q me acolheu...Meu tempo aqui está contado..aquela mesma esteira q não andava no começo, agora parece q me puxa de volta com muita rapidez, e eu ainda quero terminar algumas coisas, rever rostos e lugares, mas não sei se vou conseguir, e realmente parei de me cobrar...se tem uma coisa q eu preciso aprender, a maior dificuldade na minha vida na verdade, é a simplesmente deixar as pessoas irem, se eu pudesse eu comprava um desses milhares de castelos por aqui, e colocava todos para morar juntos....

E pra falar ainda mais sinceramente, eu to me pelando de medo. ISSO MESMO!Já ouvi muito falar dessa tal de depressão pós um ano fora, tenho medo q ela me acometa, somando-se ainda ao fato de eu não ter um emprego, não ter tbm mais faculdade, apesar de ter uma família linda e amada me esperando, agora é comigo, a vida já é só minha há algum tempo, dessa vez incondicionalmente...por aqui eu quebrei máquinas de lavar, quebrei pratos, perdi chave, perdi trem, quase perdi minha carteira de motorista em Paris, congelei meu pé no frio, escorreguei e cai no chão, chorei, esperneei, chorei mais um pouco lendo um e-mail de bom dia do meu pai, amei, odiei, enfim...acho q pra uma pessoa razoavelmente calma e fleumática como eu, foram fortes emoções, senti um pouco desse sangue quente, passional, um pouco de novela mexicana pra minha própria vida, e agora eu volto...não sei se flagrantemente diferente, não sei se totalmente perdida e sem assunto, não sei se a mesma porcaria de sempre..hehe...mas eu volto, e volto feliz. E como diria meu "conterrâneo" Nietzsche: "É necessário ter o caos aqui dentro para gerar uma estrela."

Recebi uma carta da minha agência de Au-pair por aqui: "Wir wünschen ihr noch viel Glück und Erfolg in ihrem weiteren Leben und hoffen, dass sie sich immer wieder gerne an ihre Zeit in Deutschland erinnern wird."* q assim seja....oh língua linda!

Aufwiedersehen!!
"Nós desejamos a você ainda muita sorte e sucesso na sua vida daqui pra frente, e esperamos q vc sempre se lembre com carinho do seu tempo na Alemanha."

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Na imensidão do azul

Sábado último em Bregenz na Austria...Bodensee, o lago mais famoso por essas regiões (sim, isso é um lago, não é mar). Desse ponto avista-se três paises, Austria (onde estou), Suiça e a Alemanhazinha....simplesmente de tirar o fôlego.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Munique/Alemanha - 19:15h


"Sveitabrúðkaup"

....E então como prometido...passei por bons momentos nesse "27. Filmfest München 2009", mas nenhum dos momentos se comparam às 20:00h da última quinta-feira, dia 02 de julho...pra quem não entende muito bem islandês (rs) o título acima é o nome do filme q foi traduzido como "Country Wedding" em sua língua criativa mãe: "A couple thinks nothing could be nicer than a wedding in the country. It's only an hour's drive from the city but, of course things don't go as planned" (http://www.bfi.org.uk/lff/country_wedding). Poisé...a diretora do filme, Valdís Óskarsdóttir, foi curta no seu ingês carregado de islandês antes do filme começar: "I hope you like our movie.." ou alguma coisa do tipo, ao q foi respondida com um aplauso de empatia, e toda a projeção foi uma viagem com o filme, e tbm de troca de boas sensações entre os tantos desconhecidos q lotaram a sala do Cinemaxx nos arredores do S-bahn do Isartor.
O filme se consiste basicamente em um casamento, ou o caminho até o casamento propriamente dito. Os noivos são separados um em cada ônibus,com suas famílias e conhecidos em questão, para o bem da sorte claro, não se encontrarem antes da cerimônia.
Durante o caminho, q deveria durar uma hora até a capela no interior, se o noivo não estivesse realmente perdido, uma série de acontecimentos trágico (para a noiva q espera q tudo seja perfeito), cômicos (para nós espectadores q quase nos matamos de rir), fazem desse filme uma comédia simples e cativante como há tempos não assisto. O roteiro, escrito juntamente com o elenco impecável, vale lembrar, é de uma dinamicidade e humor negros contagiantes...a platéia ia ao delírio, aos risos, e tbm se emocionava com a profundidade das histórias contadas...não conto mais, pq eu desejo de coração esse filme a todos, sem distinção...
....

Na sexta dia 3 de julho, no restinho de tarde de verão por aqui, por volta das 19:00h, a caminho da minha última projeção do festival, a sensação de pertencimento não podia ser maior, aquela brisa suave, a temperatura perfeita depois de uma das muitas chuvas de verão q andam caindo por aqui, me levou quase q flutuando até a sala de projeção. Eu me sentia mais do q nunca uma moradora incondicional de Munique, no meio dos tantos visitantes e perdidos pela cidade para o festival de Cinema, lá estava eu, na minha cidade, no verão, num sexta-feira, me dirigindo a uma sala de cinema para um filme de Steven Soderbergh...
Já comentei sobre ele com vcs por aqui...ele tem sido um dos meus preferidos diretores nos últimos tempos, alcançou fama através da saga hollywoodiana "11 homens e um segredo", mas o negócio dele é vídeo independente, como o q o sagrou como o mais novo vencedor da palma de outro no festival de Cannes, com "Sexo, mentiras e videotapes" (assistam!). Enfim, foi para mais um desses filmes independentes de Soderbergh q eu me dirigi nessa última sexta. "The Girlfriend Expierence" conta a hisória de Chelsea, vivendo a evolução da profissão mais antiga do mundo nos nossos tempos atuais e tecnológicos...mesmo cercada de cuidados, e exercendo seu ganha pão na high society, ela trava lutas diárias com o seu eu feminino q tende a intervir no seu eu profissional, dividida entre vencer na vida, ser a melhor no q faz, e manter o namorado, não se trata somente de uma luta moral. Vale a pena!E assim, acaba meu festival....

