E tem mais...

(...)

Um monte de coisa misturada..

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

E a diversão?

Descobri esses tempos um talento impressionante que nós humanos temos. O talento de fazer as coisas divertidas tornarem-se chatas, ansiosas, um peso. Para tal, parto do principio do porquê do nosso nascimento ser a busca pela felicidade. Primeiro a felicidade de nossos pais, por que afinal de contas, eles têm ali de pronto a mistura deles mesmos em outro ser, que depende somente deles para viver. Por um tempo, claro. A felicidade. É em busca dela que viemos, para sermos felizes precisamos nos divertir. Antes de nos divertimos, vivemos em sociedade, e dentro desse local inóspito precisamos criar regras para bem viver. Pronto, lá se vai a felicidade. Não critico as regras, apenas lastimo a necessidade de te-las. Lá se vai a diversão. Mas calma, muita calma, dentro da sociedade, no meio das regras, no esconde esconde diário dos deveres, existem os relacionamentos. Aí sim!
Homens, mulheres, homens com homens, mulheres com mulheres, desde o começo foi tudo meio misturado. A amizade é a base. Dizem que a palavra amizade vem do latim, e sua raíz quer dizer amor. Essa é a relação mais pura e idealmente não deve haver interesse egoísta, a não ser a vontade de estar junto. Surge da afinidade, do bom conhecimento, do cativar daquela antiga e sábia raposa. Quando se fala em amor, ou melhor quando se sente, parecem perder o sentido as regras, a sociedade. E é divertido, e traz paz, e faz sentido.
A amizade começa também sem interesse sexual, e tá ai um ingrediente tinhoso, o sexo. Ele enlouquece. Ele ainda é, e duvido que um dia deixe de ser, o principal pensamento de todas as pessoas. Tirando dias que sucedem a jogos importantes de futebol. O que me leva a escrever sobre isso, e a pensar em toda essa questão da felicidade, é que as nossas relações amorosas deixaram de ser divertidas. Viraram jogos de poder. Ninguém se sente livre para agir naturalmente, seguir os impulsos, fazer-se de bobo. Quando foi que começamos a estragar tudo? Veja bem, não sou apocalíptica, não penso ser o fim, mas que tudo está pesado, está. Onde fica o disque me disque das meninas que cochicham e paqueram e sonham?
Nós mulheres já idealizamos um tipo ideal, desde o tênis que ele usa até o formato de suas mãos, sem contar os interesses específicos e as ambições econômicas. Tudo ficou mais complexo. O que fizemos com o dividir?O aprender?O lutar?Nós mulheres nos tornamos cínicas.
Somos cínicas, por que de alguma forma, desde o começo desse jogo de vai não vai amoroso, logo cedo na puberdade, batemos muito a nossa cara. Mais do que o normal, por que é tudo mais fácil. Encontrar com o carinha é fácil, trocar idéia, saber das fofocas que envolvem o nosso eleito do momento é fácil desde o advento do ICQ. Estragou um pouco. Os homens têm sua parcela de culpa no nosso diagnóstico atual. Eles ficaram ainda mais aéreos, têm muitas preocupações, e não muita paciência. Eles têm também a mania irritante de deixar as coisas no ar, de serem educados e cortezes. Eles ficaram mornos. Parece que não se apaixonam, não se entregam, e não conseguem ter a personalidade de querer uma mulher no meio de muitas, não importa qual seja.
Veja bem, é claro que eu estou generalizando, é claro que ainda existe esperança (?), e é claro que os homens conseguem sim se entregar e as mulheres não são totalmente cínicas, eu só desenho agora a imagem que eu vislumbro pessoalmente e na obervação e participação na vida das outras pessoas. Termino pedindo: Vamos voltar a nos divertir?

Aufwiedersehen!!

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