E tem mais...

(...)

Um monte de coisa misturada..

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Até mais Cacá

Tenho feito um exercício de colocar palavras feias em perspectiva,tentando enxergar egoísmo, orgulho e inveja por exemplo, como sentimentos humanos exacerbados de auto preservação, auto defesa e insegurança respectivamente. Nesse aspecto eu posso dizer que Deus estava inseguro. Deus precisava de um anjo a mais lá em cima, a melhor pessoa que eu já conheci lá pra perto Dele. Uma senhorinha de 1,60m que pariu e criou seis homens, o mais baixo com 1,80, outro com 1,90, ate o Junior com uns bons 1,95m. Um dos meus maiores amores, a minha parceira de café, que me ensinou que pizza é a melhor comida do mundo, dona de talentos diversos, a melhor cozinheira, costumava transformar atum ralado em caviar, uma enfermeira natural com seus chás milagrosos e as milhares de farpas de madeira q ela já retirou do meu dedo, sempre o mesmo dedo na infância, sem eu nem perceber, além de ser conhecida como o rouxinol de Araras, com um agudo afinadíssimo que louvava todo domingo no horário nobre a Deus. Pudera mesmo Ele ter inveja de nós. Eu a tive, muito próxima de mim durante esses 27, quase 28 anos, imagino que ela sorriu ao ver uma menina nascer, sua neta primogênita depois dos 6. Sem ela eu já não sou mais eu, vou ter que inventar outra, não menos feliz, só menos completa. Ela escolheu morrer quietinha às 14:30h de uma sexta-feira, pra poder ser enterrada no sábado de manhã, típico da dona Cacilda, fazendo o que podia pra não atrapalhar a rotina das outras pessoas.

 A pedido dela o trecho da sua amada Bíblia: "Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé."

Um comentário:

Unknown disse...

Deixou vazio até os que quase não a conhecemos a ela.. Não poderia haver explicado melhor a falta que vai fazer em nossa vida.
Agora só vou poder escutar histórias dela. Viagens no tempo de uma luchadora que deu ao mundo uns filhos e netos igual de excelentes que do extraordinários.
Dos quais só posso aprender a cada dia.
Cacá, um pequeno braço de Deus que baixou à terra para fazer o bem e que agora tem que ir de volta.