E tem mais...

(...)

Um monte de coisa misturada..

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Um ano

Pequeno ou grande. Essa é a nossa medida geral desde crianças, quando fica aquela impressão de grandiosidade, aquele olhar pra cima, tudo em volta enorme, casa, adultos, cadeira de balanço, cachorro. Essa é a perspectiva de quem vê pela primeira vez, e aos poucos vai se acostumando. Nós não criamos experiência, são as coisas que diminuem. Lembrei-me do dia em que cheguei a estação principal de trem e metrô de Munique, capital da Bavaria e terceira maior cidade da Alemanha, e aquilo era gigantesco, eu não conseguiria me localizar, e que sensação maravilhosa essa, a do momento em que chegamos em um novo cenário, totalmente desconhecido, assim como as crianças, não sabemos por onde começar. Estou há um ano em São Paulo. Sou desse estado, minha cidade é há 200km daqui, posso dizer que morar aqui não é lá tão ousado e desbravador como eu queria/conseguiria, mas quando cheguei aqui, de verdade para morar, isso sim era enorme, essa cidade que é a sexta maior do mundo! Ônibus, metrô, caos, chuva, mas também cinema e livrarias e parques e museus pra todo lado. Hoje tenho meus cantos espalhados e aleatórios, que são como refúgios nos quais escrevi meu nome. Como uma senhorinha idosa, pego um cheesecake com cobertura de abóbora, um café com leite, já munida de um bom livro ao qual leio boas páginas de graça, sento-me em uma das mesinhas individuais ao lado de uma janela de vidro, assistindo à vida que passa lá fora, na Paulista, de dentro da cafeteria da Livraria Cultura, no Conjunto Nacional. Vejo, observo a tudo pequenininho, do jeito de quem conhece, acostuma-se. Faz bem. Conforta. Mas é um tempo pra curtir, curtir, até que chega a hora de tentar voltar a ver tudo grande, imenso, impossível!

Aufwiedersehen!

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