E tem mais...

(...)

Um monte de coisa misturada..

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Sobre a maturidade e o ócio

Esse é um texto que eu tive vontade de escrever depois de assistir ao filme, A primeira noite de um homem (The Graduate)...achei legal e coincidiu com a minha realidade (dura..ehehhe) na época.Escrito no dia 7 de maior de 2008.


É curioso que justo nessa época particular da minha vida tenha me deparado com um filme tão verossimilhante. Acabo de assistir à “Primeira noite de um homem” (The Graduate), um clássico da década de 60 que narra a história de Benjamin Braddock, interpretado pelo jovem estreante Dustin Hofman, que acaba de se formar e se depara com os medos naturalmente conseqüentes dessa realização. Naquela época em especial da vida de uma pessoa, a reação de todos, fora o protagonista do acontecimento, é de festa, congratulações, que se somam à pergunta tradicional para recém-formados: “O que você vai fazer agora?” – a melhor parte do filme, para mim, é quando Benjamin responde a essa pergunta com um ingênuo: “Estava indo lá pra cima”, no quarto dele – a pressão, por assim dizer, dos jovens ainda muito imaturos e despreparados a tomar partido de sua própria vida, existe, mesmo que entreposta a banhos diários de piscina acompanhados por cerveja durante a tarde a sessões de bronzeamento diário. Mrs. Robinson, a primeira mulher da primeira noite, personifica esse mundo malicioso e decadente em contraponto à ingenuidade de Benjamin, o que acaba rendendo cenas cômicas maravilhosas, até o momento em que a loba finalmente devora o cordeiro, a princípio.
Na verdade, traçando um paralelo pessoal com essa história, percebo que o maior perigo reside, não em deparar-se com essa nova vida, com as mudanças, mas sim, com o ócio. O ócio anda de mãos dadas com a imaginação que encontra terreno profícuo para devaneios inconseqüentes e/ou falsas paixões. A velha máxima da “mente vazia é terreno do capeta” realmente não pode ser mais verdadeira, é da nossa natureza procurar o preenchimento, algo que dê cor e novidade ao nosso cotidiano, em detrimento muitas vezes dos princípios e valores existentes outrora.
Levo como lição desse filme, além da brilhante direção de Mike Nichols, sem falar das interpretações inesquecíveis, como é necessário ter cuidado com o ócio, se não for possível fugir dele em determinado momento da vida.
Engraçado ter visto esse filme agora.

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