E tem mais...
(...)
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Supostamente...
A paixão louca, os sonhos, toda a euforia não provém de supostamente amar, eles vêm da idéia mágica do viver uma paixão. O romance é e sempre será o nosso foco. Infelizmente preciso atribuir alguma parcela de culpa ao meu amado (inteira e não supostamente) cinema. E isso são palavras de uma eterna romântica, talvez, dá-lhe Lulu Santos, a última. Não critico os Casablanca e Bonequinha de luxo da vida. São marcos em nossa história.Mas cá entre nós, todas essas histórias acabam mal. Ai que se encontra a beleza do romance. Daí q se parte da premissa de que amar é igual a sofrer. Acontece que antes do cinema e do advento da literatura, dos livros sempre lidos pelas enfadadas mocinhas de Eça de Queiroz, as mulheres sentiam sim esse frio na barriga, essa admiração maravilhosa, mas elas não visualizavam a luz que emana dessa confluência, do amor correspondido. Assistir ao Clark Gable e Vivian Leigh brigando para depois se beijarem em “...e o Vento levou” é simplesmente a receita para nos matar, e é lindo demais!
Ele, o galã da nossa realidade, aquele "tipão" que tanto buscamos, coleciona todos os adjetivos sonhados por nós desde meninas. Ele muda de personalidade durante os tempos, dependendo da época de nossa vida, mas ele tem características semelhantes, em cada período. Toda essa coleção de predicados que a mulher madura espera em um homem, ela vai descobrindo no decorrer de sua vida, em porções separadas.
Aquele menino brincalhão e sapeca do parquinho nos transporta a essa idéia de liderança, de virilidade. Ele normalmente puxa as nossas tranças, dá risada da gente com os amigos, mas bem naquele momento estranho a todos, e comum a nós dois, ele nos olha dentro dos olhos, com a impertinência que só esse ser supostamente iluminado tem e tudo vale a pena.
Mais tarde, no ensino médio, as espinhas vêm, a voz grossa deles oscila para o xitãozinho e xororó, e ai perdemos o interesse nesse menino da nossa idade. Nosso olhar se direciona para a experiência, e a segurança. E esse vem a ser somente o primeiro flerte. Os mais velhos, os caras do colegial há um tempo atrás, agora os caras da nona série...eles simplesmente nos ignoram, passam com suas conversas maliciosas, seu companheirismo irritante da raça em grupos do nosso lado sem nem notar nossa presença. Eles tem aquela coisa só deles, do jeito de jogar futebol a tarde, até no modo q eles sacodem a cabeça pra voar a água do cabelo depois que mergulham na piscina. Tudo neles é mágico, quase divino. E a paixão supostamente sentida é platônica. Eles não precisam se preocupar com nada a não ser existir.
Faculdade. Ainda com o trauma proveniente das experiências anteriores no ensino médio, aquela sensação de inferioridade latente nos persegue. Por causa dos supostos deuses anteriores, temos como verdade nossa insignificância estética e permanecemos com esse suposto propósito de (in)existir até a hora de adentrar nessa nova Era. Essa Era única e inesquecível. De repente, como num espelho ambulante, nos enxergamos realmente através dos olhos daquele veterano bonitão. E ele é muito mais do podíamos sonhar. E lá vem o tal do charme que provém da inteligência (suspiros).Não se trata de beleza, trata-se de algo que não entendemos direito,por não ser tão palpável, mas faz sentido, e atrai de uma forma irresistível. Nesse momento entendemos que crescemos, não só de forma passageira e volúvel, já havíamos crescido a muito tempo, mas só agora isso faz sentido. Somos tão atraentes quanto esse cara novo. Só que a atração que exercemos é outra. Possuímos a atração da ingenuidade, o brilho da inexperiência, da petulância de pensarmos que sabemos de tudo da vida por estarmos na faculdade (além do fato de estarmos, a partir de então, realmente formadas fisicamente como mulheres). E adivinhem só, aqueles caras da nona série, resolvem perceber a nossa existência na mesma época que o bonitão veterano da faculdade aparece, de repente somos irrestíveis, pena que normalmente tende a ser tarde e eles já estão desinteressantes e gordos.
Pós - faculdade. Mercado de trabalho. No caso de ainda estarmos solteiras, chegamos a um ponto realmente crítico. Nesse momento saímos de algumas enrascadas e experiências mal-sucedidas com o bonitão veterano, com o colega de infância que levantava nossas saias na frente da classe toda, e até mesmo com o menino semideus da nona série. O romance continua nos confundindo, essa aura esquisita que paira e que nos faz inventar um suposto sentimento, esse vislumbre de um futuro pintado a aquarela sob um papel não resistente a água.
Ficamos sozinhas. Numa falsa ilusão de encontrar um cara bonito e bom papo na balada. E cá entre nós., (quase) nenhum relacionamento surge de uma balada.
Então resolvemos desistir, pensar em outra coisa. Simplesmente enjoamos de ficar brincando de esconde esconde com o tal do romance. É nesse momento, naquele dia do jeans surrado e da camisetinha básica, que decidimos assistir a um filmezinho antigo com a galera nova da academia, assim, sem mais nem menos, sem pré produção, que ele aparece. Nem um pouco o nosso tipo natural de beleza, praticamente imperceptível. Mas de alguma forma esse cara novo tem tudo que a gente procura. A conversa flui, percebe-se um sorriso branco lindo, e parece que ele tem uma covinha na bochecha esquerda, bem pequenininha. Ele cheira a sabonete, e olha nos nossos olhos quando conversamos. De repente sentimos aquele deja vu, como se tomadas por uma sensação macia de auto-estima , por que somos únicas naquela ambiente, somos únicas pra esse desconhecido, que parece finalmente ter encontrado o que procurava.
(De repente alguém acende a luz e o cara tem um olho de vidro e 1,63m de altura!)
E a vida continua, por que o que vale a pena é sonhar, romancear, por que isso nos faz feliz, isso nos ilumina a vida!
Aufwiedersehen!!
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
Careta, brega, tá na boca do povo!
Inevitável citar aqui, o hit do momento, a saga Crepúsculo. Vou comentar algo por aqui, mas já adianto q eu não vou sair de nenhum lugar, tomar nenhum partido e muito menos acrescentar algo à discussão. Eu só quero mesmo escrever sobre isso, pq tem sido muito comentado, e eu senti tb, (e principalmente) a necessidade de me assumir, aqui nesse meu espaço, com mais uma das milhões de seguidoras desse novo fenômeno.
Existem muitas críticas, as mais novas q tenho lido, dizem respeito à natureza conservadora da mensagem passada a esses jovens leitores e telespectadores, uma vez q a autora, como boa mórmon, define um amor q só chega às vias de fato (spoiler), depois do casamento, contradizendo toda uma cultura vampiresca de subversão e quebra de sistemas pré definidos de conduta moral na sociedade. (leia em: http://blog.estadao.com.br/blog/marcelorubenspaiva/?title=broxante_1&more=1&c=1&tb=1&pb=1).
