E tem mais...

(...)

Um monte de coisa misturada..

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Vestígios

Como evitar o drama se eu preciso correr dos teus vestígios enquanto você ainda está? Enquanto você me pede calma e brada por "menos"? Eu não sei lidar com "menos" e não saberia dizer se realmente o que ofereço é mais ou melhor. Sei apenas ser meu tudo, ou quase tudo o que deixo a seu dispor, minha alma entreaberta por que se a escancaro você foge e eu não me engano quanto a sua natureza apesar de amá-lo intensamente. Em um mundo onde amar é um pesar. Eu não o idealizo, eu nem mesmo te admiro a todo momento, eu te vejo como você é, e isso pra mim é natural. Saiba que até mesmo os seus subterfúgios não me escapam, suas tramas pra me esconder o amor que sente se revelam na meia luz, no brilho do olho que se direciona a mim em um meio sorriso de quem observa algo querido por ser peculiar e por reconhece-lo em sua peculiaridade. Eu sempre preferi as coisas não ditas, sempre fugi da verbalização, da poluição sonora, mas confesso que já duvido que nós humanos possamos viver sem ouvir o que deve ser dito. Eu padeço por querer respirar e seguir sem você, enquanto o próprio respirar longe do teu me asfixia. Eu sinto falta de mim sem nem mesmo me despedir. Nunca pensei ser tão dura a certeza de que tudo vai dar certo. Essa promessa vazia do sucesso a distancia depois de tudo que está por vir não me serve de nada.
A mim apenas resta o drama que aquece por me reconhecer vivendo em excelência, fazendo histórias que ainda serão ditas. A mim resta realizar a utopia de estar feliz pelo outro, mesmo que o egoísmo que é tão natural me impeça de não chorar a tua falta, por não alcançar seu cheiro e pela impossibilidade de fazer um comentário bobo de um dia qualquer por um whatsapp de distância, a qualquer momento.
Enfim vai ficar tudo bem, nós humanos nos adaptamos, mas só depois de sofrer pra renascermos cicatrizados.

Aufwiedersehen!!