Aufwiedersehen!!

olha o barraco em Country Wedding


segunda-feira, 6 de julho de 2009

Quinta-feira...

A minha quinta-feira começou iluminada às 19:30h ao assistir ao chocantemente engraçado humor islândes em "Country Wedding", q eu quero comentar melhor na próxima postagem (tá na hora de ir pra cama...), tenho mesmo um tempinho pra fazer uma breve observação para o déjà vu q é o filme "The Edge of love", do diretor inglês John Mayburry, o mesmo do ótimo Camisa de Força. Não quero soar pedante, ou muito crítica, mas pessoalmente o filme não me trouxe nada de novo...se não fosse um lançamento teria quase certeza de já o ter assistido..sempre com a já querida e marcada dos filmes de época e quase uma sobrevivente da 2a Guerra Mundial, Keira Knightley, q sempre atua muito bem, mas parece q sempre na mesma linha de atuação, com a mesma personagem...o filme gira em torno de um amor de infância, a nostalgia de algo q não chegou a ser, com o pano de fundo da guerra, envolvendo ou atuando sob a transformação dos indivíduos...acho q eu já vi em algum lugar...


a nova, porém antiga Keira, no papel principal com um dos seus dois pares românticos...
...continua...

ainda na quarta...



...continuando nas salas de cinema, as 00:00h, assisti a "Truffe", o curioso filme do canadense Kim Nguen. O próprio estava lá antes da projeção, com o jeito canadense bem humorado de ser, fez uma breve aprensentação, nos explicou como o roteiro foi se montando em sua cabeça de uma forma meio maluca e surreal, q ele prentendia colocar em cheque esse consumismo q nos assola todos os dias, mas tbm com uma dose de humor, em uma estética noir, em preto e branco q ele acha lindo, e uma pitada de inspiração nos filmes B de terror. O resultado é um filme com certeza curioso, bem interessante e engraçado, pra ver com a cabeça aberta para um entretenimento de boa qualidade...

Engraçado ver um diretor jovem, fazendo piada, e fazendo cinema de uma forma aparentemente leve e com livre iniciativa criativa, ele até brincou q depois de terminar o roteiro saiu a caça de algum louco q quisesse dar dinheiro pra pagar aquilo!(o q parece q ele conseguiu...) e ainda no final comentou o fato de "nós" aqui na Alemanha termos permissão de beber cerveja no cinema, q ele tinha inveja pelo fato de em Montreal eles não serem permitidos...funny gye...


....

Filmfest München - 1o de julho (quarta-feira)

Ao lado cena da parte da inglesa Jane Campion, ilustração sobre o nosso modo de lidar com o meio ambiente.


O tão esperado (por mim em especial), festival de Cinema de Munique, o segundo maior festival internacional de cinema da Alemanha, depois do Berlinale, começou na sexta dia 27 de junho. Já havia me preparado há tempos pra esse festival, um presente sem precedentes pra mim na minha própria cidade, mas a como a minha agenda varia de acordo com as necessidades q surgem no meu trabalho, então, não estava lá tão livre pra participar do jeito q eu gostaria (leia-se, acordar, almoçar e ir dormir nas salas de cinema). Comprei o meu ticket especial com antecedência, o "silbercard", q valeria por 5 projeções de minha escolha...fiz o meu pacote, q começaria na quarta, dia 1 de junho.

Minha primeira escolha era uma coletanea de 8 curtas de diretores conhecidos internacionalmente...trataria dos 8 obejtivos para o ano 2000, traçados pelos paises participantes do G8...o filme consistia em uma versão particular, de acordo com o seu país de origem, ou mesmo um vislumbre pessoal, de autoria de cada diretor convidado..uma iniciativa francesa. Abrindo um parênteses, o legal desses festivais é q antes da projeção propriamente dita, há uma apresentação primeiramente por parte da organização do evento e depois uma breve descrição de algum realizador do filme, como uma apresentação de uma peça teatral..nesse caso, um produtor francês, nos explicou em poucas palavras o q eu acabei de dizer sobre a iniciativa do filme, enfatizando o seu caráter independente, variando de autor para autor (leia-se diretores).

O time básico internacional contava com nomes como o do alemão Wim Wenders, da inglesa Jane Campion, do americano Gus Van Saint, e do ator e agora direto Gael Garcia Bernal por exemplo...
O filme ganha pontos pela ousadia e confiança nos autores/diretores, mas em muitos momentos tornou-se flagrantemente parecido com um vídeo institucional, por outro lado, fui brindada com momentos de leveza e simplicidade com a ótima Jane Campion (a mesma diretora de "O piano" - um dica tbm), e um surpreendente e consistente novo diretor, Gael Garcia Bernal e sua participação.

....

terça-feira, 30 de junho de 2009

para sair um pouco da realidade...

