
Eu li atentamente, no prazo de três meses essa biografia de Bob Spitz de quase 1000 páginas dentre anexos, agradecimentos e tudo o mais...e posso dizer q alguns romances e best sellers devem muito a essa história real. A primeira parte, a q descreve o nascimento, crescimento, puberdade de caras como John Lennon, Paul MacCartney, George Harrison e Ringo Starr (nessa mesma ordem), com certeza, pra mim, foi uma descoberta deliciosa...a paixão sendo despertada pela música aos poucoos por cada um deles, o sonho q foi crescendo e alcançou medidas estratosféricas, o momento quando tudo fez sentido pra esses garotos com os ouvidos grudados na rádio q transmitia precariamente o rock´n roll americano para o norte (até então), isolado e menosprezado da Inglaterra...ao ouvirem "Hartbrake Hotel" do rei, Elvis e perceberam q era exatamente aquilo q eles procuravam para dar asas e um endeço nítido ao som q almejavam....Anos mais tarde eles se encontrariam com o Rei de igual pra igual, como ídolos requisitados q eram, mas ainda agindo como adolescentes caipiras de Liverpool em tão ilustre companhia...
Eu passei a conhecer melhor John Lennon e seu caráter e personalidade difíceis, seu humor ácido e muitas vezes impertinente e incoveniente, seu amor pelas drogas de todo tipo...no resumo, um menino criado meio solto, muito amado, filho de mãe e pai boêmios e um tanto excêntricos...tive q me conter para não tirá-lo da condição de meu beatle preferido quando sua eterna esposa entrou em cena, Yoko Ono, mas tive q assumir q apesar de suas esquisitices, a japonesa ajudou-o a levar esse talento peculiar às alturas, e muitas vezes na direção de uma causa justa;
Paul MacCartney...um garoto criado dentro de uma família estável, perdendo a mãe forte e determinada muito cedo, o encontro com o parceiro de outrora, John, amigos inseparáveis por anos, grudados, a atração recíproca e explosiva..a competição patente, e teve q explodir em determinado momento, em alguma encruzilhada...um músico nato, nascido assim, egocêntrico (mas quem não é), ama (ainda) os flashs, o público e sua relação com tudo isso, de todos o mais extrovertido, e também obcessivo pelo q é considerado bom e fino no mundo.
George Harrison, o caçula,esse merece um crédito extra!Sempre subjugado pela dupla acima, criou os Beatles lado a lado, desde o começo manteve-se meio subserviente, calado até quando pode, e quando resolveu dizer, disse coisas lindas como a música "Something", atualmente minha preferida de todas as feitas pelos Beatles...o mais introspectivo, apaixonado pelo Oriente, de um humor sagaz e inteligente;
Ringo...sweet Ringo...esse entrou por último, um ou dois anos antes do estouro da banda...foi o ingrediente q faltava nessa receita perfeita, o menos temperamental, o equilíbrio, o mediador quase sem voz...ele só queria ter um bom emprego, uma boa familia e filhos. Está ai até agora, sobrevivido até de sua infância atribulada pela saúde frágil...
Os Beatles mais do q um fenômeno, foram tbm um esforço bem sucedido de Relações Públicas, e eu como professional não pude deixar de notar os vários eventos nesse terreno, graças a ajuda pontual do controvertido empresário Brian Epstein (q tbm acabou cometendo alguns deslizes de assessoria de imprensa), e tbm dos meninos em surgir com uma certa imagem q perdura até hj, mas tbm de saber seguir a onda mundial, e atualizarem-se de acordo com a maré...o sucesso nunca se constrói apenas de talento, e hj em dia podemos até pensar q ele na verdade não depende mais de talento algum...exemplos não faltam, exemplos bem sucedidos de publicidade...como diria uma conhecida nossa:"Ops, I did it again!"
Aufwiedersehen!!
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