Continuando, no segundo dia, sexta-feira...finalmente consegui descansar e
no outro dia acordar "fit" para a nova batalha turística (primeiro dia numa cidade turística é sempre uma corrida desenfreada para conseguir passar por todos os pontos importantes e conhecidos possíveis no mais curto espaço de tempo...ufa..cansa só de pensar). Conhecemos finalmente o Arco do Triunfo, a famosa avenida Champs-Élysée, com suas grandes marcas, pelas quais passamos respeitosamente e sem entrar nas lojas..., mais alguns lugares...e então, acabamos de ver muito do q tínhamos colocado como meta antes e já estávamos estafadas de tanta andança, fazia tbm um calorão (q eu estou longe de reclamar), e tb pq queríamos estar vivas para a festinha programada na casa de um conhecido francês a noite, fomos embora um pouco mais cedo pro hostel... nos arrumamos, descansamos e saímos pra noite parisiense...q é um espetáculo a parte..aconselho a todos q forem pra lá, q se resguardem para uma boa caminhada na cidade luz (não me admira o nome), durante a noite...é de cair o queixo! Já na casa do meu amigo virtual, a festança com os franceses, seus vinhos, suas pastas e seu temperamento delicioso foi uma maravilha, cada vez mais percebo como eu amo esse jeito "latino" (se é q se possa chamar assim), de ser. Eles tem o jeito parecido, aberto e espirituoso dos italianos pelos quais eu tbm me apaixonei a primeira vista, é tudo tão próximo, familiar, natural, e espantosamente alegre depois desses meus 10 meses na Alemanha, parece até q eu não nasci onde eu nasci...bom pra relembrar o lugar ao qual eu pertenço...(sem desfazer dos alemães,mas cada um é cada um, e eu não sirvo pra alemoa). Dia seguinte guardamos especialmente para o "Chatêau de Versailles", q de chato não tem nada (risos risos...há há há), talvez o palácio mais famoso do mundo, aquele, invadido pelos revolucionários franceses q expulsaram toda a nobreza folgada e gorda em 1787...enfim...o sol estava de rachar, mas isso não nos impediu de esperar na fila por quase 1 hora e meia...valeu a pena, demais! Passeamos lá por dentro por umas duas horas, mas por pura burrice perdemos de continuar e ver o jardim gigantesco, realmente nos perdemos naquele lugar imenso..esse fica pra depois...pegamos o nosso trem pra voltar pra cidade (o palácio fica há uns 40min de trem de Paris), e ficamos de procurar um bom lugar para comer, pela primeira vez na cidade, provar algo típico...o q acabamos por não fazer, mas isso não vem ao caso, vem ao caso q olhando os preços dos menus de um dos mil restaurantes q estávamos procurandoo, do lado de um parque qualquer , no qual paramos para descansar na grama, eis q eu avisto um rosto nacional conhecido...era o ator Dan Stulbach...tento explicar e mostrar paara as minhas companheiras lerdas, mas elas ficam no "hã hã hã?", ele passando, ele indo embora, eu perdendo a oportunidade, eis q eu grito sem pensar um: "Dannnnnnnn!!", ele se vira, eu vou ao seu encontro seguida das minahs amigas q começavam a compreender, peço pra tirar uma foto, ele aceita impassível, as quatro sem reação, alguém diz "pega a camêra", a outra responde "ah..tá..", queremos tirar a foto, pedimos pra namorada, ela tira, eu dou dois tapinhas nas costas dele e digo "sou sua fã viu..", e sou mesmo... Parece coisa de tiéte besta, e na verdade não deixa de ser, mas eu realmente respeito o trabalho do cara, e considero um dos bons da geração atual de atores brasileiros q não se restringe às novelas globais e personagens de meia tijela..além de ser gatão, vamos combinar...

Terminamos o dia feliz, no Trocadero, estação próxima a da torre Eiffel, na verdade o ponto principal para ficar olhando a torre, um lugar muito agradável, esperando até meia noite para o famoso show de luzes da torre.
Último dia...domingo de sol e calor escaldantes, acordamos cedo para chegar cedo no jardim q fica na frente da torre, para nos despedirmos dela, e tomarmos um merecido café da manhã de despedida...pegamos o carro e finalmente nos dirigimos de volta para a Alemanhazinha...agora é só ligar o GPS, quem começa dirigindo? eu respondo: "eu começo", fácil assim?acabou a viagem?Incorreto!Primeiro q ao sair dirigindo, notamos muitas buzinas atrás de nós, pessoas nos chamando, pensamos, nosssa....q q há mermão??quando caimos em nós, vimos q tínhamos deixado o porta-malas aberto. Sim meus amigos, e não para por ai. Não sei se vcs já ouviram falar, mas a cidade de Paris é muito conhecida pelo caos no seu trânsito, pelo alto número de carros e motoristas malucos...bom, parece q eu era um deles naquele domingo dia 14 de junho inesquecível...eu tbm sou bem conhecida pelas minhas aventuras no trânsito, na direção e ainda mais particularmente minha afeição quase doentia pela contra-mão. Isso mesmo, desde o dia q eu reprovei na minha primeira prova de direção, lá pro final de 2003...eu tentava acompanhar o pensamento do GPS alemão, acompanhar as regras de trânsito francesas, ouvir meus amigos não muito amáveis gritando em português pra me falar pra onde ir, deu q eu entrei contra-mão, parei em lugar errado,no meio de uma avenidona, e quase q concomitantemente avistei um guardinha me chamando pra encostar. SIM, eu fui parada pela policia em Paris. (Se eu tivesse q morrer de infarto eu já teria ido dessa pra uma melhor naquele instante).
O guarda veio e deslanchou a falar francês, demorei um pouco, me recompus, não consegui dizer nada, ele mesmo disse "english?", "y-y-y-es...", conversamos, pediu pra ver minha carta do brasil, pediu o passaporte, a permissão alemã (q estava no porta-malas, ele pediu pra eu pegar, eu disse q sim, continuei sentada, meus amigos gritaram pra eu ir pegar, eu fui trôpega, mostrei, ele leu meio rindo, tudo em alemão, viu uma data, era a errada, eu mostrei a certa, pediu pra eu voltar pra frente), ele me puxou a orelha, me disse q eu nao devia dirigir descalça (no Brasil pode não?), me disse várias coisas sobre contra-mão, mostrou a placa, falou q não importa o país q seja, q era uma regra óbvia, em vermelho, etc e tal...q eu tinha q ter perdido minha carta, falta 4.2 ou seja lá o q for.
Eu só consegui dizer: "fique tranquilo meu senhor, eu nunca mais vou dirigir em Paris, eu estou indo embora..."E é isso ae..dessa vez eu sobrevivi, foi tranquilo, depois de umas duas horas eu sai do estado catatônico de stess pós traumático.Voltamos pra Munique e para suas ruas pacatas, ufa...
Aufwiedersehen!