E tem mais...

(...)

Um monte de coisa misturada..

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Obras do descuido

Sempre fui meio descuidada. Esses dias fiz a besteira de entrar em um link que o meu “banco” havia mandado, naquela ânsia de clicar e clicar invadiram minha conta. Ainda bem que tenho poucos recursos, pouco a perder financeiramente, impressionante como ser “pobre” traz tranquilidade. Pensei um pouco nos grandes descuidos de minha vida,eufemismo para dizer que eu sou um pouco desastrada, ou azarada. Tenho um historico digno de biografia de tombos, quedas, quebras, torcimentos e trombadas. Mês passado mesmo, nessa altura do campeonato da vida e na mesma semana, consegui estatelar-me de nádegas na rua e torcer o pé três dias depois. Eu já sofri tantos acidentes que posso até considera-los parte da minha formação, ei-los:
- em idade tenra, por volta dos 03 meses enquanto minha mãe trocava minhas fraldas,em um segundo que ela se virou para pegar uma nova, eu que nem me mexia ainda, cai no chão;
- por volta dos 9 anos, eu aprendia a andar de bicicleta com certa dificuldade (e veja que esse fato liga-se ao próximo item), e até tal feito, eu precisava da ajuda de rodinhas traseiras para equilibrar-me. Em um acesso de mecânica, sentei-me ao lado da bicicleta e comecei a tirar essas rodinhas extras, `a retirada da primeira, desequilibrei a bicicleta que caiu diretamente com seu guidon em minha cabecinha. O fato em si é tranquilo, o traumático (e meu medo de sangue se deve, segundo Freud a esse dia), foi meus irmãos que brincavam ao meu lado, e que ao ver que eu “expelia” sangue a lá Sexta-feira 13, saíram correndo do quintal gritando “Ela vai morrer!Ela vai morrer!”;
- 12 anos e um dia feliz na fazenda do amigo do meu pai. O sol se colocava no horizonte do campo, o cheiro da chuva breve que acabava de cair pairava no ar, na grama e na terra. Eu já andava de bicicleta nessa época, o que era a minha atividade preferida, e na hora de ir eu e meu irmão decidimos continuar no ciclismo pela estrada enquanto nossos pais nos seguiam no carro. A estrada de terra tinha pedregulhos, e na inconstância do chão, meu irmão que liderava a jornada começa a sambar até cair de cara, eu na sequência e no assombro da cena caí também só que para o lado esquerdo, quebrando meu braço em uma quase fratura exposta. Cena bonita e testemunhada pelos pais e primos logo atrás;
- 13 anos e meu braço finalmente estava livre do gesso, em um dia de outono, bem fresquinho, um belo dia para passear no lago da cidade com toda a família. O lago é conhecido pelos pedalinhos que dão vista para toda a circunferência do lugar, fomos diretamente ao deck para pegar um deles, e eu me adiantei para entrar no meu. Assim como apoiei meu pé para frente o pequeno barquinho se foi, se foi, até eu perder o equilíbrio e cair dentro da água, e depois o barquinho voltou, a tempo de eu bater minha cabeça tentando subir.
- 16 anos, a fase da eflorescência da juventude, já me tornava uma mocinha como diziam minhas tias, e vaidosa ia catolicamente com as amigas à aula de step às 19h no clube. Essa aula cheia de garotas atraia a vista dos outros rapazes também àvidos por descobrir essa coisa do sexo oposto, o que tornava as nossas aulas pequenos espetáculos assistidos por bons grupos de 20 moleques que subiam do campo de futebol para olhar o sobe e desce. Eu estava lá em uma quinta-feira, craque nas manobras radicais em cima da tão fadada caixinha, abaixa, bate palminha, vira v....só que na segunda virada eu me estatelei, em cima do step e bem como nos pesadelos o som parou, arranhou o disco, e todos pararam, a platéia parou e eu?eu corri...até o banheiro. Essa história foi crescendo no decorrer dos tempos, e não se falou de outra coisa nos dias seguintes por todo o clube.

Eu tomei alguma licença poética para as idades exatas e a época do ano, mas em suma é tudo verídico e ainda tem mais, que eu prefiro deixar pra outro dia.

Aufwiedersehen!

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