....e voar para lugares já conhecidos, porém fotografados por um mestre...Estive hj novamente na linda Roma, mas dessa vez no ano de 1960, através dos olhos de Federico Fellini.

Um dos meus muitos sonhos é assistir a todos os clássicos propagados pela indústria cinematográfica até então...é estranho ouvir falar de filmes como Casablanca, ...E o vento levou, bem como A doce vida, imaginar várias coisas q se constroem em nosso imaginário, seja talvez por osmose, seja pelo q é dito massivamente, ou pelas próprias imagens (vide a icônica cena da personagem Silvia banhando-se maravilhosamente na Fontana di Trevi)...a realmente experienciar tais filmes, e apenas concordar q sejam vistos e revistos através dos tempos, e proclamados, cada um a sua maneira como clássicos...

"La dolce vita" era pra mim um filme tradicionalmente sobre o amor romântico, um sonho europeu, com certeza esperava algo deslumbrante, mas o q assisti hj foi, bem ao gosto de Fellini, uma harmoniosa miscelânea de genêros humanos, de alegria, boa vida, com dramas e tragédias diárias...a incoerência dos sentimentos intimos entreposta à nossa realidade dependente, e de como nos maltratamos, à medida q os outros mais estejam dependentes e vulneráveis a nós mesmos...essa loucura q é a vida, e essa cor q brota naturalmente e tão igualmente tanto da alegria e do deslumbramento quanto do sofrimento profundos.
Uma lembrança especial para a crítica recorrente do diretor italiano às Mídias (nesse filme em especial as revistas e tablódes), e a desumanização decorrente dessa busca. (Foi a partir desse filme q o termo paparrazo, definindo os fotógrafos a espreita de escandâlos, começou a ser usado.)

O saudoso Marcelo Mastroiani, bem como muitos dos antigos galãs, desde Humphrey Bogard a Clark Gable, com o pró de ter esse charme italiano, deixa ai uma aula de talento para os nossos atores do presente.

Aufwiedersehen!!

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Mais uma vez Italia...

Ultimamente tenho sentido o chamado do tempo, e lembrado q estou ainda cheia de possibilidades na Europa, a tão agora familiar Europa, porém com os fins de semana, o dinheiro e a energia para viajar contados...aprendi a utilizar um meio de organização muito interessante, o check list, a seguir o meu:
  • visitar os pontos turísticos q me restam aqui em Munique;
  • Dahau, o campo de concentração;
  • Düsseldorf e Colônia (Alemanha);
  • Dresden (Alemanha)
  • Veneza;
  • Budapeste;
  • Berlin só mais uma vez...ahh Berlin...;
  • Regensburg, minha cidade amada;
  • Pforzheim e Stuttgart;
  • Barcelona e Madrid (passagens compradas, tudo certo!)
  • Konstanz, e o Bodensee (um lago q parece mais uma praia, famoso aqui na Alemanha);
  • minhas origens em Padova. (CHECK)

Bom...conto até minha partida, livres, 5 fins de semana, então, a não ser q eu seja clonada (o q deve ser evitado para q o mundo permaneça de pé), acredito q não conseguirei cumprir todos os meus destinos almejados...deixa pra próxima...mas esse último fim de semana estive novamente na minha já amada Italia...num impulso de quem logo vai embora, chamei um amigo meu, me planejei com os sempre presentes "mitfahrgelegenheit" (as caronas...), e fui no sábado de manhã, quando eu vi o último sol nessa terra q só nos manda chuva e tempo nublado em pleno começo de Verão, para a Italia...mas precisamente para o norte. O caminho de mais ou menos 5 horas de carro é de encher os olhos, e vimos a mudança do tempo cinzento e fechado da Alemanha, começar a se iluminar na Austria, para enfim alcançar o ápice de um verão merecido na Italia. Fomos deixados em Verona, e minha expectativa não era das grandes...já haviam me falado q a cidade não tinha nada demais, a não ser por ter sido a cidade de Romeu e Julieta de Shakespeare*. A viagem toda na verdade foi de uma não pretensão própria das viagens feitas de última hora..caminhamos a cidade de ponta a ponta, e foi realmente adorável...uma cidade linda linda linda, com o charme italiano e interiorano ao mesmo tempo, já abarrotada de turistas...e tem tbm um arena, como uma miniatura do Coliseu, bem interessante...

Continuação, de acordo com os nossos planos, nos dirigiríamos para Padova, possível cidade dos meus antepassados italianos...logo na chegada a noite, sentimos a discrepância com a Verona de pouco tempo atrás, a região perto da estação principal é bem esquisitona e cheia de um povo ainda mais esquisitão...procuramos uma lan house para achar um hostel decente para ficarmos...detalhe: interior da Italia, tente se virar no italianês, pq inglês não rola messsmo!Tentei procurar o meu sobrenome na lista telefônica, mas não tinha lista...fomos para o Hostel...o caminho nos mostrou bem mais interessante, e a nossa primeira impressão foi passando...uma cidade também muito bonita, e toda movimentada como deve ser toda cidade num sabado a noite..eu e meu companheiro achamos o hostel, juntamos o resto de nossas forças e nos dirigimos para beber uma cervejinha na praça principal, sentados na mureta observando os adolescentes italianos, todos chiques, querendo impressionar com suas lambretas e carros, ou do jeito característico de cada um, do mesmo jeito q todo adolescente nessa fase de auto-afirmação....opa, senti uma nostalgia??oh tempo bom....mas nem faz tanto tempo...