Bom, hum...sei...ai vem a minha (não)cooperação em toda essa discussão. Eu acredito q o pessoal sempre vai criticar, e isso q é o bacana do ser humano, ainda mais quando se trata de algo q está na boca do povo no momento. Mas eu tbm acho bacana a pessoa tentar ver o filmezinho, dar uma lida no livrozinho, pra dai então comentar, e não apenas comentar o comentado pelo comentarista. Ou simplesmente, dar a mão a palmatória à realidade de um grande sucesso mundial, q não se construiu sozinho, mesmo seguindo todos os padrões pré determinados pela sociedade dura e conservadora americana.
Agora o meu ponto de vista. Vcs confiam em mim?No meu julgamento?
Quando eu voltei da Alemanha eu não conseguia me concentrar em algo realmente profundo, q viria a me acrescentar como profissional, ou pessoa, ou algo do tipo (tá começando a parecer justificativa, mas q seja!), e então, eis q mamãe comentou comigo sobre o tão fadado livro. Aconteceu q eu simplesmente devorei os quatro livros da série. A autora ganhou a minha admiração, mostrando-se interessante, romântica, e uma grande conhecedora da alma adolescente, e é isso. Ela escreveu, colou, captou a mensagem e tá faturando. A história é bem construída, e o grande triunfo são realmente os personagens bem elaborados e críveis em suas peculiaridades. É claro q precisa ainda comer muito feijão para poder pisar no mesmo chão q J.K. Rowling, mas ela merece os parabéns, e o respeito por causa disso.
Mas vamos continuar criticando tbm, q vale a pena!
Aufwiedersehen!!
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Mais alguns devaneios...

Ainda dentro do cotidiano corrido de São Paulo, e idas para o interior a fim de encontrar com minha família e amigos (sem muito sucesso em ambos os casos), tenho ficado sem tempo para um distração leia-se modo de vida ao qual me acostumei. Parece um comentário pseudo intelectual, mas eu preciso necessito de alguns bons filmes e alguma leitura. É deles q eu tiro a inspiração, a graça, a cor pra minha vida! Sem hiperboles...Ontém, depois de algumas tentativas frustradas de ir pra um bar, encontrar com os amigos, (esse sol insiste em pedir por uma cervejinha gelada), resolvi assistir a um filme. E não podia ser qualquer fime, precisava ser um clássico, pra eu me lembrar da genialidade humana (pro meu gosto) e qual não foi minha felicidade, ao lançar mão de um dvd originalíssimo do primeiro "O Poderoso Chefão". Assisti novamente a um majestoso e terno Marlon Brandon como o eterno Don Corleone, a um ingênuo /corrupitível/transformado (nessa sequência), Al Pacino na pele de Michael. O filho mais novo, e futuro fenômeno da bandidagem. Pude ouvir aquela trilha sonora q parece entrar na nossa alma,e àquela cena final, qdo da materialização do novo Don Michael, q depois de mentir descaradamente para a mulher Kay por Diane Keaton, é aclamado o padrinho supremo do crime após matar seu genro...e tudo isso é só o começo...
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Últimos acontecimentos...
Não tenho muitos problemas em relação ao bom humor, dificilmente acordo de cara virada, muito pelo contrário. Sou meio q conhecida pelo meu humor exagerado ao acordar, pelo falatório desnecessário logo de manhã (acho q herdei isso dos meus pais..), mas ontém eu acredito q eu tinha todos os motivos pra estar mal-humorada. Eis q eu coloco minha sandalia nova, toda feliz, e resolvo levar todo o lixo da casa para baixo..lixo da cozinha, do banheiro, fora a minha bolsa de trab pesando no ombro. Apesar de todo o meu histórico de quedas sensacionais, acredito q pelo fato de sempre sobreviver, acabei não dando o devido valor a determinados cuidados, como atenção, e calma no caminhar. E eis q estou descendo a escada toda cantarolante, ainda em tempo para pegar a minha carona pro trabalho, bem adiantada aliás, do jeito q eu aprendi a estimar nos tempos alemães...estou descendo o penúltimo degrau (ainda bem) e poff! Aquele rasante escorregadio dos pés até as costas um pouco acima do bumbum esquerdo. Fico me contorcendo no chão com uma dor estupenda, rezando para não ter quebrado nada, (fora o lixo q se espalha pelo chão), respiro fundo, conto até 5 e me levanto com MUITA dor. Calculo o tempo e a minha dor para decidir se subo ou não novamente ao ap para passar uma pomada e evitar ficar inteiramente roxa. Decido ir. Ai calculo se levo ou não os 4 sacos de lixo comigo novamente. Decido q deixaria ali mesmo e q as pessoas entenderiam uma azarada no começo da terça-feira como eu. Quando eu penso q no final do expediente poderei finalmente deitar na cama e dormir, ledo engano! Os malditos pernilongos assassinos e o q é pior, cantores, vêm nos atacar com entusiasmo durante a noite toda. Dormir pra q??Me digam!
Mas a vida prossegue como sempre...E bora pra próxima!
Aufwiedersehen!!
terça-feira, 3 de novembro de 2009
Vamos combinar?Vamos combinar sim!
Aqui quando se senta em um bar, ou conhece alguém, o assunto q permeia todas as conversas é o trabalho. "o q vc faz?", "onde trabalha?" "é formado em q?". Até eu mesma me ouvi surpreendida executando esse mesmissimo questionário para um novo conhecido. Algo engraçado pra gente do interior...algo q eu sempre me esquecia de perguntar na maioria das minhas novas conversas no passado, um pouco pelo meu caráter não curioso, um pouco por simplesmente não ser esse o assunto comum em pauta.
Como é curiosa toda essa mudança de comportamento...não somente pela cidade, pelo emprego, mas a mudança pela qual passamos internamente, deixando pra trás os resquicios deliciosos da personalidade adolescente...o modo de nos vestirmos, a postura, o linguajar...de repente me acho ridicula falando gírias, ou palavrões...e os tempos da faculdade...esses saudosos tempos tornam-se cada vez mais nostálgicos e distantes...como olhar em algum álbum de fotos uma jovem sorridente e magrela desconhecida, cercada pelos seus amigos de sempre. E nesse quesito ainda posso me sentir totalmente eficiente! Não sei se já comentei aqui, mas odeio esses comentários negativos arraigados no nosso senso comum: "Não existe homem q presta!", "Mulher é tudo interesseira!"e finalmente "Amigos de faculdade não duram..."(ou algo do tipo, qto a descrença em manter contato com o pessoal das antigas). Se eu tenho algum objetivo claro nessa minha vida, é o de q eu vou lutar constantemente para não acreditar, e não agir de acordo com nenhum desses estereótipos da vida moderna, nem muito menos me deixar envolver ou envenenar por eles! Eu posso ser ingênua, mas eu acho q basta vontade para conseguir esse feito, e um pouco de sinceridade tbm. Chega dessa conversa mole tipica dos encontros casuais: "Vamos marcar aquela cerveja", "Vamos combinar sim...", bla bla bla..
