
Um dos meus muitos sonhos é assistir a todos os clássicos propagados pela indústria cinematográfica até então...é estranho ouvir falar de filmes como Casablanca, ...E o vento levou, bem como A doce vida, imaginar várias coisas q se constroem em nosso imaginário, seja talvez por osmose, seja pelo q é dito massivamente, ou pelas próprias imagens (vide a icônica cena da personagem Silvia banhando-se maravilhosamente na Fontana di Trevi)...a realmente experienciar tais filmes, e apenas concordar q sejam vistos e revistos através dos tempos, e proclamados, cada um a sua maneira como clássicos...
"La dolce vita" era pra mim um filme tradicionalmente sobre o amor romântico, um sonho europeu, com certeza esperava algo deslumbrante, mas o q assisti hj foi, bem ao gosto de Fellini, uma harmoniosa miscelânea de genêros humanos, de alegria, boa vida, com dramas e tragédias diárias...a incoerência dos sentimentos intimos entreposta à nossa realidade dependente, e de como nos maltratamos, à medida q os outros mais estejam dependentes e vulneráveis a nós mesmos...essa loucura q é a vida, e essa cor q brota naturalmente e tão igualmente tanto da alegria e do deslumbramento quanto do sofrimento profundos.
Uma lembrança especial para a crítica recorrente do diretor italiano às Mídias (nesse filme em especial as revistas e tablódes), e a desumanização decorrente dessa busca. (Foi a partir desse filme q o termo paparrazo, definindo os fotógrafos a espreita de escandâlos, começou a ser usado.)
O saudoso Marcelo Mastroiani, bem como muitos dos antigos galãs, desde Humphrey Bogard a Clark Gable, com o pró de ter esse charme italiano, deixa ai uma aula de talento para os nossos atores do presente.
Aufwiedersehen!!
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