Dia seguinte caminhamos, caminhamos...mas era domingo, tentei falar com um paróco na igreja, pedir o registro dos nomes da cidade (conselho do meu tio...), mas ele me disse q era domingo, q isso era no cartório, q só abria na segunda, com um sorrisão no rosto, como se eu não fosse perder minha chance, e ainda estivesse lá na segunda...detalhe, tudo em italiano..eu achei q eu to fluente, meu amigo não concordou...enfim...A cidade continuou linda, o sol cada vez mais forte, os velhinhos iguais aos meus tios e avós por todos os lados, e chegou a tardizinha, eu me encontrei com a minha carona e voltei para a cinza (até agora!!!!), Munique...

*Romeu e Julieta pertence a uma tradição de romances trágicos que remonta à antiguidade. Seu enredo é baseado em um conto da Itália, traduzido em versos como A Trágica História de Romeu e Julieta por Arthur Brooke em 1562, e retomado em prosa como Palácio do Prazer por William Painter em 1582. Shakespeare baseou-se em ambos, mas reforçou a ação de personagens secundários, especialmente Mercúcio e Páris, a fim de expandir o enredo. O texto foi publicado pela primeira vez em um quarto[a] de 1597 mas essa versão foi considerada como de péssima qualidade, o que estimulou muitas outras edições posteriores que trouxeram consonância com o texto original de Shakespeare.

Arrivederci!!

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Jardim de Versailles...


O jardim que não vimos, a não ser pela janela...(o céu tbm não tava pra brincadeira..espetáculo!)

Versailles...


Fachada do Palácio de Versailles e as 4 "tchóla" da viagem...

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Continuação Paris...

Continuando, no segundo dia, sexta-feira...finalmente consegui descansar e
no outro dia acordar "fit" para a nova batalha turística (primeiro dia numa cidade turística é sempre uma corrida desenfreada para conseguir passar por todos os pontos importantes e conhecidos possíveis no mais curto espaço de tempo...ufa..cansa só de pensar). Conhecemos finalmente o Arco do Triunfo, a famosa avenida Champs-Élysée, com suas grandes marcas, pelas quais passamos respeitosamente e sem entrar nas lojas..., mais alguns lugares...e então, acabamos de ver muito do q tínhamos colocado como meta antes e já estávamos estafadas de tanta andança, fazia tbm um calorão (q eu estou longe de reclamar), e tb pq queríamos estar vivas para a festinha programada na casa de um conhecido francês a noite, fomos embora um pouco mais cedo pro hostel... nos arrumamos, descansamos e saímos pra noite parisiense...q é um espetáculo a parte..aconselho a todos q forem pra lá, q se resguardem para uma boa caminhada na cidade luz (não me admira o nome), durante a noite...é de cair o queixo! Já na casa do meu amigo virtual, a festança com os franceses, seus vinhos, suas pastas e seu temperamento delicioso foi uma maravilha, cada vez mais percebo como eu amo esse jeito "latino" (se é q se possa chamar assim), de ser. Eles tem o jeito parecido, aberto e espirituoso dos italianos pelos quais eu tbm me apaixonei a primeira vista, é tudo tão próximo, familiar, natural, e espantosamente alegre depois desses meus 10 meses na Alemanha, parece até q eu não nasci onde eu nasci...bom pra relembrar o lugar ao qual eu pertenço...(sem desfazer dos alemães,mas cada um é cada um, e eu não sirvo pra alemoa). Dia seguinte guardamos especialmente para o "Chatêau de Versailles", q de chato não tem nada (risos risos...há há há), talvez o palácio mais famoso do mundo, aquele, invadido pelos revolucionários franceses q expulsaram toda a nobreza folgada e gorda em 1787...enfim...o sol estava de rachar, mas isso não nos impediu de esperar na fila por quase 1 hora e meia...valeu a pena, demais! Passeamos lá por dentro por umas duas horas, mas por pura burrice perdemos de continuar e ver o jardim gigantesco, realmente nos perdemos naquele lugar imenso..esse fica pra depois...pegamos o nosso trem pra voltar pra cidade (o palácio fica há uns 40min de trem de Paris), e ficamos de procurar um bom lugar para comer, pela primeira vez na cidade, provar algo típico...o q acabamos por não fazer, mas isso não vem ao caso, vem ao caso q olhando os preços dos menus de um dos mil restaurantes q estávamos procurandoo, do lado de um parque qualquer , no qual paramos para descansar na grama, eis q eu avisto um rosto nacional conhecido...era o ator Dan Stulbach...tento explicar e mostrar paara as minhas companheiras lerdas, mas elas ficam no "hã hã hã?", ele passando, ele indo embora, eu perdendo a oportunidade, eis q eu grito sem pensar um: "Dannnnnnnn!!", ele se vira, eu vou ao seu encontro seguida das minahs amigas q começavam a compreender, peço pra tirar uma foto, ele aceita impassível, as quatro sem reação, alguém diz "pega a camêra", a outra responde "ah..tá..", queremos tirar a foto, pedimos pra namorada, ela tira, eu dou dois tapinhas nas costas dele e digo "sou sua fã viu..", e sou mesmo... Parece coisa de tiéte besta, e na verdade não deixa de ser, mas eu realmente respeito o trabalho do cara, e considero um dos bons da geração atual de atores brasileiros q não se restringe às novelas globais e personagens de meia tijela..além de ser gatão, vamos combinar...