Simplesmente vamos nos encontrar e ponto!A gente mora numa cidade gigante, mas com muitas oportunidades, façamos acontecer, e vamos nos reunir, pq depois não adianta lamentar pelos bons momentos q se perdem...e sempre vale tantoo a pena!
Aufwiedersehen!!
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
A garoa q não para de cair...

A noite o céu fica vermelho, não me lembro de já ter visto uma estrela,de manhã é um calor insuportável, a noite aquele frio de congelar a orelha. Tem fumaça e camelô pra todo lado. A calçada é disforme e suja. Todos na rua estão correndo, mas as vezes param pra "conversar": "Ô morenaaa"! Se eu quero sair a noite, preciso estar pronta de manhã, se eu quero encontrar com um amigo, ele precisa morar perto. Um lanche e dois chopps tomam 30 reais da minha parca carteira, sem contar a condução de ida e volta q me leva quase 6 reais diários...e tem carro, e tem poluição, e tem buzina...ufa!Mas eu estou sofrendo de paixão irremediável por São Paulo.
Nunca vi tanta gente diferente, tanta gente interessante, tantas cores, tantas oportunidades! Na sexta-feira a noite, saí caminhando pela rua (um prazer descoberto atualmente), os barzinhos enchendo pelos happy hours, as pessoas no final do expediente, a noite q começa sem hora para terminar...e dia seguinte, mais chuva, mas agito, mais buzinas, mais fumaça...
E os cobradores de ônibus, q pessoal mais importante e pouco valorizado...eles nos mostram onde parar, no meio de tantos rostos ainda nos chamam, pedem pra ficarmos perto, ainda mostram a direção a seguir...fora as pessoas do lado, sempre querendo ajudar, contando causos..como no dia em q eu fiquei presa no congestionamento na Faria Lima...o trânsito estava impossível, então algumas pessoas desistiam e iam seguindo a pé, até sobrarmos eu, uma senhora, o cobrador e o motorista é claro...a senhora toda bem humorada dava risada desse destino q a acomete vez por outra...o ônibus q se vê no meio de um engarrafamento, e a atrasa por horas...ela tinha q pegar ainda outro ônibus, e de repente aquele lugar comum e público se tornou uma sala animada de bate papo..não quero conformismo, nem gritar "brasileiro não desiste nunca", ninguem precisa, nem merece passar por essas precariedades, mas quanto bom humor, quanta leveza!!
Audwiedersehen!!
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Inglourious Basterds!

sexta-feira, 2 de outubro de 2009
Olímpiadas RIO 2016!
terça-feira, 29 de setembro de 2009
EMPREGADA NOVAMENTE!
Vale dizer, q nesse meu primeiro dia, andei ida e volta as ruas de SP para achar o ponto certo, peguei chuva sim, peguei taxi pq nao via o ponto, e fiquei nessa...so pra nao perder o costume...volto em breve dessa vez, prometo!
ps:ainda estou aprendendo a mexer com os acentos do nosso querido mac. Desculpem-me os erros gramaticais.
Aufwiedersehen!!
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
E por falar em saudade...
A sensação de solidão na volta é as vezes inevitável. É como se eu estivesse em um belo campo ensolarado, perto de todas as pessoas q eu mais amo na vida, mas as vezes, algo me leva para um quarto escuro, e me prende dentro de uma sala de vidros. Os vidros são à prova de som, e eu simplesmente não consigo me comunicar com as pessoas daqui, q estão fora. Eu quero dizer coisas, fazer alusões, mas eles não conseguiriam entender, por mais q seja o amor deles por mim, pq nasceu dentro de mim, uma parte grande resultante de toda essa experiência, uma parte q no momento não tem tido a mínima utilidade, ou pelos menos não aparentemente, e é isso. Aos poucos, sempre aos poucos, eu chego lá...
Aufwiedersehen!!
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
E nem tudo são flores...
E então eu entro em outra questão, onde fica esse nosso lugar?Pq depois de 23 anos morando no Brasil, eu vou morar na Alemanha, por apenas um ano, e lá por algumas vezes se torna, eventualmente o meu lar. Sinto hj em dia muito mais o quão abstrato esse termo é. O lar. E faço das minhas palavras as de Bob Marley: "Meu lar é sempre onde estou. Meu lar está na minha mente. Meu lar são meus pensamentos. Meu lar é pensar as coisas que eu penso. Esse é meu lar. Meu lar não é um lugar material por ai... meu lar está na minha mente."
Acho q eu estou apenas tendo um recaída de saudade...uma de muitas, um ano não é pouca coisa.
Aufwiedersehen!!
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Nova (re)adaptação e o retorno tão sonhado...
Eu pensei, sonhei, imaginei, em todos esses exatos 365 dias em q eu vivi na Europa, com o dia da minha volta para o Brasil, o dia em q eu reencontraria finalmente a minha família...logo de cara posso afirmar q, pelo menos pra mim, alguém sempre cercada pelos familiares desde o nascimento, o maior desafio era passar todo esse tempo longe da minha família... e mais do q um desafio, acho q acabou por ser a razão dessa viagem, a razão para q eu tentasse sentir o q era estar por minha conta, sem a ajuda e o suporte de sempre, aprender errando, e infelizmente, só se aprende errando, posso até adiantar q só se aprende sofrendo...não no sentindo carnal, do sangue derramado, mas isso é algo factual...através do sofrimento é q surge a sabedoria (entendendo sabedoria como algo vivo, em constante mudança e desenvolvimento).
Mas deixando os devaneios pra trás, a minha volta, como q foi?Bom...depois de muuitos vôos...(pro pessoal q ainda está na Europa, por favor, aproveite esse meio de transporte maravilhoso, o trem), peguei "o vôo", aquele q me levaria de novo para a minha pátria...eu pra variar me diverti muito nesse vôo de 12 horas...imaginem um lugar com comida e bebida sendo servidos toda hora, e comida boa, fora vários filmes recém lançados à disposição...além de séries e afins...não consegui dormir e fiquei assistindo tudo. Até o momento em q o canal especial de detalhes do vôo mostrar q estavámos embicando no Recife, ai eu gelei...ainda teríamos mais umas 3 horas de vôo, mas "avistar"a costa do meu Brasilzão, depois de um ano, me deu um certo nervosismo...uma sensação muito estranha, de querer ficar naquele vôo, e naquele meu mundo imaginário q as vezes me suga pra qualquer lugar, menos para a realidade...
