E tem mais...

(...)

Um monte de coisa misturada..

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Navegadora

Essa menina tem tanto talento, desde pequena distribui sorrisos e conquista admiradores. Seus tios e avós, pai e mãe tinham certeza de seu sucesso, era fato: ela venceria na vida.

A menina não tinha como não crer em sua sorte, seu destino era tão certo que não importava muito por qual caminho seguir, ele a levaria para o êxito.

A mulher que saiu da menina encontrou maiores dificuldades e por vezes a vida adulta lhe parece uma piscina de areia movediça. Ela tenta se movimentar e de fato progride, para depois voltar ao mesmo lugar. Tudo é desconforto, mas o lado otimista da menina a rememora sobre como é importante desafiar-se.

A mulher madura que começa a sair da mulher primeira pede arrego ao universo, planeja voltar a ter fé e a sonhar, tentando dia após dia realmente entender o que é isso que tanto quer. A oscilação lembra um barco que balança ao sabor do vendo, ela é o barco que não se navega sozinho, ela cansou de tentar usar seus remos que parecem inúteis na maioria das vezes. Ela tenta aprender a usar o leme que a direciona para determinado caminho que ela ousa pensar ser o ideal, sem saber quão longe ela pode ir, mas ainda sonhando com novas terras onde ela possa se sentir em casa finalmente.

Os dias são cada vez mais longos, mas a semana curta não se basta no fim de semana que passa sem se ver. Os planos dela ficam pra depois enquanto a vida segue urgente. Sua experiência não é extensa, mas o grande problema é que ela é tampouco curta, um caminho já foi percorrido para decidir começar de novo do zero.

Os líderes mundiais bradam a mulher madura que é possível viver seu sonho, seja lá o que a ela queira fazer. Os líderes mundiais inspiram uma realidade sem aluguel.

Qual é o ponto limite entre seguir devagarinho ou voltar pra trás para pegar impulso?
Boa sorte tentando.

Aufwiedersehen!

2 comentários:

Grigo disse...

Acho que entrei num rio enquanto buscava meu caminho, tem horas em que ele tem corredeiras e o melhor é se equilibrar e continuar navegando, tem horas em que ele é calmo e permite mudanças de rumo.
Depois de um tempo percebi que mais importante que a foz é o próprio rio e que sucesso é um conceito que pertence aos outros e não a mim...

Grigo disse...

Acho que entrei num rio enquanto buscava meu caminho, tem horas em que ele tem corredeiras e o melhor é se equilibrar e continuar navegando, tem horas em que ele é calmo e permite mudanças de rumo.
Depois de um tempo percebi que mais importante que a foz é o próprio rio e que sucesso é um conceito que pertence aos outros e não a mim...