Terminamos o dia feliz, no Trocadero, estação próxima a da torre Eiffel, na verdade o ponto principal para ficar olhando a torre, um lugar muito agradável, esperando até meia noite para o famoso show de luzes da torre.
Último dia...domingo de sol e calor escaldantes, acordamos cedo para chegar cedo no jardim q fica na frente da torre, para nos despedirmos dela, e tomarmos um merecido café da manhã de despedida...pegamos o carro e finalmente nos dirigimos de volta para a Alemanhazinha...agora é só ligar o GPS, quem começa dirigindo? eu respondo: "eu começo", fácil assim?acabou a viagem?Incorreto!Primeiro q ao sair dirigindo, notamos muitas buzinas atrás de nós, pessoas nos chamando, pensamos, nosssa....q q há mermão??quando caimos em nós, vimos q tínhamos deixado o porta-malas aberto. Sim meus amigos, e não para por ai. Não sei se vcs já ouviram falar, mas a cidade de Paris é muito conhecida pelo caos no seu trânsito, pelo alto número de carros e motoristas malucos...bom, parece q eu era um deles naquele domingo dia 14 de junho inesquecível...eu tbm sou bem conhecida pelas minhas aventuras no trânsito, na direção e ainda mais particularmente minha afeição quase doentia pela contra-mão. Isso mesmo, desde o dia q eu reprovei na minha primeira prova de direção, lá pro final de 2003...eu tentava acompanhar o pensamento do GPS alemão, acompanhar as regras de trânsito francesas, ouvir meus amigos não muito amáveis gritando em português pra me falar pra onde ir, deu q eu entrei contra-mão, parei em lugar errado,no meio de uma avenidona, e quase q concomitantemente avistei um guardinha me chamando pra encostar. SIM, eu fui parada pela policia em Paris. (Se eu tivesse q morrer de infarto eu já teria ido dessa pra uma melhor naquele instante).

O guarda veio e deslanchou a falar francês, demorei um pouco, me recompus, não consegui dizer nada, ele mesmo disse "english?", "y-y-y-es...", conversamos, pediu pra ver minha carta do brasil, pediu o passaporte, a permissão alemã (q estava no porta-malas, ele pediu pra eu pegar, eu disse q sim, continuei sentada, meus amigos gritaram pra eu ir pegar, eu fui trôpega, mostrei, ele leu meio rindo, tudo em alemão, viu uma data, era a errada, eu mostrei a certa, pediu pra eu voltar pra frente), ele me puxou a orelha, me disse q eu nao devia dirigir descalça (no Brasil pode não?), me disse várias coisas sobre contra-mão, mostrou a placa, falou q não importa o país q seja, q era uma regra óbvia, em vermelho, etc e tal...q eu tinha q ter perdido minha carta, falta 4.2 ou seja lá o q for.
Eu só consegui dizer: "fique tranquilo meu senhor, eu nunca mais vou dirigir em Paris, eu estou indo embora..."E é isso ae..dessa vez eu sobrevivi, foi tranquilo, depois de umas duas horas eu sai do estado catatônico de stess pós traumático.Voltamos pra Munique e para suas ruas pacatas, ufa...

Aufwiedersehen!







terça-feira, 16 de junho de 2009

parte interna de Notre Dame


Aos 35min do segundo tempo: Cidade Luz!


Sim sim...enrolei, enrolei, e enrolei mais um pouco pra conhecer a tão falada, amada, e divulgada capital francesa. Na verdade morava há cinco horas de carro de Paris no começo, na cidade de Pforzheim (lembram dela?),
depois dos infortúnios do começo, e de me mudar pra tb linda (diga-se de passagem), Munique, e viver exatos 10 meses por aqui nas redondezas, consegui realizar o feito, e conhecer Paris!Vamos a ela..e senta, q lá vem história...
(Fachada da Igreja de Notre Dame)


Começamos a programar essa viagem há uns dois meses, tempo limitado pra quem quer viajar pra um um destino grande desse q necessita de um planejamento mais aprofundado, mas enfim, pesando os prós e os contras, e o pouco tempo até a data desejada, resolvemos ir de carro...tudo pronto, sairíamos na quarta dia 10 de junho de madrugada daqui, e viajaríamos, de acordo com o google quase 8 horas até lá...mas nem tudo sai como planejado né...saimos exatamente às 00:15h, mas fomos chegar lá mesmo 12 horas depois...o sono tomou conta dos motoristas (eram 3 revezando, eu entre eles...), e resolvemos parar para tirar um cochilo, fora o nosso GPS q não ajudava dentro da cidade...enfim, chegamos!!