O reencontro com meus pais foi diferente do q eu imaginava, eu achava q sairia correndo, chorando, pulando, mas na verdade, apesar de sentir toda a emoção dentro de mim, uma emoção confusa, minha ficha demorou a cair, precisei de uma meia hora para ter algum reflexo, entender tudo aquilo, todas aquelas pessoas, placas e outdoors falando português...o ar do "inverno" brasileiro, mais quente q o ar do "verão' alemão...a percepção muda demais, tudo muda demais...mas depois de uma hora conversando com aquelas pessoas, vendo q o amor não muda, ele continua ali paciente a espera, no convívio, percebi surpresa q parecia q não fazia um ano, q quase não parecia realidade, mas apenas só mais um dos meus tantos sonhos, quando eu voltava ao Brasil...
Aufwiedersehen!!
sábado, 1 de agosto de 2009
Na ponte aérea...
Aufwiedersehen ou seria Hasta luego!!
ps:estou sendo muito bem tratada pela Nessa aqui em Madrid, cama e roupa lavada, e cafézinho...
quarta-feira, 29 de julho de 2009
domingo, 26 de julho de 2009
Abschieds...despedidas...começam...
sábado, 25 de julho de 2009
Chuva, sol, chuva, sol
Uma turista na própria cidade...última quinta-feira, um sol de raiar de 35 graus em Munique, estava com tempo livre a tarde, fui dar uma volta, resolvi entrar no cinema e assistir ao novo Harry Potter...três horas e meia depois me deparei com esse cenário..tá ae o "verão" alemão...
Vaneide na saída do metrô da Karlplatz Stachus...
Dicas de filmes
Temos musicais como,um gênero já bem característicos, um mais antigo, com a guerra do Vietnã de fundo e os hippies em "Hair", pra quem é aficcionado por Beatles, ou mesmo pra quem não é, vcs vão se lembrar dessas canções em "Across the Universe", Moulin Rouge e Chicago tbm não podem faltar...
Bom, pensando e pensando...na verdade não há nada mais gratificante do q se surpreender com um filme, assistir sem esperar nada, e receber aquela tempestade de mensagens e imagens perfeitas para aquele momento em questão...tudo no cinema é muito introspectivo em relação aos receptores, depende sempre de quem assiste..mas pra não pegar uma porcaria, eu diria q olhar o elenco do filme sempre ajuda, nomes como Robert de Niro (com algumas exceções), Brad Pitt (tirando Tróia), Edward Norton, Samuel L. Jackson, Matt Damon, Julianne Moore (minha preferida), Tom Cruise, Nicole Kidman, Penelope Cruz, Tom Hanks, Will Smith, Philip Seymour Hoffman, Laura Linney, Kevin Spacey, Kate Winslet, Leonardo di Caprio, o subestimado Tim Robbins, e pra fechar com chave de ouro: Maryl Streep e a delicia maravilhosa do Sean Penn!
Diretores: sem erro Martin Scorcese, Quentin Tarantino, Woody Allen, Paul T. Anderson, Sam Mendes, David Fincher, Pedro Almodovar, Fernando Meirelles, dentre muitos outros...
Ufa me empolguei, pra fechar, deixo aqui uma lista breve dos queridos dos meus olhos, pra quem se interessar, abri mão de colocar clássicos e me restringi aos mais contemporâneos...lá vai:
1-Clube da Luta (Fincher)
2-X-Men 3 (pra quem gosta do gênero...)
3-Beleza Americana (Mendes)
4-Sobre Meninos e Lobos (fenomenal!) - Clint Eastwood
5-O piano (Jane Campion)
6-Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (Allen)
7-Tudo sobre minha mãe (Almodovar)
8-Boogie Nights (Anderson)
9-Obrigado por Fumar (Jason Reitman - o mesmo de Juno)
10-Na natureza selvagem (Sean Penn)
11-Pulp Fiction (Tarantino)
12-Os Infiltrados (Scorcese)
13-Brilho eterno de uma mente sem lembranças
14-O show de Truman
15-Um sonho de liberdade
Não se esqueçam de resevar se possível um dia pra assistir a trilogia completa de "O poderoso chefão", de tirar o fôlego...olhar a trajetória surpreendente do protagonista, Michael Corleone...
Aufwiedersehen!!
sexta-feira, 24 de julho de 2009
Boniteza, prettiness, schönheit...
Sobre a beleza flagrante, o livro é bem isso, ele exalta tudo q uma apaixonada como eu valoriza na vida...as pessoas, as cores, a natureza (primavera no livro), o sol, os cheiros, sabores, descobertas e finalmente as pessoas e suas idiossincrasias...ufa...no prefácio do autor, Erico relembra seu romance com um carinho especial pela sua protagonista, e se confessa um admirador deveras exaltado da belezura, e do perfume q jorra dessas páginas...
"(...)vê que entre um dia e outro passados no regaço da pensão, ela mesma cresceu e o mundo toma percursos inesperados; mais cedo ou mais tarde temos que abdicar de umas coisas em proveito de outras, deixar as pessoas amadas, para só então ter noção de quanto as amamos. (...), no centro de todos esses dilemas está uma só palavra: surpresa." (prefácio de Rodrigo Petrônio).
As surpresas durante esses 11 meses e meio têm sido das melhores, algumas nem tanto,mas acontece quando se brinca em terreno desconhecido, quando se permite ousar, e tudo vale a pena no final, assim q eu penso...acho q me encontro otimista até então. As malas já sairam do armário, juntar a tralha depois de tanto tempo não é nada fácil, muito menos divertido, mas vou fazê-lo, a fim de estar logo em breve ao lado dessas pessoas q agora eu sei o quanto amo. Uma semana, a última em Munique, sol a pino (apesar da inconstância do tempo, e das chuvas) o coração aperta, mas chega a hora, e lá vou eu...
Auwiedersehen!!
quarta-feira, 22 de julho de 2009
terça-feira, 14 de julho de 2009
11 meses longe de casa...
