E tem mais...

(...)

Um monte de coisa misturada..

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Continuando...

Relações Públicas, a profissão para a qual eu preparava um projeto de conclusão, ainda era algo obscuro para mim. Na verdade eu simplesmente não me interessava muito por ela. Acho que como todos, no decorrer da faculdade, meio que instintivamente eu foquei minha atenção naquilo que realmente me interessava, e isso era (e ainda é), a parte teórica. Eu amo a teoria, o conhecimento pautado pela observação, estudo, pesquisa. Posso estar errada, e posso estar desfavorecida no mundo atual que pede a prática, a mão na massa, mas eu continuo tentando...Em meio a tanta teoria, logo no começo da faculdade uma historiazinha de Filosofia me marcou, era o conto do filósofo Pirro de Éllis. Esse cara que viveu lá no séc IV. a.C acabou sendo uma grande inspiração pra mim, aqui no começo do séc XXI, quem diria! Tratei do caso do Ceticismo Pirrônico. Uma teoria anti-dogmática, ou seja, uma teoria que acredita que ainda não chegamos à essência de uma verdade, que não possa ser contestada com a mesma coerência de argumentos. Uma teoria que leva em consideração os diversos fatores que podem determinar o juízo sobre algo, a partir de diversas fontes, e por isso mesmo a fragilidade de se afirmar algo como absoluto. Resumindo, a verdade existe, mas ainda não conseguimos alcançá-la, e possivelmente nunca a encontraremos, e em meio a todo esse imbróglio, o "pirrônico", no caso, escolhe pela não perturbação, o chamado "suspender o juízo".
Vou parar um pouco na explicação e considerar o que vocês devem estar pensando. O que tudo isso tem a ver com RP? A princípio nada, mas estudando muito, e acreditando cada vez mais em Pirro, consegui alcançar um paralelo, uma brecha que poderia ligar o ceticismo pirrônico à atividade de relações públicas, e como ao achar o resultado de uma equação lógica (foi exatamente essa a sensação), consegui fechar meu raciocínio através da premissa: a convivência em sociedade, mesmo que não haja uma verdade absoluta, é pautada por uma série de regras e costumes, que através dos tempos, foram convencionados como o melhor a ser feito. Simples assim.
Lembrando de Pirro, do ceticisimo, penso que a linha que sigo para escrever e viver se pauta, até hoje, muito nessa "sigla" que curzou o meu caminho em 2007.
Por que sofremos tanto?Por que somos tão ansiosos, se na verdade quase nunca entraremos em um consenso (tirando as deliciosas discussões na mesa de bar)?E quanto entramos, vamos curtir, e vamos sim, muitas vezes deixar pra lá, aquela briga, aquela discussão de relação, aquela fofoca, vamos suspender nosso juízo e viver de acordo, viver bem com as outras pessoas, por que no final, a vida é isso mesmo.

Aufwiedersehen!

Um comentário:

Fábio Babo disse...

Parece q sempre q eu venho aqui os posts vêm a calhar! Vc é uma gênia Van! Parabéns e até a próxima! haha
bjo! se cuida!