O bairro pelo qual entramos era bem esquisitão, periferia pelo jeito...eu estava acabada de sono, o q não mudaria no decorrer do dia...depois de uma hora perdidos, esperando a vontade magnânima do GPS de nos informar como chegar ao nosso Hostel, conseguimos!O bairro do hostel é um capítulo a parte "Barbés", como é conhecido, é uma zona bem perigosa de Paris, homens preenchendo o passeio não importa q horas fossem, nós, em quatro meninas, sofremos mais do q passar no meio de uma obra no centro de São Paulo no verão de 40 graus. De acordo com o q ouvimos a respeito das hospedagens juvenis na cidade, o nosso hostel até q dava pro gasto...a área "social" ou lounge ao lado da cozinha era bem movimentada, conhecemos muitas pessoas, conversamos em todas as línguas, inglês, alemão, português, espanhol, e até tentamos entender um francês, mas tava difícil...aliás, um parêteses aqui: reza a lenda de q os franceses não gostam de falar inglês, e isso eu comprovei numa imagem terrível de Paris (Aliás, meu primeiro porto de chegada antes de Stuttgart aqui na Europa), quando nem o comissário de bordo falava inglês. Mas na verdade, eu diria agora que os franceses acreditam q todos entendem ou falam francês, ou pelo menos boa parte das pessoas. Eles disparam na tal língua pra vc, até vc dar um sinal de Stop e soltar um tímido: "English please?", bom, essa é mais uma das minhas diversas teorias, mas q seja...

Ainda sobre o hostel...estávamos hospedadas no mesmo quarto de um canadense muito comunicativo (aliás, ô povo gente boa q são os canadenses viu...), e conversamos sobre a língua francesa e a inglesa, e em como elas coexistem em seu país. Ele me disse q normalmente a família escolhe qual será q língua mãe, o inglês ou o francês, e assim segue passando de pai para filho,a dele no caso tinha escolhido o francês (conversávamos dentro do possível do meu inglês com sotaque alemão e do dele com sotaque francês), mas q cada vez mais isso é uma exceção no país, q infelizmente todos têm escolhido o inglês, e q possivelmente o francês entre em extinção no Canadá, e ele foi ainda mais profético, no mundo!Isso tb devido às letras a mais no vocabulário, como por exemplo vc escreve: Rousseau, e diz apenas "Ruçô", ele contou q nos tempos antigos o número de letras no jornal valia dinheiro, então os espertões das antigas aumentavam uma letra ou outra pra ganhar um extra...poisé...

Continuando...primeiro dia, chegamos no hostel, tomamos uma banho rápido, e fomos pro metrô (lá tbm se chama "metro"), q nesse caso era um ponto positivo, bem ao lado do hostel. Compramos o bilhete diário e nos dirigimos ao Museu do Louvre, o nosso primeiro destino escolhido, e eu diria q uma escolha não das mais felizes...imaginem pessoas q passaram a noite em claro, pessoas q necessitam de no mínimo oito boas horas de sono como eu, um museu no caso, não é lá das atividades mais dinâmicas...mas enfim...posso dever a tudo isso o meu desapontamento com o Louvre...não senti nada de especial ao ver as pirâmides transparentes, (muito esnobe?), e lá dentro então a Monalisa não me tocou...ficamos por ali andando quase umas duas horas mais ou menos...e então saimos para a praça lá fora..linda, grandiosa!fotos fotos e mais fotos..todas com cara de pastel q não dormiu direito..e sim, eu fui um peso morto na nossa excursão no primeiro dia, sem expressão no rosto, encostando em qualquer poste pelo caminho pra descansar, dando uma risada amarela em resposta às piadas de minhas companheiras, não estava no meu melhor dia...não vou lembrar exatamente de todos os lugares pelos quais passamos, mas andando pela cidade já avistamos a torre, sabem aquela meio conhecida, a Eiffel?então...fotos fotos e mais fotos...pra mim sempre é lindo o caminho margeado pelo rio, o Sena é lindo, tem pontes suntuosas, e a vista da torre em quase todo lugar...!Foi já na quinta q conhecemos a igreja de Notre Dame, linda demais!Eu realmente amei...e olha q eu sou meio nariz torto pra igrejas, castelos e afins...não tem comparação..a mais linda q eu já vi, e tem uma aura mágica...lembrei do corcunda, da Esmeralda e da hora q ela canta para Nossa Senhora no desenho, lá dentro da catedral...idêntico de acordo com a minha memória. Foi mais ou menos isso nosso primeiro dia. Voltamos por voltas das 21h para o Hostel, tomamos um vinhozinho conversando com o canadense e o nosso amigo francês q só falava francês, eu desmaiei e tive o sono dos deuses...ufa...no outro dia tinha mais...(Continua...)
Au revoir!!

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Olha ela aí!

O encontro com "ela", a Torre Eiffel (monumento construído em comemoração aos 100 anos da Revolução Francesa, em 1887), é inevitável...pode-se exergá-la de muitos pontos de Paris...até o momento q eu a vi durante a noite estava me perguntando pq tamanho fascìnio em um monumento tão simples...até a noite...

foto by Vaneide

E finalmente Paris


As pirâmides do Louvre do lado de fora..
22:00h
mais ou menos 24o

terça-feira, 9 de junho de 2009

só para constar...