Bom pessoal, é uma mistura esquisita de emoções q toma conta de mim....é como se eu tivesse chegado aqui, e durante os três primeiros meses, tinha na minha cabeça, a todo momento lá longe o sonho de voltar pro Brasil, os rostos amados, nessa época, estavam como embaçados pela distancia, como se eu corresse em uma esteira q não sai do lugar. Foram três meses pesados...mas eu tentava afastar da minha cabeça essa idéia de voltar, eu simplesmente tinha q me adaptar e continuar vivendo até o fim...passaram-se os três meses, quando as coisas começam a se encaixar, a língua já não é mais estranha, o modo de vida idem...mas exatamente nessa época vem o inverno...(no meu caso), era novembro...vejo a neve pela primeira vez, aquela sensação mágica inevitável, e ai mais inverno (dezembro), e um pouco muito mais de neve e inverno até meio de abril....neve, neve, e mais neve...toda essa história vcs já sabem, de como eu sou sofredora, e vencedora, luto até o final..ahahhahaha....brincadeira...na verdade eu tive muita sorte nessa terra, encontrei pessoas maravilhosas, inesquecíveis, aprendi a amar a Alemanha, e ter um carinho incondicional pela (cerveja), cultura q me acolheu...Meu tempo aqui está contado..aquela mesma esteira q não andava no começo, agora parece q me puxa de volta com muita rapidez, e eu ainda quero terminar algumas coisas, rever rostos e lugares, mas não sei se vou conseguir, e realmente parei de me cobrar...se tem uma coisa q eu preciso aprender, a maior dificuldade na minha vida na verdade, é a simplesmente deixar as pessoas irem, se eu pudesse eu comprava um desses milhares de castelos por aqui, e colocava todos para morar juntos....
E pra falar ainda mais sinceramente, eu to me pelando de medo. ISSO MESMO!Já ouvi muito falar dessa tal de depressão pós um ano fora, tenho medo q ela me acometa, somando-se ainda ao fato de eu não ter um emprego, não ter tbm mais faculdade, apesar de ter uma família linda e amada me esperando, agora é comigo, a vida já é só minha há algum tempo, dessa vez incondicionalmente...por aqui eu quebrei máquinas de lavar, quebrei pratos, perdi chave, perdi trem, quase perdi minha carteira de motorista em Paris, congelei meu pé no frio, escorreguei e cai no chão, chorei, esperneei, chorei mais um pouco lendo um e-mail de bom dia do meu pai, amei, odiei, enfim...acho q pra uma pessoa razoavelmente calma e fleumática como eu, foram fortes emoções, senti um pouco desse sangue quente, passional, um pouco de novela mexicana pra minha própria vida, e agora eu volto...não sei se flagrantemente diferente, não sei se totalmente perdida e sem assunto, não sei se a mesma porcaria de sempre..hehe...mas eu volto, e volto feliz. E como diria meu "conterrâneo" Nietzsche: "É necessário ter o caos aqui dentro para gerar uma estrela."
Recebi uma carta da minha agência de Au-pair por aqui: "Wir wünschen ihr noch viel Glück und Erfolg in ihrem weiteren Leben und hoffen, dass sie sich immer wieder gerne an ihre Zeit in Deutschland erinnern wird."* q assim seja....oh língua linda!
Aufwiedersehen!!
"Nós desejamos a você ainda muita sorte e sucesso na sua vida daqui pra frente, e esperamos q vc sempre se lembre com carinho do seu tempo na Alemanha."
segunda-feira, 13 de julho de 2009
Na imensidão do azul
terça-feira, 7 de julho de 2009
"Sveitabrúðkaup"
O filme se consiste basicamente em um casamento, ou o caminho até o casamento propriamente dito. Os noivos são separados um em cada ônibus,com suas famílias e conhecidos em questão, para o bem da sorte claro, não se encontrarem antes da cerimônia.
Durante o caminho, q deveria durar uma hora até a capela no interior, se o noivo não estivesse realmente perdido, uma série de acontecimentos trágico (para a noiva q espera q tudo seja perfeito), cômicos (para nós espectadores q quase nos matamos de rir), fazem desse filme uma comédia simples e cativante como há tempos não assisto. O roteiro, escrito juntamente com o elenco impecável, vale lembrar, é de uma dinamicidade e humor negros contagiantes...a platéia ia ao delírio, aos risos, e tbm se emocionava com a profundidade das histórias contadas...não conto mais, pq eu desejo de coração esse filme a todos, sem distinção...
....
Na sexta dia 3 de julho, no restinho de tarde de verão por aqui, por volta das 19:00h, a caminho da minha última projeção do festival, a sensação de pertencimento não podia ser maior, aquela brisa suave, a temperatura perfeita depois de uma das muitas chuvas de verão q andam caindo por aqui, me levou quase q flutuando até a sala de projeção. Eu me sentia mais do q nunca uma moradora incondicional de Munique, no meio dos tantos visitantes e perdidos pela cidade para o festival de Cinema, lá estava eu, na minha cidade, no verão, num sexta-feira, me dirigindo a uma sala de cinema para um filme de Steven Soderbergh...
Já comentei sobre ele com vcs por aqui...ele tem sido um dos meus preferidos diretores nos últimos tempos, alcançou fama através da saga hollywoodiana "11 homens e um segredo", mas o negócio dele é vídeo independente, como o q o sagrou como o mais novo vencedor da palma de outro no festival de Cannes, com "Sexo, mentiras e videotapes" (assistam!). Enfim, foi para mais um desses filmes independentes de Soderbergh q eu me dirigi nessa última sexta. "The Girlfriend Expierence" conta a hisória de Chelsea, vivendo a evolução da profissão mais antiga do mundo nos nossos tempos atuais e tecnológicos...mesmo cercada de cuidados, e exercendo seu ganha pão na high society, ela trava lutas diárias com o seu eu feminino q tende a intervir no seu eu profissional, dividida entre vencer na vida, ser a melhor no q faz, e manter o namorado, não se trata somente de uma luta moral. Vale a pena!E assim, acaba meu festival....
Aufwiedersehen!!
segunda-feira, 6 de julho de 2009
Quinta-feira...

ainda na quarta...

Filmfest München - 1o de julho (quarta-feira)

O tão esperado (por mim em especial), festival de Cinema de Munique, o segundo maior festival internacional de cinema da Alemanha, depois do Berlinale, começou na sexta dia 27 de junho. Já havia me preparado há tempos pra esse festival, um presente sem precedentes pra mim na minha própria cidade, mas a como a minha agenda varia de acordo com as necessidades q surgem no meu trabalho, então, não estava lá tão livre pra participar do jeito q eu gostaria (leia-se, acordar, almoçar e ir dormir nas salas de cinema). Comprei o meu ticket especial com antecedência, o "silbercard", q valeria por 5 projeções de minha escolha...fiz o meu pacote, q começaria na quarta, dia 1 de junho.
Minha primeira escolha era uma coletanea de 8 curtas de diretores conhecidos internacionalmente...trataria dos 8 obejtivos para o ano 2000, traçados pelos paises participantes do G8...o filme consistia em uma versão particular, de acordo com o seu país de origem, ou mesmo um vislumbre pessoal, de autoria de cada diretor convidado..uma iniciativa francesa. Abrindo um parênteses, o legal desses festivais é q antes da projeção propriamente dita, há uma apresentação primeiramente por parte da organização do evento e depois uma breve descrição de algum realizador do filme, como uma apresentação de uma peça teatral..nesse caso, um produtor francês, nos explicou em poucas palavras o q eu acabei de dizer sobre a iniciativa do filme, enfatizando o seu caráter independente, variando de autor para autor (leia-se diretores).
