E tem mais...

(...)

Um monte de coisa misturada..

domingo, 9 de novembro de 2008

uma máquina de lavar, um anel,uma camisa, uma tulipa...


Ultimente tem aparecido de diferentes formas no meu dia a dia esse tema "o valor material" ou algo do tipo...assisti esses dias a Labirinto- a magia do tempo (1986), um filme estrelado e com trilha sonora de David Bowie, meio q só por curiosidade suscitada por comentários de amigas sobre como esse filme foi marcante na infância delas, e por eu nunca ter ouvido falar...enfim,rolou de assistir e resumindo, o filme é um pseudo conto de fadas auto-reflexivo, com cenário e personagens surrealistas, tudo permeado pelo tema pop do já citado cantor/ator. Ele
narra a história de uma adolescente tipica, revoltada com os pais e principalmente com o fato de ter q "baby sitting" o irmão mais novo todo fds quando os pais saem, e q por esse motivo fala (da boca pra fora) q quer q o irmão seja levado e tal..enfim...viagens a parte, a grande moral do filme se sustenta no argumento de q as coisas q possuímos não valem nada diante das pessoas q amamos...o q eu achei, no contexto de filme infanto-juvenil e na maneira como é abordado no filme muito interessante e instrutivo para as nossas crianças cercadas pelo consumismo...simplesmente isso.


Entretanto, abordo sob o prisma mais pessoal agora, o valor q os objetos podem agregar na "ausência das pessoas q amamos..". Aqui em casa, a pequena pediu pra ver meu anel q eu nunca tiro do dedo, q foi-me dado como presente de formatura da Faculdade no começo desse ano, e q até então eu usava sem perceber o valor de sua significação...eu aguento tudo dela, tenho no momento uma paciência de fazer inveja a qualquer monje tibetano, mas quando ela começou a fazer graça e a fingir q não me devolveria o anel, o sangue me subiu de tal forma q o sentimento era quase o de uma mãe quando vê um filho ser injustiçado...eu pensava "eu estou aqui, eu me adequo a esse mundo e pemaneço firme no meu dever, mas não brinque com a minha história de vida e com o q me é mais valioso...". Poisé, até eu fiquei assustada com a minha reação. (pra quem tomou minhas dores, a criança logo devolveu o anel,e tudo ficou bem). Nesse meio tempo, na troca de máquina para lavar as roupas sujas, eu aparentemente forcei demais a porta antes da lavagem ter concluído e sim, quebrei a máquina de lavar. (pra quem ficou preocupado com o prejuízo, tá tudo bem agora, conseguiram abrir hj). Mas coisas desse tipo acontecem e eu me supreendo com os resultados das "cagadas" (desculpem o termo)no caminho...o clima estava tenso na hora do almoço, e eu pensava em nem comentar nada, mas aprendi q o melhor sempre é resolver tudo, deixar claro, então pedi desculpa, disse q óbvio q não tinha intenção de quebrar a máquina e tal...e no fim conversamos, e a conversa se prolongou um pouco mais na já amistosa língua alemã...os laços vão se formando, esse é o meu terreno conhecido, o da naturalidade, o da intimidade, e fato é q eu não sirvo para a formalidade e para nada q seja artificial.
Na hora de pendurar as roupas já lavadas tirei a camisa do time de futebol do Brasil, presente ganho pela chefia...penduro todas as roupas com muito cuidado, mas a sensação de pendurar essa camiseta desse amarelo reluzente é correlato ao hastear a bandeira do Brasil, ao torcer na Copa do Mundo, ao desfilar junto aos caras pretas na rua pedindo o impeachmant do collor (sim, eu andei com eles na época, com meus pais)...eu estou longe e sinto falta da minha terra, "q tem palmeiras, onde canta o sabiá.."

Meio q como uma criança, tentando cuidar de outra criança eu entro nesse mundo paralelo, e sonho o dia todo acordada, e sinto com intensidade cada gota de entusiasmo e esperança q brotam no meu peito, bem como o desespero de ter quebrado uma máquina de lavar... Como, pra finalizar...nesse domingo ensolarado, no caminho ainda permeado pelas arvores de folhas amarelas do outono, sentia a brisa no rosto e o companheirismo dessas duas crianças, eu uma de 23 anos, ela, auto nomeada como um "criança-adulta" de seis anos, para comprar flores. Ela escolhe cinco rosas vermelhas, eu fico emocionada só de olhar, no dia do aniversário da minha mãe, um vaso de tulipas, a flor q servia de inspiração para o meu apelido quando ainda criança realmente, a tulipinha...Resolvemos levar 5 rosas vermelhas e duas tulipas. Objetos, sentimentos, tudo se mistura, nesse troço chamado ser-humano.


Aufwiedersehen!!


5 comentários:

Unknown disse...

Parabéns querida,como voce esta escrevendo lindamente.É agradável de ler, sentir com você, vibrar e se emocionar com você.Nesse dia especial um beijo com muito amor na minha tulipinha.mami

Anônimo disse...

Ontem eu fui durmi 4 hrs da manha, acordei as 5 e meia e to esperando dar o horario pra fazer testinho de física..
ou seja, estava bem estressada e mal humorada...mas ler o seu blog alegro o dia van!
a melhor coisa q vc fez desde q foi pra ai foi começar a escrever aqui..
dá pra ver vc fazendo tudo oq vc escreve, da pra senti vc aqui perto...bom demais!
dexa eu para pq ta feio eu chorando na sala de informatica da faculdade haha
te amo mto
beijo!

Carol disse...

oi lindona!!!
estou morrendo de saudade. sabado fui na casa da sua mae, e ela ficou falando de voce, de como vc esta be, de todos seus planos, estou tao feliz por vc....adorei as fotos, as suas experiencias na sua semana de ferias....
amo vc mto queridona
mega beijo. Carol prima

Anônimo disse...

parabéns aos devaneios sinceros da vanessa! sabias palavras...haha
semana q vem tem interunesp neide!

Anônimo disse...

Van,
O blog tá d+, parabéns... vc nasceu p/ ser escritora...
e vc assitiu Labirinto, q linda!!
Aposto q as vezes vc pede pro David Bowie vir buscar a menina as vezes... rsss
Bjao e se cuida