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(...)

Um monte de coisa misturada..

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Las Vegas e o kitsch

Olá amigos, Não tive tempo de postar meus textos por aqui durante minha aventura na parte norte do nosso querido continente, mas escrevi algumas coisas e deixei guardado. Engraçado como podem ser as mudanças de humor, eu cheguei em meio a uma grande comemoração em Las Vegas recém saída do casamento da minha prima-irmã, todos estavam prontos e no ritmo de festa, eu na verdade não, para resumir a história eu já adianto que começa mal mas termina bem, para que todos saibam fiz as pazes com Las Vegas ontem mesmo. Seguem meus devaneios quanto à cidade seca das luzes. "Tentei começar a escrever algo sobre Las Vegas, mas por mais que eu tenha pensado em varias coisas, a tradução de sensações para a escrita ficou dificil. Las Vegas expõe o banal, a cidade iluminada das baladas, das historias épicas da juventude (ou não), da avalanche de elvis, merilyns, e todas as cópias possíveis que se pode imaginar, deu-me foi é medo. Um medo inexplícavel, por que incoerente. O medo que normalmente vem no escuro, na solidão, na iminência do perigo, veio para mim como a ameaça invisivel do suspense, mas não era o suspense do Hitchcock, era uma coisa erotica, fálica, escancarada, mas que não se mostra. Na cidade do kitsch, todas as nossas fantasias se pulsianam e ganham extremidades gigantescas, homéricas, o kitsch, o cafona, o exagero que poderia nos liberar do ideal culto, me amedontrou. Era o medo do sonho de aparecer nua na frente de todo o mundo, além do recorrente som dos capangas de cafetões e cafetinas no estalar dos seus panfletos com os cvs das prostitutas em cada esquina. O Flamingo, minha morada por dois dias e algumas horas, era a morte por falência geral dos orgãos anunciada. Todo esse escancaramento, quase escatologico me assustou, talvez eu tenha passado alguma fase fora do preciosismo da pureza." Aufwiedersehen!!
*Kitsch é um termo de origem alemã de significado e aplicação controversos. Usualmente é empregado nos estudos de estética para designar uma categoria de objetos vulgares, baratos, de mau gosto, sentimentais, que copiam referências da cultura erudita sem critério e sem atingirem o nível de qualidade de seus modelos, e que se destinam ao consumo de massa. Embora o kitsch apresente a si mesmo como "profundo", "artístico", "importante" ou "emocionante", raramente estesqualificativos são adquiridos por características intrínsecas ao 0objeto, antes derivam de associações externas que seu público estabelece. É uma expressão essencialmente figurativa, sendo difícil detectá-lo nas artes abstratas, pois depende de um conteúdo narrativo para exercer seu efeito.(...) fonte wikipedia.

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