O time básico internacional contava com nomes como o do alemão Wim Wenders, da inglesa Jane Campion, do americano Gus Van Saint, e do ator e agora direto Gael Garcia Bernal por exemplo...
O filme ganha pontos pela ousadia e confiança nos autores/diretores, mas em muitos momentos tornou-se flagrantemente parecido com um vídeo institucional, por outro lado, fui brindada com momentos de leveza e simplicidade com a ótima Jane Campion (a mesma diretora de "O piano" - um dica tbm), e um surpreendente e consistente novo diretor, Gael Garcia Bernal e sua participação.
....
terça-feira, 30 de junho de 2009
para sair um pouco da realidade...

Um dos meus muitos sonhos é assistir a todos os clássicos propagados pela indústria cinematográfica até então...é estranho ouvir falar de filmes como Casablanca, ...E o vento levou, bem como A doce vida, imaginar várias coisas q se constroem em nosso imaginário, seja talvez por osmose, seja pelo q é dito massivamente, ou pelas próprias imagens (vide a icônica cena da personagem Silvia banhando-se maravilhosamente na Fontana di Trevi)...a realmente experienciar tais filmes, e apenas concordar q sejam vistos e revistos através dos tempos, e proclamados, cada um a sua maneira como clássicos...
"La dolce vita" era pra mim um filme tradicionalmente sobre o amor romântico, um sonho europeu, com certeza esperava algo deslumbrante, mas o q assisti hj foi, bem ao gosto de Fellini, uma harmoniosa miscelânea de genêros humanos, de alegria, boa vida, com dramas e tragédias diárias...a incoerência dos sentimentos intimos entreposta à nossa realidade dependente, e de como nos maltratamos, à medida q os outros mais estejam dependentes e vulneráveis a nós mesmos...essa loucura q é a vida, e essa cor q brota naturalmente e tão igualmente tanto da alegria e do deslumbramento quanto do sofrimento profundos.
Uma lembrança especial para a crítica recorrente do diretor italiano às Mídias (nesse filme em especial as revistas e tablódes), e a desumanização decorrente dessa busca. (Foi a partir desse filme q o termo paparrazo, definindo os fotógrafos a espreita de escandâlos, começou a ser usado.)
O saudoso Marcelo Mastroiani, bem como muitos dos antigos galãs, desde Humphrey Bogard a Clark Gable, com o pró de ter esse charme italiano, deixa ai uma aula de talento para os nossos atores do presente.
Aufwiedersehen!!
quinta-feira, 25 de junho de 2009
Mais uma vez Italia...
- visitar os pontos turísticos q me restam aqui em Munique;
- Dahau, o campo de concentração;
- Düsseldorf e Colônia (Alemanha);
- Dresden (Alemanha)
- Veneza;
- Budapeste;
- Berlin só mais uma vez...ahh Berlin...;
- Regensburg, minha cidade amada;
- Pforzheim e Stuttgart;
- Barcelona e Madrid (passagens compradas, tudo certo!)
- Konstanz, e o Bodensee (um lago q parece mais uma praia, famoso aqui na Alemanha);
- minhas origens em Padova. (CHECK)
Bom...conto até minha partida, livres, 5 fins de semana, então, a não ser q eu seja clonada (o q deve ser evitado para q o mundo permaneça de pé), acredito q não conseguirei cumprir todos os meus destinos almejados...deixa pra próxima...mas esse último fim de semana estive novamente na minha já amada Italia...num impulso de quem logo vai embora, chamei um amigo meu, me planejei com os sempre presentes "mitfahrgelegenheit" (as caronas...), e fui no sábado de manhã, quando eu vi o último sol nessa terra q só nos manda chuva e tempo nublado em pleno começo de Verão, para a Italia...mas precisamente para o norte. O caminho de mais ou menos 5 horas de carro é de encher os olhos, e vimos a mudança do tempo cinzento e fechado da Alemanha, começar a se iluminar na Austria, para enfim alcançar o ápice de um verão merecido na Italia. Fomos deixados em Verona, e minha expectativa não era das grandes...já haviam me falado q a cidade não tinha nada demais, a não ser por ter sido a cidade de Romeu e Julieta de Shakespeare*. A viagem toda na verdade foi de uma não pretensão própria das viagens feitas de última hora..caminhamos a cidade de ponta a ponta, e foi realmente adorável...uma cidade linda linda linda, com o charme italiano e interiorano ao mesmo tempo, já abarrotada de turistas...e tem tbm um arena, como uma miniatura do Coliseu, bem interessante...
Continuação, de acordo com os nossos planos, nos dirigiríamos para Padova, possível cidade dos meus antepassados italianos...logo na chegada a noite, sentimos a discrepância com a Verona de pouco tempo atrás, a região perto da estação principal é bem esquisitona e cheia de um povo ainda mais esquisitão...procuramos uma lan house para achar um hostel decente para ficarmos...detalhe: interior da Italia, tente se virar no italianês, pq inglês não rola messsmo!Tentei procurar o meu sobrenome na lista telefônica, mas não tinha lista...fomos para o Hostel...o caminho nos mostrou bem mais interessante, e a nossa primeira impressão foi passando...uma cidade também muito bonita, e toda movimentada como deve ser toda cidade num sabado a noite..eu e meu companheiro achamos o hostel, juntamos o resto de nossas forças e nos dirigimos para beber uma cervejinha na praça principal, sentados na mureta observando os adolescentes italianos, todos chiques, querendo impressionar com suas lambretas e carros, ou do jeito característico de cada um, do mesmo jeito q todo adolescente nessa fase de auto-afirmação....opa, senti uma nostalgia??oh tempo bom....mas nem faz tanto tempo...
Dia seguinte caminhamos, caminhamos...mas era domingo, tentei falar com um paróco na igreja, pedir o registro dos nomes da cidade (conselho do meu tio...), mas ele me disse q era domingo, q isso era no cartório, q só abria na segunda, com um sorrisão no rosto, como se eu não fosse perder minha chance, e ainda estivesse lá na segunda...detalhe, tudo em italiano..eu achei q eu to fluente, meu amigo não concordou...enfim...A cidade continuou linda, o sol cada vez mais forte, os velhinhos iguais aos meus tios e avós por todos os lados, e chegou a tardizinha, eu me encontrei com a minha carona e voltei para a cinza (até agora!!!!), Munique...