Hugh Jackman pela quarta vez como Logan em cena de "X-Men Origins:Wolwerine"


Direção: Gavin Hood/2009

Vcs q lêem esse blog (oi mãe!), podem pensar, e com razão, q eu sou meio viciadinha em Beatles, pois eu sou,mas multipliquem essa paixão por dois e vcs terão a dimensão do q eu acho de X-men. Minha infância foi rodeada pela espera do desenho q eu assistia por volta das 11:15h todo o dia no SBT se eu não me engano, e em outros momentos fingindo ser a Vampira (q já diga-se de passagem é uma fraude na versão para o cinema da heroína mais interessante da saga), lutando com os meus primos. Fora isso, devorava os gibs criados por Stan Lee e Jack Kirby, e lançados ao mundo nos EUA em 1963. Eu simplesmente delirava com a complexidade desses personagens e seu humor natural, as características individuais, os romances eram bem escritos, os traumas de cada personagem em tentando se adaptar ao um mundo normal, tudo era um pacote completo ilustração da vida humana, adaptação ou não à sociedade,os pré-conceitos, tudo como vivenciamos, só q ainda com super poderes! Isso sempre me fascinou. Depois de um tempo o desenho não era mais veiculado na TV, eu tive q seguir minha vida (sem os poderes) e as histórias espetaculares de X-men, até o lançamento do primeiro filme em 2000. Corri pro grande cinema da minha cidade, e aliás nem existe mais, eu tinha 15 anos e do começo ao fim do filme eu não fechava a minha boca (podem perguntar pra minhas amigas q estavam junto q não devem se esquecer), de êxtase e felicidade por ver toda aquela história e aqueles personagens de novo! A Vampira, do filme, é uma menina boba, tentando se auto-afirmar, tudo bem levando-se em consideração q os poderes na história aparecem na puberdade, mas eu queria ver a Vampira q se torna a melhor de todas as heroínas voando e com super força. Serviu para matar a saudade até...


O terceiro filme da série "X-Men: o confronto final", é um caso a parte em cinema de ótima qualidade...pra quem gosta do genêro é um prato cheio de tiradas ótimas de humor (mérito da personalidade do Wolwerine e atuação do mesmo Hugh Jackman), romance (pra nós meninas nunca é demais), ação, drama, dinamicidade. O filme está entre os 5 top na minha lista...lógico q eu não sou parâmetro, sou fã inveterada. Depois de toda essa introdução, vcs podem entender mais ou menos o meu desapontamento ao assistir a última versão cinematográfica da saga...posso dever a isso o fato de eu ter baixado um cópia ainda não terminada do filme, com as cenas de ação ainda virtuais (o q foi meio engraçado, assistir tudo cinza..), mas concentrando-me nos personagens, tudo foi muito subestimado, tudo q eu sempre curti na série, as características, os diálogos principais, foram relevados a último plano,e nem quero comentar a imitação barata do Gambit (na minha opinião o melhor, e mais interessante de todos depois da Vampira), q infelizmente só foi lembrado agora, e ainda mal interpretado, foi de doer...fica ai o meu descontentamento e decepção. Resta tentar achar os desenhos originais na grande rede e dar vasão à nostalgia....

Devo ter assistido a uma dessas:

"Pouco menos de um mês antes de seu lançamento nos cinemas uma cópia não finalizada de X-Men Origens: Wolverine foi lançada na internet. Apesar dos inúmeros downloads, houve uma campanha dos próprios fãs para que o filme fosse visto nas salas de cinema." (fonte: http://www.adorocinema.com.br/)

Aufwiedersehen!

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Palavras, palavras...

Estou numa luta constante interna pra não escrever certas coisas q eu penso...serei mais clara. Já comentei uma ou duas vezes aqui sobre estereótipos, generalizações e coisas do tipo, e uma vez sendo a metamorfose ambulante q sou, devo ter caído em algumas contradições, primeiramente afirmando quão burras e superficiais essas "cristalizações" são, e em outro momento em como, de certa forma, elas realmente fazem sentido. Ando dividida entre o q eu aprendi batidas e batidas vezes na Universidade, em especial na aula de Sociologia, que não se DEVE generalizar...mas conhecer e ver cada caso, e entre a minha experiência com as pessoas, e principalmente nacionalidades. Pois vejam bem, a escrita, a Internet, os e-mails, até mesmo antigamente as cartas, já dizia uma amiga minha, são meios de comunicação perigosos, apesar de ser uma "escritora" impagável, desde pequena (e olha q isso faz tempo heim...), tenho q concordar com ela. Ao escrever no calor do momento, em determinada ocasião, em certo nível de maturidade (ou imaturidade), cravamos e deixamos para a posteridade o q seja q tenhamos pensado, sentido ou feito naquela determinada época em potencial. E não adianta chorar, jurar o contrário, oq tá escrito, postado, "blogado", tá feito! Só nos resta sempre admitir q podemos mudar de opinião, e isso meu amigo, é uma coisa q eu não tenho a menor dificuldade de assumir, q eu penso isso, eu ESTOU isso, e dá-lhe dialética*!

Eu dei todas essas voltas, formando oitos no chão como uma motocicleta desgovernada pra variar, o característico dos meus devaneios (no momento q saem sempre sinceros até cairem no vento da vida), pq eu imagino q vcs ai do Brasil q lêm esse blog, principalmente meus conhecidos, até hj, por mais q eu esteja aqui já há exatos 10 meses, gostariam de saber o q eu penso dessa cultura q me acolheu (na maioria das vezes) por todo esse tempo, e q é tão diversa à nossa quente (olha a crítica já...), cultura brasileira - não é latina, apesar de haver semelhanças impagáveis nesses povos, mas brasileira. Dizer q os alemães são todos iguais com certeza é uma falácia, bem como dizer q todos os italianos, espanhóis, chineses, americanos (esses, um caso a parte de estereótipo real) e brasileiros tbm são iguais, mas q todos nós e nossas culturas, nacionalidades temos traços em comum, isso temos sim e não adianta fingir q não, então dá pra generalizar hj? Eu digo: Dá sim! Mas de leve...hehehe....

Mito:
  • eles são mal-humorados;
  • eles são grossos (poucas vezes, eu diria q eles são mesmo é sinceros, mas veja bem, em questões mais superficiais, como aparência, linguagem, pedidos em restaurante, muitas vezes no trabalho);
  • a língua é impossível (quando se estuda vc vê q a língua alemã é muito prática e funcional como por exemplo em palavras auto-ilustrativas como "käsefuss", literalmente queijo do pé, ou na tradução: o nosso chulé;
  • eles são frios e não afetuosos (a grande diferença está no tempo de convivência, se eles são formais com estranhos?ou conhecidos?São sim, mas no ambiente familiar, e entre amigos eles podem ser muito carinhosos).

Fato:

  • eles bebem muita cerveja e desde muito cedo, na verdade no séc XVII, por aí, a cerveja era considerada um bem alimentar, bem como o pão (fonte: cardápio da Hofbrau, cervejaria mais famosa da Alemanha);
  • eles são econômicos (para usar o eufemismo né...), comida aqui por exemplo é contada, não é como nas festas brasileiras onde nos reunimos em volta da comida, aqui eles se reunem, e "se bobear" tem um petisco e bebidas normalmente;
  • falam na cara sem aviso prévio o q quer q seja;
  • são curiosos (eufemismo pra xeretas mesmo...);
  • tem um humor muito interessante (sem eufemismo, realidade);
  • ficam desconfortáveis e na defensiva quanto a Hitler e o holocausto;
  • aparentemente trabalham menos q nós, mas na verdade têm um sistema de trabalho q otimiza o tempo de forma inteligente;
  • são "bon vivants" de carteirinha e praticam muito esporte;
  • não há muito contato (o q não significa necessariamente q eles são frios, eles são não tem o costume de ficar pegando nos outros, comprimentando Deus e o mundo com beijinhos e abraços);
  • sempre sorriem quando falamos do Brasil.

Eu poderia dizer mais algumas coisas quanto aos homens em geral e seu tipo característico e quanto às mulheres, mas ai sairiam farpas complexas, opiniões e teorias próprias de caráter subjetivo (q conferem...hhehhe), os quais eu prefiro DIZER pessoalmente pra quem se interessar.Se alguém tiver mais curiosidades por favor não hesitem em me perguntar.

*Dialética (português brasileiro) ou Dialéctica (português europeu) (do grego διαλεκτική (τέχνη), pelo latim dialectĭca o dialectĭce) era, na Grécia Antiga, a arte do diálogo, da contraposição e contradição de idéias que leva a outra idéia.

Aufwiedersehen pra valer agora!Dois meses na contagem regressiva!

quarta-feira, 3 de junho de 2009

não sei mesmo...

fôlego menina!Essa semana ganhei férias inesperadas já q a minha família iria viajar...como tenho planos de viajar pra Paris na próxima semana, o q já necessita de um caixa extra, resolvi ficar por aqui e tentar explorar minha cidade mesmo...cheguei ontém cansada de um fds regado de amigos e novas histórias, cheguei feliz, respirando aliviada por estar em casa...a sensação de acordar, ver o sol, estar sozinha, tranquila e sem horários tbm só me fez sentir bem, sai, andei no centro, nessas ruas já tão conhecidas, voltei pra casa planejando passear mais...mass..ai de mim, e como sofro tentando me acostumar a essa nova pessoa q nasce...vulnerável, carente e dependente..a felicidade logo começou a se tornar uma solidão e depressão potente...criei forças, desliguei a internet e o filme ao qual eu assistia, sai andando sem rumo pela rua, respirando um pouco de ar puro...

Esses últimos momentos, começo dos últimos meses antes do regresso tão sonhado, não têm sido fáceis de lidar...inocência a minha achar q no final tudo se tornaria mais fácil, como eu sempre digo, cada viagem, cada situação é subjetiva, eu pessoalmente tenho apanhado dessa aqui q eu escolhi...e como! Eu simplesmente não consigo não estar com as pessoas, acho q eu já sinto uma saudade quase q insuportável das pessoas do Brasil, e juntamente a isso sinto saudade de tudo q eu vivi aqui, fico pensando como eu queria q existisse um meio termo, uma encruzilhada aconchegante no meio do caminho pra eu ficar, entre a Alemanha e o Brasil, entre o Intercâmbio e a Faculdade, eu adoraria me hospedar por ai...mas tal lugar não existe....Existe o Brasil, a vida adulta irremediável, e cada vez mais escolhas...como diria Scarlet O´hara em "...e o vento levou", "Amanhã eu penso nisso...", quanto a mim, nesse momento, só me resta continuar usando o meu "Prozac" especial, ouvindo o Cartola q não falha em me dar uma boa dose de good feelings... e tentar continuar sorrindo, e levando a vida...ufaa...

Lembro q no começo costumava perguntar COMO ESTU ESCREVENDO...bem, peço desculpas, tenho consciência de q já tive momentos melhores na arte da escrita, mas o idioma corrente no meu dia a dia, e falta de prática têm realmente deturpado essa minha atividade, bem como a fala tbm...parece tudo besteira e esnobismo de quem viaja pra fora, mas isso acontece mesmo, e eu sou o exemplo vivo disso. Só me resta recorrer a algumas aulinhas de português na volta...

Aufwiedersehen!!