E tem mais...

(...)

Um monte de coisa misturada..

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Inferno astral?

Eu não acredito em Astrologia. Pode ser ignorância da minha parte, posso estar por fora do esquema de comprovar certa atitude com um "sabe como é, eu sou canceriana, e tal....", sei lá, respeito (do meu jeito), meio que a contragosto, por ser algo tão arraigado no nosso dia a dia, no nosso bate papo, no nosso molde de personalidade (supostamente). Daqui a quatro dias faço aniversário. Será uma dessas idades clássicas, bem marcadinhas, 25 anos, o tal um quarto de século. Penso nos meus 15 anos, lá atrás, foi uma festa surpresa, e eu não gosto de surpresas, mas dessa eu gostei. Fico pensando em mim, e se eu realmente mudei, ou continuo sendo aquela caipiria do interior, invariavelmente tímida, e por incrível que pareça, e apesar de ninguém acreditar, de cima dos 1.79m (nada mais por favor!), não gostar muito de ter a atenção para mim. Me dizem o contrário, e exatamente graças ao zodíaco, sempre me dizem, "aiii leãozinho"...é o signo egocêntrico, mandão, dominador, e tal...e eu não tenho escolha mesmo, mesmo sem acreditar, eu sou. Estranho isso...meio chato até. Meu dia de aniversário não vai mudar, o zodíaco, os astros e estrelas e tangentes e ascendentes e descendentes não vão mudar. O que eu queria mesmo discutir era o lance do inferno astral, esse termo que eu fiquei conhecendo realmente hoje, antes eu achava que se tratava de um período invariável quando tudo costuma dar errado, época depressiva e tal..mas soube que se trata normalmente dos 30 dias que antecedem o nosso aniversário. Eu ando realmente reclamando de tudo...ando desanimada sim...por mim nem comemoraria nada, mas os amigos insistem e eu sei que no final sempre vale a pena...mas pensando nos meus trinta dias anteriores (26 pra ser mais exata, ainda tenho quatro...), pelo menos pra mim, no meu mundinho, eu, eu, eu, leãozinho...tive momentos ótimos, e depois de analisar, considerei (jamais concluo), que a única coisa que eu sinto é tédio, cansaço, e frustração por que às vezes não tenho tempo de fazer nada, e eu sempre preciso fazer nada. Então é isso, meu inferno astral é não ter tempo de fazer nada. Simplificando assim, fica tranquilo...
Just for the record, no ano passado, trinta dias antes do meu aniversário, se é que existe o termo, eu estava no meu "paraíso astral"...sorte, viagens, e outras coisitas mais...

Aufwiedersehen!!

quarta-feira, 28 de julho de 2010

O pulso ainda pulsa...

Só que sem muita inspiração...

Aufwiedersehen!!

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Balzac e o espírito humano

Desde muito nova apaixonada pelos livros, mal conseguia esperar o momento de aprender a ler, antes mesmo de começar já sonhava com os lugares para os quais um bom livro poderia me transportar, sempre as melhores viagens, sem dúvida (mais baratas também). Dentro dessa paixão, pretendi conhecer os já consagrados escritores do nosso tempo, passeei por Agatha Christi, ainda muito nova...tentei Miguel de Cervantes, mas sem muito sucesso, Goethe, Machado de Assis, Dostoiévski....mas se tem um lugar especial no meu coração para um escritor, esse lugar é do Honoré de Balzac.
Acabo de terminar um livro que conta a história do que conhecemos hj através dele como a idade que inicia a era mais iluminada da mulher: "A mulher de trinta anos". A linguagem dele vem muito do romantismo, com a descrição característica dos ambientes, situações, mas principalmente e o que fascina mesmo em Balzac, é que ele é mestre na descrição da mulher tanto física como psicológica, impressionante testemunhar o entendimento profundo que um homem um dia teve da alma feminina, se é que ainda há alguém. Um ser apaixonado pelo nosso sexo, que conseguiu nos enxergar sem julgamento de valor moral, mas apenas da forma realista e consequentemente peculiar e complexa que fomos, somos e sempre seremos formadas. E pensar que isso foi lá na início do séc XVIII...O amor, a amizade, a frustração, a maternidade encontram todas as suas nuances muitas vezes feias através dele, nosso egoísmo é palpável, mas alcança um certo valor mais próximo do comodismo, de algo que esteve lá e sempre estará, com Balzac nada é o que aparece, mas isso também não precisa ser um grande drama.
Vou guardar essa passagem quando for pensar em lamuriar-me de meus problemas, do padre que vai tentar colocar um pouco de perspectiva no ponto de vista da marqueza de D'Aiglemont: "Pensou um pouco na infinidade dos sofrimentos humanos? Ergueu os olhos para o céu? Viu nele essa imensidão de mundos que, diminuindo a nossa importância, esmagando nossas vaidades torna menores nossas dores?"