*Romeu e Julieta pertence a uma tradição de romances trágicos que remonta à antiguidade. Seu enredo é baseado em um conto da Itália, traduzido em versos como A Trágica História de Romeu e Julieta por Arthur Brooke em 1562, e retomado em prosa como Palácio do Prazer por William Painter em 1582. Shakespeare baseou-se em ambos, mas reforçou a ação de personagens secundários, especialmente Mercúcio e Páris, a fim de expandir o enredo. O texto foi publicado pela primeira vez em um quarto[a] de 1597 mas essa versão foi considerada como de péssima qualidade, o que estimulou muitas outras edições posteriores que trouxeram consonância com o texto original de Shakespeare.
Arrivederci!!
quinta-feira, 18 de junho de 2009
quarta-feira, 17 de junho de 2009
Continuação Paris...
no outro dia acordar "fit" para a nova batalha turística (primeiro dia numa cidade turística é sempre uma corrida desenfreada para conseguir passar por todos os pontos importantes e conhecidos possíveis no mais curto espaço de tempo...ufa..cansa só de pensar). Conhecemos finalmente o Arco do Triunfo, a famosa avenida Champs-Élysée, com suas grandes marcas, pelas quais passamos respeitosamente e sem entrar nas lojas..., mais alguns lugares...e então, acabamos de ver muito do q tínhamos colocado como meta antes e já estávamos estafadas de tanta andança, fazia tbm um calorão (q eu estou longe de reclamar), e tb pq queríamos estar vivas para a festinha programada na casa de um conhecido francês a noite, fomos embora um pouco mais cedo pro hostel... nos arrumamos, descansamos e saímos pra noite parisiense...q é um espetáculo a parte..aconselho a todos q forem pra lá, q se resguardem para uma boa caminhada na cidade luz (não me admira o nome), durante a noite...é de cair o queixo! Já na casa do meu amigo virtual, a festança com os franceses, seus vinhos, suas pastas e seu temperamento delicioso foi uma maravilha, cada vez mais percebo como eu amo esse jeito "latino" (se é q se possa chamar assim), de ser. Eles tem o jeito parecido, aberto e espirituoso dos italianos pelos quais eu tbm me apaixonei a primeira vista, é tudo tão próximo, familiar, natural, e espantosamente alegre depois desses meus 10 meses na Alemanha, parece até q eu não nasci onde eu nasci...bom pra relembrar o lugar ao qual eu pertenço...(sem desfazer dos alemães,mas cada um é cada um, e eu não sirvo pra alemoa). Dia seguinte guardamos especialmente para o "Chatêau de Versailles", q de chato não tem nada (risos risos...há há há), talvez o palácio mais famoso do mundo, aquele, invadido pelos revolucionários franceses q expulsaram toda a nobreza folgada e gorda em 1787...enfim...o sol estava de rachar, mas isso não nos impediu de esperar na fila por quase 1 hora e meia...valeu a pena, demais! Passeamos lá por dentro por umas duas horas, mas por pura burrice perdemos de continuar e ver o jardim gigantesco, realmente nos perdemos naquele lugar imenso..esse fica pra depois...pegamos o nosso trem pra voltar pra cidade (o palácio fica há uns 40min de trem de Paris), e ficamos de procurar um bom lugar para comer, pela primeira vez na cidade, provar algo típico...o q acabamos por não fazer, mas isso não vem ao caso, vem ao caso q olhando os preços dos menus de um dos mil restaurantes q estávamos procurandoo, do lado de um parque qualquer , no qual paramos para descansar na grama, eis q eu avisto um rosto nacional conhecido...era o ator Dan Stulbach...tento explicar e mostrar paara as minhas companheiras lerdas, mas elas ficam no "hã hã hã?", ele passando, ele indo embora, eu perdendo a oportunidade, eis q eu grito sem pensar um: "Dannnnnnnn!!", ele se vira, eu vou ao seu encontro seguida das minahs amigas q começavam a compreender, peço pra tirar uma foto, ele aceita impassível, as quatro sem reação, alguém diz "pega a camêra", a outra responde "ah..tá..", queremos tirar a foto, pedimos pra namorada, ela tira, eu dou dois tapinhas nas costas dele e digo "sou sua fã viu..", e sou mesmo... Parece coisa de tiéte besta, e na verdade não deixa de ser, mas eu realmente respeito o trabalho do cara, e considero um dos bons da geração atual de atores brasileiros q não se restringe às novelas globais e personagens de meia tijela..além de ser gatão, vamos combinar...
terça-feira, 16 de junho de 2009
Aos 35min do segundo tempo: Cidade Luz!
segunda-feira, 15 de junho de 2009
Olha ela aí!
foto by Vaneide
terça-feira, 9 de junho de 2009
só para constar...

Hugh Jackman pela quarta vez como Logan em cena de "X-Men Origins:Wolwerine"
Direção: Gavin Hood/2009
Vcs q lêem esse blog (oi mãe!), podem pensar, e com razão, q eu sou meio viciadinha em Beatles, pois eu sou,mas multipliquem essa paixão por dois e vcs terão a dimensão do q eu acho de X-men. Minha infância foi rodeada pela espera do desenho q eu assistia por volta das 11:15h todo o dia no SBT se eu não me engano, e em outros momentos fingindo ser a Vampira (q já diga-se de passagem é uma fraude na versão para o cinema da heroína mais interessante da saga), lutando com os meus primos. Fora isso, devorava os gibs criados por Stan Lee e Jack Kirby, e lançados ao mundo nos EUA em 1963. Eu simplesmente delirava com a complexidade desses personagens e seu humor natural, as características individuais, os romances eram bem escritos, os traumas de cada personagem em tentando se adaptar ao um mundo normal, tudo era um pacote completo ilustração da vida humana, adaptação ou não à sociedade,os pré-conceitos, tudo como vivenciamos, só q ainda com super poderes! Isso sempre me fascinou. Depois de um tempo o desenho não era mais veiculado na TV, eu tive q seguir minha vida (sem os poderes) e as histórias espetaculares de X-men, até o lançamento do primeiro filme em 2000. Corri pro grande cinema da minha cidade, e aliás nem existe mais, eu tinha 15 anos e do começo ao fim do filme eu não fechava a minha boca (podem perguntar pra minhas amigas q estavam junto q não devem se esquecer), de êxtase e felicidade por ver toda aquela história e aqueles personagens de novo! A Vampira, do filme, é uma menina boba, tentando se auto-afirmar, tudo bem levando-se em consideração q os poderes na história aparecem na puberdade, mas eu queria ver a Vampira q se torna a melhor de todas as heroínas voando e com super força. Serviu para matar a saudade até...
