E tem mais...

(...)

Um monte de coisa misturada..

segunda-feira, 21 de maio de 2012

MOMA

Continuando com os textos recolhidos das anotações, sobre sexta-feira dia 04 de maio: Foi com uma pontinha genuina de ansiedade que eu esperei pela sexta-feira em New York, mais especificamente pelas 16h quando eu poderia adentrar o Museu de arte moderna gratuitamente. Era uma das friday's night at the museum, e o encontro que me inspirava desde o fim das queridas aulas de historia da arte, era com o artista contemporâneo, da psicologia urbana (dai meu encanto), chamado Edward Hopper, cujos quadros venho admirando só pelas redes sociais mesmo durante algum tempo. Depois de esperar por uma fila de gringos, eu entre eles, adentrei o refrescante museu com suas paredes de vidro e pé direito alto. Como não estava lá a passeio, e pela primeira vez tinha realmente uma meta, corri logo voraz ao encontro do meu querido artista, pode-se imaginar minha decepção quando como única figura de sua autoria, achei em um corredor qualquer a enigmatica moça sozinha no cinema. Foi só isso que encontrei (não sem antes confirmar com uma das senhoras guardiãs dos quadros), mas nunca pensei me emocianar algum dia com uma obra de arte, foi maravilhoso. Feliz, mas ainda querendo mais, continuei pelo quinto andar tentando me encontrar em alguma das tantas salas assimétricas tão comuns a museus e que pra mim não fazem o menor sentido até me deparar com o laranja de Gauguin e suas nativas, fruto da fascinação que tinha com o inabitado, com o lugar fora da civilização, lugar esse que ele procurou sem mérito até o fim da vida. Logo ao lado, como não podia deixar de ser vejo o amarelo de seu amigo meio maluquinho, Van Gogh (o melhor do dia!), com seus girassóis tão ilustres. Na sequência encontro-me com o célebre Picasso, e talvez seja mesmo só isso o que eu tenho a dizer sobre ele. O quinto andar está cheio e insuportável, eu então decido descer ainda meio cabisbaixa para o quarto andar, e de longe vejo um grande quadro com três cores sobrepostas, é ele, o enigmático Mark Rothko. De perto consigo ver duas gotas de tinta que escorreram do azul primeiro para o amarelo segundo. Logo atrás em uma gigantesca tela retangular toda pontilhada em um coerente tom de preto, amarelo, bege e branco, reconheço Ed Harris, quer dizer, Jackson Pollock. Pelo corredor começa a pop art com su crítica ao superficialismo da vida colorida e iluminada que surgia na cultura da década de 70, temos o "pai" Andy Warhol e o fofo do Roy Lichenstein e suas pinups. O MOMA, como a maioria das grandes expectativas acaba ficando aquém do esperado, no final das contas pude matar mais a vontade de Rothko, Hopper e Lichenstein, entre outros mesmo, no gigante Metropolitan Museum, MET para os íntimos, lá na uptown ao lado do Central Park, onde você pode entrar com uma doação que você escolhe (eles indicam $25, eu pensei bem e acabei doando $5 pela minha aparição especial), e vale muito conhecer, ficar o dia todo, almoçar e jantar, e conhecer todas as fases artísticas de uma vez, educativo e prático. #ficaadica Aufwiedersehen!

Nenhum comentário: