E tem mais...

(...)

Um monte de coisa misturada..

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

O que eu já acho que sei?

Vinte e oito anos, uma idade deliciosa, se é que a delicia vem da idade previamente fixada pelo universo, ou vem mesmo daquilo que você resolve entender da sua vida em determinado momento. Eu tô muito a fim de assumir a bagagem que eu juntei, por que ela é tudo o que eu tenho. Considero meu estágio concluído, apesar do processo de aprendizado ser talvez o que a vida tem de mais perene. Aos 28 eu aprendi que é a maior perda de tempo sentir culpa. A culpa existe quando não se pede perdão, seja pra você mesmo, seja pra outra pessoa. Aprendi que a pretensão nunca levou ninguém a lugar nenhum, pelo contrário, foi a despretensão que impulsionou as maiores criações da humanidade, veja a pizza*. Aprendi na sequência, que junto com a despretensão um ingrediente mais certeiro ainda é a ação de não subestimar. E esse feito não tem contra indicação, não devemos subestimar exatamente ninguém ou qualquer coisa. Não subestimar é mais uma ação de afirmação que negação, você deve tê-la em mente em todos os momentos, e eu prometo que você só tem a ganhar com isso. Outra coisa que aprendi foi que a auto piedade serve como aviso de que algo vai errado, muito provavelmente nosso modo de viver e ler o mundo e as pessoas. Isso é sério, mas tem sempre volta, é só dar uma passo pra trás e se colocar no lugar do outro. Aliás, não tem nada de errado com isso: dar uma voltinha pra trás,  fazer uma revisão. Isso é, mais do que o uma atitude de humildade, uma atitude esperta.
Aprendi principalmente que a vida realmente se encarrega de arrumar o nosso caminho da melhor forma, e que invariavelmente esse caminho é muito mais interessante que aquele outro que sonhávamos. Essa conclusão seria maravilhosa se não tivesse um pequeno fator guardado e com qual temos que lidar para o resto de nossas vidas: a ansiedade, a pressa. Aprendi que a procrastinação, não aquela da preguiça, do deixar pra outro dia, mas aquela do stand by, de maturar o assunto, deixá-lo na primeira gaveta da cômoda, é a melhor atitude, na maioria das vezes. Ela anda junto com a intuição, o lazer, a confiança e o bate papo desinteressado. Aprendi, não sem muita resistência, que amigos temos poucos mesmo, aquela pessoa que te agrega, que sorri e chora com as suas conquistas, mesmo que ela esteja em um momento ruim, por que você também agrega à vida dela. Amigo é mão dupla, é atemporal, é confiança, é não ter que dar explicação. É um puta encontro. Aprendi finalmente, que estamos sozinhos com nós mesmos, esse é o grande aprendizado, é com isso que vamos lidar a vida toda, e que essa conclusão não é de forma alguma triste, que talvez, entender que essa é na verdade uma conclusão das mais alegres, seja o grande segredo da vida. Eu ainda não consegui isso. Talvez aos 30. 

Aufwiedersehen!

*The Romans developed placenta, a sheet of dough topped with cheese and honey and flavored with bay leaves. Modern pizza originated in Italy as the Neapolitan flatbread.(wikipedia)

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