E tem mais...

(...)

Um monte de coisa misturada..

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

A primeira pessoa que eu abracei nesse ano foi minha mãe. Há muito tempo, quase uma década eu não passava a virada do ano com os meus pais, eu preferia sempre uma praia, uma casa capenga e sem água, um porre em qualquer outro lugar - nada errado com isso, foi uma delícia enquanto durou, eu estava com amigos queridos, sempre. Dessa vez não por vontade, mais por falta de condições mesmo, eu fiquei no interior, na casa dos meus pais. Eu contei que eles são maravilhosos? Adjetivos...palavras vazias, nunca me dei muito bem com eles, adjetivos cobrem lacunas na vaidade, como pedaços de papel na chuva, logo eles não servem pra muita coisa. Meus pais são rochas, um abraço. Meus pais são a melhor coisa que já me aconteceu. Eu estava amargurada no final de 2013, a mulher que eu costumava ser se afogava na carcaça de um ser mesquinho, sem nada pra oferecer. Eu era, internamente, a contradição maior do que acontecia à minha volta: celebração, amor, satisfação e alegria. 

Eu tentava voltar pra qualquer atmosfera que fosse de esperança, então usei a saia verde. 
Não sou masoquista ou obsessiva, não fazia sentido continuar aquele ciclo inútil de auto-laceração psicológica, meu corpo pedia arrego, sossego e paz. Então eu usei uma blusa branca. 
Conversei com a minha vó, e ela me contou sobre uma garotinha obediente, que costumava carregar flores nas mãos para depois entrega-las às pessoas na rua. Eu quis recuperar o romantismo dessa garotinha, então eu usei uma calcinha rosa. 
Eu nunca fui supersticiosa, nunca acreditei em signos, e me afastei bastante de Deus, apesar da minha educação tão próxima a Ele e a Nossa Senhora, mas nesse ano eu quero acreditar em tudo novamente, apesar do ser humano e das instituições. 
Nesse ano eu quero recuperar a minha fé, principalmente em mim mesma.

Aufwiedersehen!

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