E tem mais...

(...)

Um monte de coisa misturada..

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Considerações de um livro de bolso

Sinceros Devaneios - o livro de bolso será lançado mundialmente em janeiro de 2015, em São Paulo e depois na cidade de Araras, interior \o/

Estou correndo com todos os preparativos para oferecer esse que é o projeto de tantos anos, da melhor forma, para os amigos que acompanham o blog.

Como um "esquenta" do lançamento, queria dividir as doces considerações do meu amigo da Unesp de Bauru, o eterno Goiaba, colega, jornalista, leitor e escritor de mão cheia, espero que gostem!

Pra quem ainda não curte, o Sinceros Devaneios tem uma fanpage no facebook: http://goo.gl/wWcy7o

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“Eu só queria criar outra família, porque é assim que eu funciono, sou uma criadora de famílias, assim que cresci e aprendi a ser feliz, e talvez seja esse o sentido da minha vida”. (Famílias)


24 crônicas: 24 narrativas, 24 histórias recheadas de outras pequenas histórias. Em cada texto, as descrições, tanto espaciais quanto emocionais, dão noções diferentes para uma mesma autora de quem ela possa ser, narradoras que guardam entre si angústias e conquistas, alegrias e tristezas tão comuns ao gênero humano.
A forma como é colocado cada estado de espírito dá a certeza de que a autora é fruto de seu tempo, sabendo com as palavras de seu tempo (e com estilo próprio) reconstruir o grande problema que nos ronda: o “quem sou eu”, que invariavelmente deságua no “o que estou fazendo de mim”.
Como, para mim, a literatura é fundamentalmente diálogo, vejo muito de Virginia Woolf na angústia que move as narradoras-cronistas. Não à toa escolhi o trecho de Famílias para introduzir essas minhas impressões, isto porque ele me evocou “Os Anos”, da romancista britânica. Uma mistura de sensações, de experiências, de desalentos e esperanças.
Pode-se dizer que muito do que está ali escrito é comum a muita gente. Ora, quanto melhor se consegue apreender as angústias comuns às pessoas, mais universal se tornará a obra. É recomendável olhar para cada linha do livro de modo atento, assim, fatalmente, cada um de nós verá a si em algum momento.
Por fim, não por mérito menor, é de se admirar a capacidade com que se expõe a autora em suas tantas narradoras e como joga fluidamente alternando momentos que parecem saídos de uma conversa sobre o cotidiano e construções que beiram a poesia.
É, com toda a certeza, ainda que muitas vezes deveras angustiante, uma grata leitura!
Luiz Augusto Rocha

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