Olhamos esse gordinho, com essa mãozinha no peito, essa imagem meio que cômica de homem (quando cômica mesmo são a sociedade e todos nós seres humanos), e mal entendemos o caráter genial de Honoré de Balzac.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

O tempo...

Chego a um divisor de águas agora nesse meio de ano...daqui algumas semanas, comemorarei um ano que eu voltei da Alemanha, e aí chega de ficar sentindo nostalgia da vida no primeiro mundo, por que já passou mais de um ano. Tem também meu 25o aniversário, ou um quarto de século, ou como queiramos chamar.
Essa consciência de tempo vem oscilando muito pra mim, 25 anos é uma ótima idade, acredito que estou no trilho certo de alguma forma, não exatamente onde eu queria estar, imaginava-me talvez um pouquinho mais à frente, mas eu sempre fui meio atrasada, e não considero isso uma coisa ruim, por que eu aproveito cada fase de uma forma tão intensa, que eu quase não olho pra trás com melancolia, por que já foi. Esse "atraso" começou quando minha mãe decidiu que não me adiantaria na escola, (eu poderia por ser do mês de agosto). Por isso, sempre fui mais velha entre meus colegas, e não sei se por meu Q.I. (se é q essa sigla diz alguma coisa), ou exatamente por esse tempo maior de amadurecimento, nunca tive muita dificuldade na escola, nunca fiquei de recuperação e nunca colava (achava uma idiotice não assumir que você não sabe alguma coisa). Eu vou assim, no meu tempo, e não costumava me preocupar muito...até uns três ou quatro anos atrás...E nesse vai e vem, nesse questionamento de tempo de vida, eu fico pensando... Eu sou muito nova, pra entregar as pontas (acho q esse fator permanece até os 90 anos, depois pode entregar...), muito nova pra me lamuriar dos meus problemas...muito nova pra me irritar com coisas pequenas, muito nova pra usar Natura Chronos, pq ainda me dá espinhas...Em compensação, já estou velha sim, pra aceitar joguinhos com o sexo masculino, pra aceitar "aquilo que eu quero ouvir", mesmo não sendo a verdade, estou velha pra ir em balada que toca um som que eu não curto, estou velha pra fazer fofoquinha, pra ficar magoadinha, e também estou velha pra algumas roupas coloridas e de malha.
No meio de tudo isso posso me contentar com algumas doçuras atemporais...eu sempre poderei chorar com uma comédia romântica tonta ou um filme de animação, eu sempre vou poder reler e assistir aos filmes do Harry Potter, eu sempre vou poder beber com meus amigos e falar um monte de besteira, eu sempre vou poder soltar em alto e bom som alguns palavrões queridos, e vou poder deitar no colo da minha mãe e assistir TV enquanto ela faz cafuné, ou poder conversar sobre a vida, o mundo, política e fofocas de celebridades com o meu pai. Eu sempre vou poder brigar com a minha irmã por causa de roupa, ou argumentar contra uma certa simpatia que meu irmão nutre pelo comunismo e que ele não assume...eu sempre vou poder sentar com as minhas amigas pra relembrar o nosso passado, e todas as besteiras q a gente já fez, e rir alto de novo, e do mesmo jeito de sempre com a história repetida....ahhh.. e desse jeito o tempo nem parece tão assustador.

Aufwiedersehen!!