O terceiro filme da série "X-Men: o confronto final", é um caso a parte em cinema de ótima qualidade...pra quem gosta do genêro é um prato cheio de tiradas ótimas de humor (mérito da personalidade do Wolwerine e atuação do mesmo Hugh Jackman), romance (pra nós meninas nunca é demais), ação, drama, dinamicidade. O filme está entre os 5 top na minha lista...lógico q eu não sou parâmetro, sou fã inveterada. Depois de toda essa introdução, vcs podem entender mais ou menos o meu desapontamento ao assistir a última versão cinematográfica da saga...posso dever a isso o fato de eu ter baixado um cópia ainda não terminada do filme, com as cenas de ação ainda virtuais (o q foi meio engraçado, assistir tudo cinza..), mas concentrando-me nos personagens, tudo foi muito subestimado, tudo q eu sempre curti na série, as características, os diálogos principais, foram relevados a último plano,e nem quero comentar a imitação barata do Gambit (na minha opinião o melhor, e mais interessante de todos depois da Vampira), q infelizmente só foi lembrado agora, e ainda mal interpretado, foi de doer...fica ai o meu descontentamento e decepção. Resta tentar achar os desenhos originais na grande rede e dar vasão à nostalgia....
Devo ter assistido a uma dessas:
"Pouco menos de um mês antes de seu lançamento nos cinemas uma cópia não finalizada de X-Men Origens: Wolverine foi lançada na internet. Apesar dos inúmeros downloads, houve uma campanha dos próprios fãs para que o filme fosse visto nas salas de cinema." (fonte: http://www.adorocinema.com.br/)Aufwiedersehen!
segunda-feira, 8 de junho de 2009
Palavras, palavras...
Eu dei todas essas voltas, formando oitos no chão como uma motocicleta desgovernada pra variar, o característico dos meus devaneios (no momento q saem sempre sinceros até cairem no vento da vida), pq eu imagino q vcs ai do Brasil q lêm esse blog, principalmente meus conhecidos, até hj, por mais q eu esteja aqui já há exatos 10 meses, gostariam de saber o q eu penso dessa cultura q me acolheu (na maioria das vezes) por todo esse tempo, e q é tão diversa à nossa quente (olha a crítica já...), cultura brasileira - não é latina, apesar de haver semelhanças impagáveis nesses povos, mas brasileira. Dizer q os alemães são todos iguais com certeza é uma falácia, bem como dizer q todos os italianos, espanhóis, chineses, americanos (esses, um caso a parte de estereótipo real) e brasileiros tbm são iguais, mas q todos nós e nossas culturas, nacionalidades temos traços em comum, isso temos sim e não adianta fingir q não, então dá pra generalizar hj? Eu digo: Dá sim! Mas de leve...hehehe....
Mito:
- eles são mal-humorados;
- eles são grossos (poucas vezes, eu diria q eles são mesmo é sinceros, mas veja bem, em questões mais superficiais, como aparência, linguagem, pedidos em restaurante, muitas vezes no trabalho);
- a língua é impossível (quando se estuda vc vê q a língua alemã é muito prática e funcional como por exemplo em palavras auto-ilustrativas como "käsefuss", literalmente queijo do pé, ou na tradução: o nosso chulé;
- eles são frios e não afetuosos (a grande diferença está no tempo de convivência, se eles são formais com estranhos?ou conhecidos?São sim, mas no ambiente familiar, e entre amigos eles podem ser muito carinhosos).
Fato:
- eles bebem muita cerveja e desde muito cedo, na verdade no séc XVII, por aí, a cerveja era considerada um bem alimentar, bem como o pão (fonte: cardápio da Hofbrau, cervejaria mais famosa da Alemanha);
- eles são econômicos (para usar o eufemismo né...), comida aqui por exemplo é contada, não é como nas festas brasileiras onde nos reunimos em volta da comida, aqui eles se reunem, e "se bobear" tem um petisco e bebidas normalmente;
- falam na cara sem aviso prévio o q quer q seja;
- são curiosos (eufemismo pra xeretas mesmo...);
- tem um humor muito interessante (sem eufemismo, realidade);
- ficam desconfortáveis e na defensiva quanto a Hitler e o holocausto;
- aparentemente trabalham menos q nós, mas na verdade têm um sistema de trabalho q otimiza o tempo de forma inteligente;
- são "bon vivants" de carteirinha e praticam muito esporte;
- não há muito contato (o q não significa necessariamente q eles são frios, eles são não tem o costume de ficar pegando nos outros, comprimentando Deus e o mundo com beijinhos e abraços);
- sempre sorriem quando falamos do Brasil.
Eu poderia dizer mais algumas coisas quanto aos homens em geral e seu tipo característico e quanto às mulheres, mas ai sairiam farpas complexas, opiniões e teorias próprias de caráter subjetivo (q conferem...hhehhe), os quais eu prefiro DIZER pessoalmente pra quem se interessar.Se alguém tiver mais curiosidades por favor não hesitem em me perguntar.
*Dialética (português brasileiro) ou Dialéctica (português europeu) (do grego διαλεκτική (τέχνη), pelo latim dialectĭca o dialectĭce) era, na Grécia Antiga, a arte do diálogo, da contraposição e contradição de idéias que leva a outra idéia.
Aufwiedersehen pra valer agora!Dois meses na contagem regressiva!
quarta-feira, 3 de junho de 2009
não sei mesmo...
Esses últimos momentos, começo dos últimos meses antes do regresso tão sonhado, não têm sido fáceis de lidar...inocência a minha achar q no final tudo se tornaria mais fácil, como eu sempre digo, cada viagem, cada situação é subjetiva, eu pessoalmente tenho apanhado dessa aqui q eu escolhi...e como! Eu simplesmente não consigo não estar com as pessoas, acho q eu já sinto uma saudade quase q insuportável das pessoas do Brasil, e juntamente a isso sinto saudade de tudo q eu vivi aqui, fico pensando como eu queria q existisse um meio termo, uma encruzilhada aconchegante no meio do caminho pra eu ficar, entre a Alemanha e o Brasil, entre o Intercâmbio e a Faculdade, eu adoraria me hospedar por ai...mas tal lugar não existe....Existe o Brasil, a vida adulta irremediável, e cada vez mais escolhas...como diria Scarlet O´hara em "...e o vento levou", "Amanhã eu penso nisso...", quanto a mim, nesse momento, só me resta continuar usando o meu "Prozac" especial, ouvindo o Cartola q não falha em me dar uma boa dose de good feelings... e tentar continuar sorrindo, e levando a vida...ufaa...
Lembro q no começo costumava perguntar COMO ESTU ESCREVENDO...bem, peço desculpas, tenho consciência de q já tive momentos melhores na arte da escrita, mas o idioma corrente no meu dia a dia, e falta de prática têm realmente deturpado essa minha atividade, bem como a fala tbm...parece tudo besteira e esnobismo de quem viaja pra fora, mas isso acontece mesmo, e eu sou o exemplo vivo disso. Só me resta recorrer a algumas aulinhas de português na volta...
Aufwiedersehen!!