E tem mais...

(...)

Um monte de coisa misturada..

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

A nostalgia de viver


Sabe aquelas pessoas que apreciam o presente que é o presente? Bem, eu não sou uma delas. Eu sou uma nostálgica, uma romântica que vira e mexe se vê embutida em algum pensamento com filtros coloridos e bela trilha sonora de alguma cena banal do passado. Isso é um modo pouco prático, contraproducente até de se viver. Isso eu já aprendi, então há algum tempo eu venho sufocando esse dèjá vú constante, morar em São Paulo ajuda muito, apesar de depois de quase cinco anos eu já ter alguns lugares especiais para os quais eu volto, mas hoje, hoje especificamente eu me deleitei em nostalgia, como quem se deleita com três pedaços de pizza com cerveja no regime sem culpa, eu estive na minha cidade natal, no clube em que eu passei boa parte da minha infância/adolescência. As crianças que eu via descendo para a piscina no verão, tardes inteiras dentro da enorme piscina com vista para a plataforma (e vice e versa), ahh a plataforma...o lugar mágico dos encontros, das paqueras, das primeiras vezes em que nota-se e é notado, como esquecer? Eu na verdade era uma dessas crianças que curtem a infância, minhas amigas se arrumavam para passear pelo clube e paquerar, enquanto eu e meu shorts cotton com camiseta do pernalonga, andava pra cima e pra baixo com uma bola ora de basquete, ora de vôlei. Eu fui extremamente feliz naquele belo clube, e eu sabia! Hoje, enquanto eu andava por lá, depois da aula de spinning em direção à sauna, eu ia relembrando tudo como um recorte imaginário, eu era muitas, 12, 14, 17 anos como projeto de mulher. A escada ao lado das quadras, onde eu obviamente já caí algumas vezes, a escada do toboágua na piscina grande, outro lugar onde eu caí empurrada por mais uns 30 moleques em uma cascata de crianças no lado errado, fora da água. Lá em cima da sauna, a sala de ginástica, quanto fazer step, e dançar, e fazer jazz, e cair no step e cair no jazz! Foi uma infância/adolescência privilegiada, eu aproveitei tanto que não conseguiria volta para viver de novo, assim como tudo na minha vida, daí a nostalgia fica como que um chorinho e também um empurrão para cessar o lamento de todo dia.

Aufwiedersehen!!

Nenhum comentário: