E tem mais...

(...)

Um monte de coisa misturada..

terça-feira, 30 de junho de 2009

para sair um pouco da realidade...

....e voar para lugares já conhecidos, porém fotografados por um mestre...Estive hj novamente na linda Roma, mas dessa vez no ano de 1960, através dos olhos de Federico Fellini.

Um dos meus muitos sonhos é assistir a todos os clássicos propagados pela indústria cinematográfica até então...é estranho ouvir falar de filmes como Casablanca, ...E o vento levou, bem como A doce vida, imaginar várias coisas q se constroem em nosso imaginário, seja talvez por osmose, seja pelo q é dito massivamente, ou pelas próprias imagens (vide a icônica cena da personagem Silvia banhando-se maravilhosamente na Fontana di Trevi)...a realmente experienciar tais filmes, e apenas concordar q sejam vistos e revistos através dos tempos, e proclamados, cada um a sua maneira como clássicos...

"La dolce vita" era pra mim um filme tradicionalmente sobre o amor romântico, um sonho europeu, com certeza esperava algo deslumbrante, mas o q assisti hj foi, bem ao gosto de Fellini, uma harmoniosa miscelânea de genêros humanos, de alegria, boa vida, com dramas e tragédias diárias...a incoerência dos sentimentos intimos entreposta à nossa realidade dependente, e de como nos maltratamos, à medida q os outros mais estejam dependentes e vulneráveis a nós mesmos...essa loucura q é a vida, e essa cor q brota naturalmente e tão igualmente tanto da alegria e do deslumbramento quanto do sofrimento profundos.
Uma lembrança especial para a crítica recorrente do diretor italiano às Mídias (nesse filme em especial as revistas e tablódes), e a desumanização decorrente dessa busca. (Foi a partir desse filme q o termo paparrazo, definindo os fotógrafos a espreita de escandâlos, começou a ser usado.)

O saudoso Marcelo Mastroiani, bem como muitos dos antigos galãs, desde Humphrey Bogard a Clark Gable, com o pró de ter esse charme italiano, deixa ai uma aula de talento para os nossos atores do presente.

Aufwiedersehen!!

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