E tem mais...

(...)

Um monte de coisa misturada..

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Boniteza, prettiness, schönheit...

Ausente porém presente, encontro-me, não somente, sempre e profundamente em sinceros devaneios, bem como em época de balanço geral. Nunca assumi aqui na verdade, mas o meu trabalho como "au-pair mädchen", apesar de ser um trabalho propriamente dito (desculpem-me o trocadilho infame), sempre me liberou um bom tempo livre...parei com o curso de alemão, devido ao seu preço exorbitante, fiz a escolha, guardei o dinheiro, viajei, e enfim, vivi...mesmo ainda hj me perguntando se foi a decisão acertada, uma vez q eu poderia estar muito mais avançada na língua. Como nossos pensamentos oscilam, tbm acho q uma língua deve ser aprendida com prazer, e consequentemente, se tivermos a paciencia necessária, deixar ela ir amadurecendo em algum lugar dentro de vc, e ela amdurece (e juro q isso não é desculpa de vagabundagem). É com muito amor q eu guardo essa língua alemã, e todas as suas complexas significações...mas amor igual não há, tal qual o q eu tenho pela língua portuguesa, e foi aqui em terreno germânico, e graças ao meu tempo livre, q eu tive acesso a obras deslumbrantes da nossa literatura, apaixonei-me pela história da Bossa Nova, li livros curtos e divertidos, como Casos de (quase) amor, praticamente devorei obras do nosso querido Chico Buarque, li tbm Fernando Pessoa, Eça de Queiroz e José Saramago...mas nesse momento em especial me reapaixono pelo mestre Erico Veríssimo. Ultimamente, penso eu, menos conhecido q seu filho, Luis Fernando Veríssimo. Em um de seus primeiros romances, curto, praticamente uma descrição de um porta retratos em movimento, "Clarissa" foi um livreto q me tocou nesse momento como poucos. A história da menina do interior q vai descobrir com seus 13 anos a cidade grande da Porto Alegre do começo da déc. de 30, pareceu-me um retrato muito próximo de mim mesma...outro cenário, numa outra idade, mas particulamente próximo, no final do livro ela completa 14 anos, pode usar salto, a mãe permite...eu aqui no final vou completar meus 24 aninhos.
Sobre a beleza flagrante, o livro é bem isso, ele exalta tudo q uma apaixonada como eu valoriza na vida...as pessoas, as cores, a natureza (primavera no livro), o sol, os cheiros, sabores, descobertas e finalmente as pessoas e suas idiossincrasias...ufa...no prefácio do autor, Erico relembra seu romance com um carinho especial pela sua protagonista, e se confessa um admirador deveras exaltado da belezura, e do perfume q jorra dessas páginas...

"(...)vê que entre um dia e outro passados no regaço da pensão, ela mesma cresceu e o mundo toma percursos inesperados; mais cedo ou mais tarde temos que abdicar de umas coisas em proveito de outras, deixar as pessoas amadas, para só então ter noção de quanto as amamos. (...), no centro de todos esses dilemas está uma só palavra: surpresa." (prefácio de Rodrigo Petrônio).

As surpresas durante esses 11 meses e meio têm sido das melhores, algumas nem tanto,mas acontece quando se brinca em terreno desconhecido, quando se permite ousar, e tudo vale a pena no final, assim q eu penso...acho q me encontro otimista até então. As malas já sairam do armário, juntar a tralha depois de tanto tempo não é nada fácil, muito menos divertido, mas vou fazê-lo, a fim de estar logo em breve ao lado dessas pessoas q agora eu sei o quanto amo. Uma semana, a última em Munique, sol a pino (apesar da inconstância do tempo, e das chuvas) o coração aperta, mas chega a hora, e lá vou eu...

Auwiedersehen!!

2 comentários:

FER disse...

VEM Q VEEEEEEM NEIIIIIDE
TO TE ESPERANDO!

Unknown disse...

Eu assino em baixo, vem logoooooooo!