E tem mais...

(...)

Um monte de coisa misturada..

terça-feira, 20 de abril de 2010

Analogia Cinematográfica - Roteiro/Parte 1

Estou nas últimas, não da minha vida espero eu, mas terminando um tipo de sonho que eu tenho já há algum tempo, estudar cinema. N ão foi nada formal como uma faculdade, ainda não posso citar vertentes e doutrinas cinematográficas, mas nesses quase dois meses de estudo, pude sentir que esse meu sonho de cinema é muito mais viável do que eu imaginava. Fora isso, como tudo que começa a fazer parte da nossa vida, meio que involuntariamente há de se fazer algumas analogias.
Escolhi fazer o curso de roteiro e edição. O de roteiro, algo mais próximo do meu terreno comum, que são as idéias, algumas poucas divagações, mas principalmente o meu esforço físico, com alguma ajuda das máquinas (diferente da edição de imagens no caso), tornou-se, como esperado, a menina dos meus olhos. Lá aprendi que o roteiro não é uma forma de arte, mas sim um tipo de ficha, uma receita com os ingredientes e o modus operandi necessários para a feitura de um filme. Um roteirista, como dita um dos primeiros passos para a feitura de um roteiro, deve ter desapego de sua obra, mas mais que isso, ou também isso, deve ser um indivíduo que exerce diariamente a sua humildade. É sobre aquilo que ele escreve que mais se comenta no final de uma produção, a história, o que acontece. Mas ninguém se lembra dessa pessoa. Essa pessoa, o roteirista, passa meses, as vezes anos, debruçado sobre uma história que torna-se parte da vida dele, tudo isso para facilitar o serviço de muitas pessoas, as vezes milhares, que usarão essa sequência de dados (que é o roteiro), para executar o seu trabalho. O roteirista, como poucos sabem, não conduz o olhar da câmera, ele quase nunca resolve sobre o look de determinado personagem, ou época. Ele surpreendentemente tem pouco a ver com o ritmo da história. Para tudo isso existem, respectivamente, o diretor de fotografia, o figurinista e o montador...pra citar alguma das coisas.

Voltando à analogia, como em qualquer boa receita, os ingredientes devem ser coerentes, por mais diferentes que sejam entre si, para que o resultado seja interessante. Claro que a velha receita do arroz, feijão e carne de panela sempre caem bem no começo, quando ainda não conhecemos muito bem a forma, o mais sensato seria conhecer a forma para depois seguir com receitas mais ousadas.
Vemos tbm que como na vida, muitas palavras são desnecessárias, podemos cortar frases inteiras na maioria das vezes, mantendo o principal do que queremos comunicar, ainda com a ênfase no que é realmente útil para aquele momento.
Outra coisa interessante...muito mais do que palavras e diálogos (com todo o respeito para os existencialistas), o cinema é ação, não necessariamente aquela do Silvester Stallone, mas a sequência de imagens e movimentos que o tornou a notória sétima arte, e não mais uma vertente qualquer. Como aprendizado, façamos mais e falemos bem menos...continua...

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